YORK - Parte Final

York ficou satisfeito em saber que sua companhia partiria em duas semanas. Ficaram em Argel, capital da Argelia, para treinamento e instrução. Como já havia sido veterano de guerra e oficial de alta patente, York foi muito bem nos treinamentos. Foi o melhor atirador da companhia, com aproveitamento de 100%, algo nunca visto antes. Nos treinamentos fisicos se destacou pela força física e grande agilidade, chamando a atenção de seu comandante, Major Michel Riberri, que o detestava desde o principio. Ganhou o respeito e a admiração de seus companheiros de armas que tentaram fazer amizade mas York se manteve isolado e em silencio, como se vivesse em seu proprio mundo.

Naqueles dias York teve pesadelos terriveis, sempre o mesmo pesadelo. Sonhava que estava em um campo de batalha onde fora o unico sobrevivente. Por toda parte corpos mutilados de seus companheiros mortos. Uma névoa densa lhe dificultava a visão e York ficava sem saber aonde ir. Entao ouvia uma voz lhe chamando pelo nome e conseguia ver a figura de um homem andando em sua direção, chamando seu nome. Ao se aproximar York podia ver que era a figura de seu falecido pai, vestido de uniforme, e ferido gravemente no estomago, pernas e com o braço quebrado, mas para o horror de York, a figura de seu pai tinha um burado no peito, pois o coração havia sido arrancado. A figura pálida se aproximava chamando York pelo nome e entao lhe agarrava pelo pescoço com grande força e agilidade e gritava pedindo-lhe o seu coração. York acordava aos gritos e banhado de suor. O oficial médico tentou ajuda-lo com medicamentos para depressão e stress mas foram inúteis. Toda noite, a figura de seu pai lhe aparecia cobrando pelo coração arrancado.

Finalmente chegou o periodo de treinamento chegou ao fim. York havia voltado a sentir a mao tremer e uma inquietação que foi notada pelo sargento de seu pelotão que desconhecia a causa de seu malestar. York mal podia esperar pela batalha. Antes da partida o comandante da legiao estrangeira na Argelia, general Cécile Chermont fez um discurso chamando a atenção para a importancia da missão que havia sido confiada aquela companhia. Alertou para os perigos da missão pois a guarnição francesa do quartel havia enviado relatorio informando das atividades das tribos beduínas na regiao e que havia sido atacada 3 vezes nos ultimos 2 meses, sendo que no último ataque teve muito trabalho para repelir a invasão do forte. O general Chermont concluiu que a 8a companhia deveria permanecer no forte por tempo indeterminado até que a situação fosse controlada naquela região. Em seguida instou a tropa a ter coragem e agirem com bravura ao que foi ovacionado por toda tropa. O olhos de York brilharam.

Partiram no dia seguinte. A 8a companhia tinha 250 soldados divididos em tres pelotões. York olhou para Argel enquanto marchava com a tropa rumo ao Deserto.

Levaram vários dias cruzando o deserto, durante os quais não viram atividades dos árabes na região, embora York tivesse a certeza de que estavam sendo observados. Apos mais alguns dias se aproximaram do forte e viram fumaça, tiros e gritos em árabe e frances. O forte estava sendo atacado. O comandante da companhia Michel Riberri concluiu que o forte estava prestes a ser tomado pelos árabes e que ele e sua companhia haviam chegado relativamente tarde. Michel entao rapidamente dividiu a companhia em tres pelotoes e gritou aos soldados para iram às armas, partindo na frente. York gritou como que enlouquecido e foi direto ao meio do combate com grande fúria e violencia. Os próprios franceses ficaram impressionados com aquilo e se lançaram motivados ao combate. Mas a sorte daquela batalha já havia sido lançada.

Os franceses do forte resistiam com suas ultimas forças. Eram poucos os soldados franceses nos muros e parecia que economizavam munição. Do lado de fora a luta era uma carnificina e chegava proxima do combate corpo a corpo. Os árabes estavam em superioridade numerica de quatro ou cinco para um e os franceses estavam cansados da longa caminhada. Entretanto os árabes haviam sido surpreendidos e também estavam cansados, pois a quarnição francesa havia resistido bravamente por cinco dias e havia 'vendido' caro a derrota. O lider árabe sentiu que o destino do forte estava selado mas que não precisava ser decidido naquele momento e que poderia atacar no dia seguinte e poupar seus homens. York se lançava como um leão para cima dos árabes que lutavam com bravura mas que nao eram páreo para o soldado no qual York havia se tornado. Lutando com sua pistola e baioneta, York abriu um caminho entre o corpo principal do exercito árabe, causando espanto e terror nos beduínos. O proprio lider árabe percebeu York no meio da multidão enfurecida e a um grito do líder o exercíto árabe bateu em retirada deixando para tras dezenas de mortos ou feridos.

Pouco a pouco os tiros foram cessando até que o silencio tomou conta daquele forte abandonado no meio dodeserto. O que restou da guarnição francesa abriu os portões do forte para os 145 legionarios sobreviventes entrarem após o que rapidamente os portões foram fechados. Lá dentro, o tenente Edmond Eudes junto com um sargento veterano fez continencia para o comandande Cecile e relatou a situação. A guarnição fora atacada de surpresa cinco dias atras e lutou com tudo o que tinha mas o inimigo era superior. Todas as tribos árabes da regiao haviam se unido em um grande exercito e eram comandados por um líder inteligente que sabia impor o ritmo da batalha à favor dos árabes tirando proveito do terreno. A guarnição que inicialmente tinha 300 homens era agora composta por apenas 56 legionarios, sendo que alguns feridos. Os mortos foram amontoados num deposito pois nao tiveram tempo de enterra-los.

York, sendo veterano de guerra, compreendeu que a derrota era questão de tempo, mas nao parecia se importar. O comandando Cecile ordenou que cuidassem dos feridos e que levassem os mantimentos e a municao para um lugar seguro. Em seguida ordenou que os homens fizessem vigilia nos muros, em 3 turnos, e colocou 2 soldados na torre vigiando o territorio. Perguntou ao tenente pelo comandante, embora já soubesse a resposta, ao que foi informado que o comandando havia sido morto na tarde do dia anterior na tentativa que conter uma invasão pelo portao principal do forte. O comandante Cecile compreendeu a gravidade da situação e chamou o tenente para uma conversa no escritorio do falecido comandante da guarnição.

York estava agitado. Precisava daquilo que lhe dava energia e coragem fora do comum, um coração humano. Observou do muro que os árabes nao haviam deixado a regiao. Notou o soldado de sentinela cansado e amedrontado. Olhou em volta para os quatro lados internos dos muros do forte. Haviam poucos soldados de vigia. York concluiu que a defesa do forte precisava de no minimo duas metralhadoras e duas peças de artilharia, alem de mais uma companhia inteira para terem condições de resistir ao ataque e derrotar o inimigo. Do jeito que estavam, poderiam resistir a um talvez dois ataques mas não a um terceiro ataque.

O comandante Cecile concluiu que era necessario enviar algumas patrulhas para a regiao de forma a acompanhar a movimentação do exercito árabe. Mesmo com poucos homens era uma boa medida que permitiria avisar ao forte com certa antecedencia sobre a aproximacao do inimigo, dando tempo para posicionar os homens e montar a precária defesa. Cecile concluiu que o comando da legiao em Argel havia subestimado a capacidade de mobilizacao do exercito arabe e, mais ainda, de sua capacidade de organizar as tribos em um unico exercito.

A situação dos legionarios no forte era grave e dependia de que as patrulhas funcionassem e do envio urgente de uma mensagem para Argel solicitando reforços e artilharia com a maxima urgencia. Cecile enviou 3 mensageiros com mensagens de socorro, montados nos tres melhores cavalos que tinham. Alem disso, organizou a primeira patrulha com 3 legionarios que deveriam patrulhar o lado sul do forte que era por onde os árabes haviam atacado nas ultimas vezes. Sabendo que era uma missao de alto risco ordenou a um de seus sargentos que colocasse York na patrulha. York, por sua vez, ao saber que poderia sair do forte em patrulha saltou da cama onde estava descansando muito animado, surpreendendo a todos, e partiu em direção ao pátio. Sua mao treima e sentia um suor por todo o corpo.

Partiram os tres legionarios em patrulha. York nao parecia ter medo e ia na frente. Se afastaram do forte alguns quilometros e entao foram surpreendidos por um grupo de árabes que começou a perseguir a patrulha. Os outros dois legionarios que formavam a patrulha partiram em fuga a procura de uma posicao para a defesa. York por sua vez partiu em direção ao grupo de arabes para espanto dos arabes e surpresa dos dois legionarios. Entre tiros e gritos York desapareceu nas colinas de areia. Os outros dois legionarios fugiram de volta ao forte. AO chegarem relataram o que aconteceu ao tenente que levou a noticia ao comandante, informando que York provavelmente havia sido morto.

Entretanto, ao cair da noite, uma figura solitaria se aproximou do forte montado em um cavalo da legiao e falando em frances com sotaque. Era York para espanto de todos. Estava todo ensanguentado e trazia as cabeças de 6 arabes. A guarnição ficou em silencio ao que York informou ao tenente que os arabes nao estavam longe dali e que estavam organizando um novo ataque. O comandante Cecile ficou surpreso com a noticia de que York ainda estava vivo.

Nao muito longe dali, um cavaleiro arabe encontrou os restos do grupo de arabes que havia atacado a patrulha de York. Horrorizado o árabe percebeu que todos ali tinham sido mortos com arma branca e que tinham tido o coração arrancado. O cavaleiro fez uma oração a Alah e voltou imediatamente para o acampamento do exercito arabe e contou o que havia encontrado. Ao saber da noticia o comandante arabe ficou espantado e declarou nunca ter visto tamanha barbaridade mas que isso nao iria intimidar a tropa, que se tratava de uma forma de terror psicologico dos franceses para assustar os beduinos. Entretanto, um velho arabe interrompeu o comandante para lhe dizer que já havia ouvido historias dos povos mais ao sul da africa em que havia um guerreiro branco que atacava caravanas quando estas passavam pelas florestas mais ao sul. Acrescentou que seu cunhado havia sido morto em uma destas caravanas junto com todo o resto do grupo. Nada foi roubado mas todos foram mortos e tiveram o coração arrancado. Disse que os nativos da regiao o chamavam de demonio branco e que havia sido enviado de florestas remotas do interior da Africa. O comandante arabe entao reuniu seu conselho de guerra e começaram a debater sobre a situacao. Por fim acordaram que, com demonio branco ou nao, atacariam sem piedade na manha seguinte.

Enquanto isso York se isolava no forte. Precisava devorar o coração de mais guerreiros mortos. E foi naquela noite que York visitou o deposito onde jaziam mortos seus companheiros legionarios e com sua baioneta arrancou o coração de varios soldados mortos e comeu ali mesmo. Pela manha, um soldado notou a porta do deposito aberta e o forte cheiro dos corpos mortos e ao se aproximar descobriu o que York havia feito.

O comandante Cecile reuniu a guarnição e prometeu punição pelo ato barbaro. York ouvia tudo em silencio. Cecile ainda estava falando quando varios tiros foram ouvidos e um dos vigias da torre caiu morto no patio. Outros dois homens que estavam nos muros também cairam mortos. Os árabes haviam lançado um ataque surpresa e haviam voltado em maior numero. Cecile ordenou que os homens fossem aos muros e defendessem o forte a todo custo.

Naquela noite, os arabes atacaram impiedosamente e protegidos pela escuridao causaram muitas baixas na guarnição. York estava nos muros e atirava com precisao, derrubando muitos árabes, mas as baixas da guarnição eram pesadas. O tenente ao ajudar os homens no muro leste foi atingido no pescoço e caiu morto. Os outros dois sargentos da companhia também foram mortos na defesa dos muros. No portão frontal do forte, o sargento tentava com um grupo de legionarios impedir que um grupo de árabes entrasse no forte. York compreendeu que nao tinha tempo a perder e saltou para o patio correndo rapidamente para o canhao e carregando-o com munição. Em seguida pediu a ajuda de dois legionarios que o ajudaram a osicionar o canhão em frente ao portao. York entao gritou para o sargento e para os legionarios que defendiam o portao para abri-lo ao que o sargento chamou York de louco e desautorizou a ordem de York que se aproximou dele e o derrubou com um soco potente chamando-o de idiota. Em seguida ordenou aos legionarios que ao sinal dele abrissem o portao que estava prestes a ser arrombado pelos arabes do lado de fora. Ao sinal de York o portao foi aberto ao que os arabes entraram no patio rapidamente só para se verem em frente ao canhao que abriu fogo dizimando todo o grupo de arabes imediatamente. Em seguida York ordenou que fechassem o portao e se lançou como um animal sobre os arabes agonizantes e ainda vivos lhes arrancando o coração e devorando ali mesmo no chao diante de todos. Os legionarios ficaram horrorizados mas voltaram ao combate. Pela manha os arabes bateram em retirada.

No forte a guarnicao tinha sido reduzida a apenas 67 legionarios. Os mortos estavam nos muros. Um cheiro de podridao tomava conta do lugar. O comandande Cecile ao saber o que York fizera teve o desejo de executa-lo mas considerou que York era um soldado que fazia a diferença na batalha e então o promoveu ao posto de cabo e lhe pediu que ajudasse o sargento a organizar a defesa para o proximo ataque.

Por todo o dia York percorreu os muros do forte colocando os legionarios mortos nos postos para que o inimigo nao soubesse a inferioridade numerico da guarnição. O Comandande mandou que todos os homens pegassem em armas, inclusive os feridos que nao estavam em estado grave. Ao cair da tarde os arabes lançaram um novo ataque.

Desta vez os arabes nao se preocuparam em esperar cair da noite para iniciar o ataque. Consideravam que o inimigo seria vencido facilmente. Levantaram um grande cerco ao redor do forte e foram apertando o forte, atacando em ondas sucessivas e eliminando lentamente a resistencia que restara. No forte os franceses lutavam desesperadamente por suas vidas. York agora nao fazia diferença entre inimigo morto ou legionario morto. Em intervalos durante a luta York arrancava o coração do legionario morto mais proximo e o devorava na frente de todos para em seguida prosseguir lutando. Era o mais ativo soldado dentro do forte. Com seus tiros certeiros conseguiu fazer o exercito arabe recuar por duas vezes.

Mas os recursos da guarnição era limitados. A munição chegava ao fim e poucos soldados restavam para defender o forte. Um a um os legionarios foram sendos mortos. York neste momento já nao lutava mais e percorria os muros atras de cadaveres que pudessem lhe fornecer o manjar dos deuses de que tanto procurava. York estava se preparando pois o que iria fazer exigia muita coragem. O Comandante Michel havia se juntado aos soldados nos muros mas foi gravemente ferido e pediu a York que reunisse os legionarios sobreviventes e levantasse a bandeira branca. Mas York respondeu dizendo que um soldado da legiao nao deve nunca deixar de cumprir seu dever mesmo que custe a vida. O Major Michel tentou falar mas foi silenciado para sempre por York que o matou silenciosamente.

Haviam seis legionarios que lutaram bravamente até a morte. Quando o ultimo legionario caiu morto, York se adiantou e abriu o portão saindo pela frente com seu cavalo. Os arabes recuaram curiosos. Entao York desafiou o lider árabe para um combate. O vencedor ficaria com o forte e o perdedor iria para casa. York sacou sua baioneta e esperou o lider árabe se decidir. O velho conselheiro arabe que havia contado a historia sobre o 'demonio-branco' aconselhou o lider a ordenar a execução de York imediatamente pois o mesmo era a encarnação do 'demonio-branco' de quem ouvira falar. Mas o lider arabe era orgulhoso e achou que poderia facilmente acabar com o legionario cansado e sozinho.

O lider arabe entao jurou por Alah que o vencedor ficaria com o forte e aceitou o desafio de York que partiu para o combate corpo a corpo com o lider arabe. Desde o principio, desde a primeira troca de golpes, o lider percebeu a enorme força e destreza de York. Apos uma rapida troca de golpes o arabe foi golpeado na perna e caiu de joelhos ao que York lhe decepou a mao que empunhava seu sabre. Prevendo o pior o arabe se preparou para a morte e aguardou York dar o golpe de misericordia ao que York com a baioneta lhe cortou a garganta e ficou de pé vendo o arabe morrer rapidamente ali no chao, aos seus pés. Novamente York, sem silencio, olhou para os ceus e abriu um grande sorriso para em seguida se ajoelhar diante do corpo do arabe e lhe arrancar o coração para devora-lo em seguida.

Muitos arabes recuaram horrorizados com que viam. Montado em seu cavalo, o velho conselheiro de guerra apenas observava para depois a um sinal fazer com que o exercito arabe batesse em retirada, cumprindo a promessa feita pelo lider arabe.

York passou a noite no forte sozinho. Era o unico sobrevivente da guarnição inteira.

Tres dias depois duas companhias de legionarios chegaram ao forte. A poucos metros da entrada do forte encontraram o que restou do corpo do lider arabe com o peito aberto e o coração arrancado. O comandante da companhia observou que nos muros haviam muitos soldados mortos, todos com o coraçao arrancado. Ordenou entao que os soldados entrassem no forte que estava com a porta aberta. Dentro apenas corpos mutilados e um cheiro de morte por toda a parte. O comandante ordenou uma busca e que lhe fossem trazidos os registros diarios feitos pelo ex-comandante do forte, o Major Michel. Foi quando o comandante leu o relato detalhado dos ultimos dias e o que York havia feito e o tipo de monstro que ele havia se tornado. o Comandante nao compreendeu e pediu que fosse feita uma busca por York. Um legionario encontrou uma trilha com rastros de um homem que deixava o forte sozinho indo em direção às tribos arabes.

O comandante entao perguntou em voz alta que tipo de louco iria fazer uma tentativa daquela sem recursos para a travessia e em território inimigo no meio do deserto. Um tenente então fez um comentário que gelou os ossos de todos ali presentes dizendo que quem quer fosse o louco, ele teria que ter muita coragem para fazer uma travessia dessas. Somente entao percebeu o que havia falado e sentiu um calafrio. O comandante enviou um pequeno grupo de 6 legionários experientes, fortemente armados e guiados por um sargento veterano. Tinham ordem de encontrar York e mata-lo visto o perigo que representava não só para os inimigos mas também para a legião estrangeira.

O grupo seguiu a trilha por três dias. Ao final do terceiro dia encontraram York morto no deserto. Seu suprimento de agua ainda era poderia hidrata-lo por mais 2 dias. Porem York precisava de algo mais para prosseguir sua viagem pelo Deserto e em um ato de desespero tentou arrancar o próprio coração.

Distante dali um velho conselheiro de guerra arábe observava o grupo por alguns minutos para depois sumir nas dunas e seguir o caminho de casa.

Fim...

Cronista das Trevas
Enviado por Cronista das Trevas em 22/07/2012
Reeditado em 12/07/2013
Código do texto: T3790671
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