Luz & escuridão

Minha vida sempre foi escura e sombria, nela sempre ocorreram fatos tristes com os quais eu nunca soube lidar a única coisa que mudou é que agora eu cresci e não admito mais ser maltratada por ninguém, se mexer comigo vai ter volta.

Minha mãe uma prostituta que engravidará de um viciado aos dezoito anos me abandonou em uma lixeira quando eu tinha apenas três dias de vida, por ali fiquei com fome e com frio até que os lixeiros me encontraram quase morta na madrugada de um domingo de agosto, fui levada para um orfanato e ali permaneci até completar cinco anos momento no qual minha carinhosa e amantíssima mãezinha arrependida de seu ato insano veio me buscar. Ela havia dado o golpe do baú em um jovem senhor se considerava esperta e para tentar reparar o mal que havia feito me tirou daquele lugar, bom ao menos foi o que eu pensei por alguns anos.

Cresci em um ambiente promiscuo, minha mãe que nunca deixou de ser vadia recebia as escondidas seus amantes enquanto seu esposo trabalhava, para ajuda - la em suas sacanagens ela havia contratado como empregada Dayse uma garota de programa que trabalhava com ela nas ruas e como motorista da família Clovis cafetão que por muitas vezes o vi comendo à na mesa da sala onde fazíamos as refeições. Eu era uma criança perturbada com a minha historia, pois ao completar nove anos Dayse me colocou sentada no sofá da sala e fez questão de contar tudo que eu havia passado sem dó nem piedade o que me fez sair correndo aos prantos para o colo de minha genitora que ao invés de me afagar com carinhos sorriu dizendo que o importante é que agora eu estava bem e que tinha que aprender a lidar com a vida de uma forma fria, pois nem tudo eram flores.

Quando completei dose anos, Sandro a única pessoa que eu tinha certeza que realmente gostava de mim faleceu misteriosamente o que mexeu bastante comigo, pois tive certeza que minha vida iria mudar e essas mudanças seriam para pior e eu não estava enganada. Em poucos meses minha mãe, Dayse e Clovis acabaram com o patrimônio que minha mãe herdara com a morte de seu marido e quando se viram em apuros logo transformaram nossa casa em um bordel, Dayse logo propôs a minha mãe que leiloassem a minha virgindade mais ela a principio se recusou alegando que eu ainda era jovem para entra pra vida fácil, mas como as coisas apertaram ela acabou concordado.

Lembro-me como hoje que naquela noite tive um pressentimento ruim eu sabia que algo não estava errado e por isso ao invés de espiar o que estava acontecendo na casa como era de meu costume fazer tranquei meu quarto e me deitei cedo. Já passava um pouco da meia noite quando senti que alguém abria minha porta pelo lado de fora me encoli toda e fingi que estava dormindo mais de nada adiantou logo senti uma mão que passeava pelo meu corpo por debaixo das cobertas, tentei gritar mas uma mão tampou a minha boca o meu corpo tremia de medo e como ele era forte não tinha nada que eu pudesse fazer ele puxou minha calcinha devagar e disse baixo meio que sussurrando no pé do meu ouvido que não iria doer, ale abriu minhas pernas vagorosamente e logo pude sentir seu membro duro e grosso sendo enfiado devagarzinho entre minhas pernas, seu ritmo era compassado lento e eu estava gelada com lagrimas nos olhos contando o momento para que tudo aquilo acabasse, quando ele terminou acendeu a luz e me perguntou se eu tinha gostado, vomitei como resposta. Minha mãe e Dayse logo entraram no quarto para saber como tinha sido e ele foi logo dizendo que achava que eu não dava para puta, que ele tinha feito comigo com o maior carinho do mundo e que nem molhada eu havia ficado que parecia mais uma geladeira, minha mãe então ficou muito irritada me puxou pelos cabelos e foi logo falando que eu deveria aprender e rápido a profissão por que ela tinha sido muito generosa comigo pedindo ao Clóvis pra me iniciar.

No dia seguinte Dayse me levantou cedo da cama me levou a uma loja e comprou roupas noivas para mim. A noite chegou e aquele que deu mais me levou para o quarto.

Todas as noites eram iguais os homens chegavam se aconchegavam em meu corpo pagavam e iam embora. Eu já não agüentava mais e jurei para mim mesma que todos aqueles que me tocassem daquele dia endiante iriam pagar com a vida o mal que me tivesse feito e assim aconteceu.

Completei dezenove anos e decidi que aquele seria o ano da minha vingança e a primeira que eu iria matar era a Dayse, aquela vagabunda que sempre atormentou minha vida desde que eu tinha oito anos. Passei na igreja acendi uma vela em memória da Dayse rezei e fui para casa era dia de faxina e eu sabia que minha mãe levaria as meninas para o salão enquanto a Dayse se encarregava de cuidar da faxineira, entrei. Tudo ocorria exatamente do jeito que eu imaginava a faxineira não me viu entrar entrei sorrateiramente subi as escadas e Dayse estava no quarto da minha mãe, a puxei para mim e perguntei se me achava bonita, ela acariciou o meu rosto e disse que sim, que eu era uma mulher bonita que em nada me parecia coma aquela garotinha feia que ela conheceu quando tinha cinco anos eu a perguntei se não gostaria de beijar, ela me olhou fundo nos olhas e respondeu que sim eu me aproximei coloquei seus dedos entre as minhas pernas fiz com que Dayse me tocasse ela que já estava acostumada a fazer esse tipo de coisa logo se desarmou e começou a sussurrar em meus ouvidos que seus desejos para comigo desde que eu tinha doze anos, pedi então pra que ela se deitasse na cama de minha mãe ela me obedeceu correndo.

- Feche os olhos Dayse.

- Claro querida.

- Dayse.

-O que foi? Perguntou ela.

-Abra os olhos!

- Nãoooooooooooooooooooooooooooo.

Uma duas três quatro... Dezenove facadas eu desferi contra o corpo de Dayse, a olhei morta e pela primeira vez senti um prazer como nunca havia sentido antes. Embrulhei a roupa suja de sangue, tomei um banho rápido para me livrar do sangue e sai pelos fundos para me livrar da roupa, retornando bem mais tarde para casa.

- Onde você estava Melissa? Gritou minha mãe quando me viu.

- Essa é uma das suas meninas? Perguntou o policial.

-Não essa é Melissa, minha filha.

- O que esta acontecendo mamãe?

- Mataram a Dayse, quando a faxineira abriu a porta do quarto a encontrou morta a chamou a policia.

Passaram-se messes e a investigação em nada deu, era hora deu agir novamente e a vitima da vez seria Clovis, eu nunca tinha tirado da cabeça aquela maldita noite em que ele entrara no meu quarto eu tinha pesadelos horríveis com ele e com todos aqueles com os quais tive que ir para a cama depois daquela noite, ia ser um prazer enorme para mim fazer a passagem daquele infeliz.

- Sabe Clovis, eu tenho que te confessar um segrego! Exclamei sentando lentamente no colo dele.

- O que isso Melissa, você nunca foi assim.

-Eu nunca esqueci aquela noite, quando você entrou em meu quarto e me possuiu. Eu era uma menina estava assustada, mas no fundo eu gostei e queria muito ser sua de novo.

- Eu pensei que você não tinha gostado.

- Me beija Clovis, essa noite você vai ter uma grande surpresa. Coloquei em seu bolso o endereço de uma praia e pedi para que ele me esperasse nas pedras.

Arrumei-me, passei no quarto da minha e embebessi um de seus lenços em seu perfume e sai. Entrei na igreja por volta das nove da noite, fiz o sinal da cruz, fui para o altar de santa Cecília acendi uma vela em memória de Clovis, rezei e sai para encontrar lo. Quando cheguei à praia deserta logo o avistei nas pedras, o abismo que dava para o mar era ao mesmo tempo assustador e belo, subi e ele que olhava atento para o despenhadeiro me perguntou se não podíamos ir para um motel e sínica o perguntei se ele estava com medo de cair meio tenso ele respondeu que não já me empurrando contra uma das pedras e abrindo minhas pernas exatamente do mesmo jeito que havia feito quando me possuiu pela primeira vez. Terminado o sexo o limpei com o lenço de minha mãe e pedi a ele que rasgasse o lenço ao meio, Clovis então rasgou aquele lenço cheio do seu gozo ao meio e disse que guardaria como recordação dando a mim a outra parte do lenço que logo coloquei dentro da bolsa. Aos poucos fui fazendo com que ele andasse para trás e sem perceber ele estava ali de costas para o despenhadeiro eu podia ver as águas batendo forte nas pedras lá embaixo, então lhe disse:

-Clóvis eu o perguntei se você tinha medo de cair. E o empurrei para morte.

_ Você deveria ter dito sim.

Votei para casa implantei o lenço na bolsa de minha mãe, fiz uma ligação e aguardei o resultado. Agora só me resta acender uma vela para Dayse e outra para Clóvis fazer uma oração e aguarda minha mãe sair da cadeia para então eu selar o seu destino que é a morte.

Raquel Freitas
Enviado por Raquel Freitas em 09/06/2012
Código do texto: T3714530
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