O maníaco da Internet

...Relatos de sua amiga - Magda Alves...

Era só uma garota de quinze anos andando ás 23:00 horas por um lugar desconhecido após marcar um encontro com um carinha qualquer que conheceu na internet. Foi num site de relacionamento que Magda sua amiga a indicou.

Magda contou aos prantos que se lembrava bem dela dizer que queria mesmo conhecer alguém mais experiente, e ia cadastrar-se no site e logo perderia sua virgindade.

Já havia um ano que eles teclavam, tudo começou com palavras sedutoras pelo msn, brincadeiras e depois sexo pela cam.

- Ele se parece com um Deus grego. - Dizia Estefani para Magda.

A sensação do proibido a movia intensamente. Era como a corda que se dá aqueles brinquedinhos de criança.

Estefani ficava ainda mais excitada quando seus pais estavam em casa. A sensação de que um deles a qualquer hora abriria a porta e a encontraria masturbando-se para Cláudio a deixava ainda mais louca.

Desde os seus treze anos ela já queria simplesmente encontrar alguém e deixar que ele mergulhasse em seu corpo como se ela fosse um mar e ele um navio a deslizar por suas ondas, navegando no ritmo calmo e louco de seu corpo aliado ao seu desejo. Mas ela se guardava para algo mais intenso e insano.

...Dia 14-09-2011 – 23:00 horas – proximidades da casa de Estefani...

Naquele dia ela disse para seus pais que dormiria na casa de Magda e saiu despedindo-se com um beijo no rosto.

- Vá com Deus querida! E tome cuidado! - Disse seu pai enquanto sua mãe levava as louças do jantar até a cozinha.

Segundo a testemunha, Humberto Marques de 21 anos de idade, vizinho da vitima; Estefany entrou no Peugeot 206 estacionado na esquina de sua casa após os faróis piscarem. A porta foi aberta assim que ela aproximou-se.

- Mas quem é você? - Ele ouviu-a gritar surpresa e tentar sair do carro. Humberto estava do outro lado da rua, colocava o lixo para fora de casa, pois o caminhão passaria no outro dia às seis da manhã para recolhê-lo. Ele a viu levar um soco no rosto e desmaiar. O motorista ligou o carro e saiu cantando pneus. No dia seguinte o carro foi encontrado em uma cidade vizinha abandonado, investigamos a procedência dele e descobrimos que o mesmo havia sido roubado na tarde anterior ao sequestro.

...Dia 21-09-2011 – 14:00 horas – vídeo postado no You Tube – fonte anônima e irrastreável...

Sua boca sangrava. O sangue minando a partir de suas gengivas , não tinha mais todos os dentes, pelo menos dois deles foram arrancados por um alicate de bico, seus rosto pálido e sem vida era arranhado por uma navalha.

O autor do crime usava uma máscara de frio. Seu olhar era algo demoníaco. Hora ele acariciava-a com as costas de sua mão, outrora a cortava. Sua língua então evitou que o sangue caísse ao chão numa lambida perturbadora no rosto da vitima. Dava para sentir a repulsa nos olhos dela que tremia nitidamente a cada investida. Ele desceu a blusa dela deixando seus pequenos seios à mostra. Acariciou-a novamente e pegou uma tesoura. De repente deu uma volta dançando em torno dela uma espécie de valsa.

Ela se debatia na cadeira, mas estava presa. Ele então parou abruptamente á sua frente abrindo e fechando a tesoura repetitivamente, dava para ouvir o barulho das lâminas se encontrando, aquilo era perturbador. Os olhos dela demonstravam todo o pânico que ela sentia. Ele então segurou um de seus mamilos e apertou a tesoura cortando-o forçosamente.

Os gritos abafados de Estefani o faziam sorrir diabolicamente. Ele a cortou e arranhou o quanto pôde, pegou várias seringas e cravou as agulhas pelo corpo dela. Ela estava banhada em sangue. Cortes finos que a faziam sofrer intensamente, mas a preservavam viva. No fim começou a sugar o sangue dela com as seringas retirando seu sangue meticulosamente. Fez isso repetidas vezes. Ela cada vez mais fraca. Ele registrou os horários das coletas de no vídeo. O rosto dela cada vez mais pálido e sem vida. A última imagem que se viu foi a dele com um cartaz.

“Vocês nunca a encontrarão”

Inultimente tentamos encontra-la por oito longos meses, mas foi em vão. Fotos circularam pela televisão, jornais, tudo muito rápido. Mas não havia pistas. Então demos o caso como perdido.

...Dois anos mais tarde - um novo crime...

Dois anos mais tarde um jovem morre misteriosamente no mesmo bairro, suspeita de envenenamento.

Causa da morte, desconhecida e suspeita. O garoto caiu na sala de estar de sua casa, minutos após beber um suco que ele mesmo preparara. Começou a sentir vômitos e diarreia, depois estava irritado, paranoico começou a sofrer tremores e a agir e falar como um louco. Ele contorceu-se no chão a frente de sua mãe até a morte. Ela mal teve forças pra se erguer do sofá.

Fui até a casa dele, o som oco dos meus passos fez-me perceber que havia algo de errado, me abaixei próximo ao local onde o corpo havia sido encontrado quando a perícia chegou e descobri uma entrada debaixo de um carpete que dava para um estranho porão. Desci as escadas e lá estava ela. Completamente deformada. Presa em uma espécie de cela onde o idiota fazia suas refeições diariamente ao lado dela. Estava irreconhecível. Dava pra ver os instrumentos de tortura que o rapaz usava. O medo nos olhos dela como de um animal que teme seu dono.

..."O maníaco"...

Ele morava sozinho com sua mãe que era deficiente visual e sofria de mal de alzheimer e trombose. Cuidava dela, que recebia uma gorda pensão de seu pai, um ex - militar. Lá embaixo dava pra ver alguns remédios sobre a mesa, morfina, lidocaína, analgésicos, remédios controlados e vários outros. Tinha de tudo que pudesse se imaginar, uma dispensa enorme repleta de mantimentos, não havia janelas apenas o cheiro de mofo que adentrava minhas narinas.

Tirei-a da cela rapidamente e ela me abraçou aos prantos. Soluçava como uma criança. Seus dentes pareciam podres e seu rosto estava cheio de cicatrizes finas, mas que demonstravam nitidamente o quanto ela havia sofrido.

- O que aconteceu com ele? - Eu perguntei. Ela então abriu sua mão. A principio não entendi do que ela estava tentando me dizer com aquele frasco de mercúrio, mas enfim percebi o que ela havia feito. Ela apenas sorriu e disse.

- Ou ele tomaria isso ou eu. Já não suportava mais, demorei anos para conseguir descobrir algo que ele não conseguisse perceber e que fosse letal. O mercúrio eu utilizava para as feridas. Agora vou presa? - Eu não sabia o que pensar. O que faria? Eu não tive escolha. Foi então que tive aquela louca ideia.

Um ano depois o júri a havia condenado. Ela foi dada como louca e teve que passar o resto dos dias no sanatório municipal onde receberia todo auxílio necessário após ter colocado mercúrio erroneamente no copo de suco de seu filho Humberto Marques. Eu comprei aquela maldita casa. Enquanto Estefany foi encontrada em uma cidade vizinha dentro de uma casa abandonada por um policial amigo meu que me devia um favor. Nunca foi encontrada a pessoa que a sequestrou. Ela reencontrou seus pais e após algumas cirurgias plásticas teve sua vida parcialmente restaurada.

O porão ainda existe. Uso ele para cuidar destes maníacos que encontro de vez em quando por aí.

Tenente investigativo Sidney Muniz.

Leiam... O Jogo da Forca

Apenas outra simples republicação para a sexta feira treze!

A todos que me leem um forte abraço e que Deus os abençoe e ilumine sempre!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 13/07/2012
Reeditado em 13/07/2012
Código do texto: T3776588
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