Hospital Horror - cap. 3 - Hemorragia

Primeiramente quero fazer um pedido de desculpas pelo atraso, que eu tive uma semana cheia de trabalho pra entregar e depois meu PC deu pau. Então vamos a história:

Uma semana depois do assassinato do policial pelo agora apelidado Assassino de Branco, Rafael sentia que os vários policiais que fora destinados a fazer segurança no hospital estavam de olho nele. Mas sabia que isso era óbvio, só ele viu o assassino naquele dia e o corpo estava com ele. Mas uma coisa o inquietava, depois de dar seu depoimento ele resolver tomar um porre daqueles, e isso fazia com que Rafael não se lembrasse de nada do que disse na delegacia, ou melhor, de quase nada naquela semana.

A noite tinha flashes de coisas, mas sempre as mesmas. Geralmente acordava quando sonhava com uma luz vermelha muito forte ou com lembranças de uma discussão com Mondego. "15 pessoas mortas e só agora você deixa a policia entrar!" berrava ele para Mondego que mantendo o tom de voz baixo respondia "Você não entende, policia em um hospital afasta os conveniados, sem falar que essas mortes é algo que um dia você entenderá". Abria os olhos neste momento e não entendia aquela frase de Mondego, que conversa eles tiveram? Rafael não se lembrava.

Depois de atender a vários pacientes pela manhã, Rafael foi até ao refeitório comer algo. Quando sentou-se a mesa a garota Laura acomodou-se ao seu lado.

- Eu sei que não foi você, esses policiais podem achar, mas ele me disse que não foi você.

- Ele quem?

- O policial morto.

- O que você sabe sobres os mortos?

- Que por mais que foram bons em vidas, na morte eles não comandam suas idéias. Eles são maltratados nesse hospital. - disse ela baixinho.

- Minha mulher? - Nem sabia porque perguntava aquilo, mas o fez mesmo assim.

- Ela te ama, e não quer fazer isso com você. Mas não é culpa dela.

- Isso o quê? - Perguntou aumentando o tom de voz, e Laura balançando a cabeça em negativa se levantou e correu pra fora do refeitório. Rafael saiu atrás dela, mas a menina já tinha sumido, viu que Karina estava vindo.

- Vilaforte, veio comer algo? Eu também estou com fome, vamos lá, faça companhia para mim.

Depois de um tempo de conversa Rafael resolveu tocar no assunto do assassinato, da conversa com Laura e tudo mais.

- Existem coisas sim Rafael, mas não tantas. Pessoas mortas são apenas pessoas mortas. Mas a voz que te guiou até a cena do crime pode ser de Paula Chaves. Ela está em coma em uma ala especial daqui, e ela tem dons. Dons mentais. Ela tem o poder de fazer as pessoas verem o que estão no seu subconsciente. Quem tem medo de fantasmas e fica pensando nisso verá fantasmas aqui, quem acredita que pode falar com os mortos como Laura, falará. Sua mente cria vida aqui nesse hospital por causa de Paula.

- Karina, isso é loucura.

- Você me pergunta de pessoas mortas e acha que o que eu falo é loucura? Se duvida vai ver você mesmo a paciente. Se ela quiser deixar você ver ela tudo bem, senão, você parara de duvidar.

Depois do almoço Rafael foi ver essa tal de Paula. Chegou no quarto da moça morena de cabelo liso e olhou pela enorme janela ela entubada com grandes aparelhos em volta dela. Não havia nada de diferente desta paciente para qualquer outra.

Rafael abriu a porta do quarto e foi caminhando em direção a ela, de repente uma bandeja com bisturis caiu no chão e um atingiu a perna de Rafael com tanta força que ficou enfincado na carne. Ele foi pra frente pra se apoiar em algo, mas suas duas pernas amoleceram e também seus braços e ele caiu de cara no chão sem poder fazer nada, sua boca estava ensanguentada e não conseguia levantar. Sentiu um liquido espesso escorrendo dos seus ouvidos, e depois também dos olhos, no chão olhou para porta metálica do armário encostado na parede e viu que sai sangue de todos os buracos de seu rosto, ao virar de costas um jorro de sangue saiu muito forte do seu nariz, ele já estava ensopado e ficando fraco por perder tanto sangue. "Isso não pode real", pensou ele. "Isso é real, isso é o que está na sua mente, isso é o que você pensa, mesmo não sabendo, isto e você, seus pensamentos estão cheios de sangue". Respondeu uma voz feminina dentro de sua cabeça.

Continua no capitulo 4 - "Eu Te Receito Uma Morte Lenta"

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 02/05/2012
Código do texto: T3645476