Hotel Horror - Cap. 2 - A Boca do Inferno

Isabela acordou em seu quarto, tentou se levantar mas sentiu seu pé doer. Viu que estava enfaixado.

- Foi só uma torção, logo a dor passa. - disse uma senhora de aparentemente uns 60 anos. - Eu trabalho na cozinha do hotel, meu nome e dona Elza, fiquei sabendo que você manda aqui agora. - A velha deu soltou um risinho.

- Posso te perguntar uma coisa? - disse Isa sem querer saber da resposta e ja perguntando. - Você acredita nas histórias do Hotel?

- Depende, qual delas?

- Em todas, o portal para o mundo dos mortos principalmente.

- Dizem que o final da queda d'água é a Boca do Inferno, um portal para o submundo. Outros falam que ela é um portal para todos que ja se foram se comunicar com quem ficou. Outros falam que dá pra entrar no mundo dos espíritos pilando ali. Quem tentou morreu então entraram para o mundo dos mortos né. - ela deu mais uma risada. - Eu acredito que aqui tem uma conexão com o espiritual, espíritos bons...

- E se alguém que ja se foi voltasse pra tentar de matar.

- Não acredito que permitam que espíritos mal intencionados voltasse para o nosso mundo.

- Eu acredito.

- Cada um tem uma crença menina. Agora eu vou preparar o almoço para os hospedes. Tem uma muleta ali caso queira se levantar.

Isabela olhou para o relógio e viu que já era 10:30h, resolveu descer, iria embora logo após o almoço, não passaria nem mais uma noite ali. Chegando ao saguão principal, Izadora veio alegre conversar com ela:

- Hoje a noite vamos fazer um luau, vamos nos reunir e contar histórias assustadoras.

- Eu não vou ficar pra noite, e não gosto de histórias assustadoras.

- Você tem que ficar, hoje vem os investidores japoneses. Sua tia queria ampliar isso aqui. Eles iriam cancelar mais eu disse que a nova dona estava disposta a seguir o rumo das negociações.

- Você toma decisões por mim! Eu fico, mas vou embora depois da reunião, não vou dormir aqui.

Já era nove da noite e os japoneses ainda não haviam chegado, a jante estava sendo servida e o pessoal preparava o luau. Isabela havia passado a tarde no seu quarto, chorando a perda da família, por mais que os últimos acontecimentos a fazia esquecer por alguns tempo da morte deles era impossível de não se lembrar. Foi falar com Izadora.

- Cadê os chineses?

- Vou ligar pra eles. Vai lá ver se o Gustavo ta preparando o luau bem, ele faz do jeito antigo, não sei se você quer mudar. E eles são japoneses.

- Chineses, japoneses tanto faz, é tudo coreano mesmo. - Tentava ficar de bom humor pra espantar as coisas ruins que estava a atormentando.

Gustavo cruzou com ela na porta, disse que iria pegar umas coisas. Isabela viu que o local estava lindo. Ainda estava vazio, os hospedes só podiam sair depois de tudo pronto. O som da cachoeira fazia o ambiente ficar aterrador, propicio para historias de terror. "Minha filha". Foi o que escutou Isa de repente, um sussurro que parecia vir do mesmo local da queda d'água. "Vem até mim, minha filha querida". Isabela foi chegando mais perto da cachoeira. Vi que em suas águas tinha uma sombra. Talvez era sua mãe, entrou na aguá na parte mais rasa, mas não havia como chegar mais perto, era muito forte a força da cachoeira. A sombra veio em sua direção, Bela estendeu a mão, e a sombra fez o mesmo. Isabela fechou os olhos, mas sentiu uma dor muito forte na palma de sua mão, abriu os olhos e viu que estava sangrando, cortada. Mariane estava em sua frente pronta pra atacar novamente. Isabela saiu rapidamente da aguá, mas Mariane passou a faca em sua perna. Isa correu mancando, mas o fantasma de sua prima a alcançou e lhe desferiu vários golpes na barriga.

A porta do hotel se abriu e um outro funcionário saiu, esse ela desconhecia mas começou a pedir ajuda. Mariane voltou pra cachoeira e desapareceu na neblina de aguá. A voz de Isabela estava fraca, e talvez por isso o homem passou reto por ela, nem a notou no chão a poucos metros dele. Gustavo saiu também e ela pediu ajuda mais uma vez. Dessa vez a ouviram, ele veio até ela. Pegou Bela no colo e levou pra dentro. Enquanto estava sendo carregada viu Mariane vindo correndo atras de Gustavo, tentou avisar, tentou gritar, mas estava ser forças pra isso.

Continua no Cap. Final - O Mundo dos Mortos.

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 03/07/2012
Reeditado em 04/07/2012
Código do texto: T3758226