São Paulo, 19/04/1987

Querido diário:

   Esta noite algo estranho me aconteceu. Chovia uma fina garoa, as cortinas balançavam, nessa hora o relógio marcava 03:45, estava já com insônia não conseguia dormir.
Fui á cozinha beber algo, alguém ou algo tocou meu ombro, tudo tão natural, arrepiei-me todo. O gato ali em sua cestinha, olhava-me com um olhar ignorador, porém levantou, e , se esfregou em algo que não estava ali, como no pé de alguém. Subi correndo as escadas, a chuva engrossara, deitei na cama, curiosamente o relogio marcava 03:45, mesmo horário, devia ser as baterias.
   O relógio não avançava, fiquei incomodado com aquilo, troquei por pilhas novas, porém nada. Guardei-o dentro da gaveta. Virei-me para o lado, dois olhos grandes e amarelos encaravam-me, era o gato no pé da minha cama, num gesto brusco deu um miado alto e, correu.
   Nesse momento algo puxava meu cobertor. tentava mais não conseguia gritar, algo sufocava dentro de minha garganta. a chuva o vento, os olhos do gato encarando-me um flash............. sonho?
   Estava muito suado, um sonho tão real. Fui levantar, pisei no rabo do gato que estava do lado da cama coitado sai correndo. Minha lá  mãe debaixo pergunta:
   -Filho que horas você irá sair hoje?
   - Ás 3:45 mãe. 
   Um frio verdadeiro cobre novamente meu corpo nessa hora, procuro o relógio não está na mesinha. Está dentro da gaveta marcando exatamente ás 3:45 do sonho.
   Até hoje ainda não sei o que aconteceu, madrugada tão estranha para mim. Até mais querido diário, estranhamente essa página sua é de número 345.


Eduardo monteiro
Enviado por Eduardo monteiro em 28/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3580063
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