tumblr_m0xiifoPIO1qf8em3o1_500.jpg(I(imagem retirada do google imagens)

PACTO DE SANGUE
 
            Sarah tinha doze anos quando conheceu, na escola, aquele belo menino. Bruno tinha a mesma idade, doze anos. Estavam na mesma classe. Foi paixão à primeira vista. Olhavam-se enamorados, esquecidos da matéria.
            Certo dia, na hora da saída, Bruno tomou coragem e pediu Sarah em namoro. Foi o dia mais feliz daquela menina. Namoraram em segredo, pois sabiam que eram muito novos e não teriam a permissão de seus pais.
            No início do ano letivo seguinte, já os dois na sétima série, Sarah chegou com a triste notícia: “Vamos nos mudar de São Paulo, vamos para Sergipe por causa do serviço de meu pai.”
            Bruno ficou desesperado: “Vamos fugir!”
            Sarah chorando responde: “Não posso!”
            Bruno tira de sua bolsa um estilete e pede: “Então vamos fazer um pacto de sangue. Vamos jurar que um dia vamos nos encontrar esteja onde estivermos e que então vamos ficar juntos para sempre. Eu prometo que quando crescer vou te procurar e jamais terei outra namorada. ”
            Sarah, em juramento de sangue, também prometera a mesma coisa. Com um pequeno corte na palma da mão selaram o pacto.
            Dez longos anos se passaram e Sarah já nem se lembrava mais do namorico de infância. Estava feliz e de casamento marcado com Rodrigo, um rapaz que conhecera na faculdade de engenharia química.
            A família de Sara já havia se mudado mais duas vezes por causa do serviço de seu pai. Agora eles estavam em Santa Catarina.
            No dia do casamento de Sarah, os noivos já no altar, quando o padre perguntou se havia alguém que sabia de alguma coisa que impedisse aquele casamento que falasse ou se calasse para sempre, um grito ecoou pela igreja machucando os ouvidos de Sarah:
            “Eu sei de algo que impede esse casamento, senhor padre. Esta mulher fez um pacto de sangue comigo e estou aqui para levá-la!”
            O coração de Sarah gelou-se quando viu ao seu lado aquele rapaz pálido estendendo-lhe as mãos: “Vamos Sarah, ficaremos junto pela eternidade.”
            Na igreja houve um grande tumulto, ninguém conseguia entender como uma moça tão jovem, tivera de repente um enfarto com morte fulminante. Entendiam menos ainda o motivo de a noiva ter estendido as mãos para um espaço vazio pedindo perdão, como se ali tivesse alguém.