Litoral dos Mortos Vol. II: Carnificina - Cap. 1
A moça loira corria nua pela floresta depois que seu namorado foi atacado por um zumbi. As sombras das arvores a assustava e a enganava fazendo-a achar que era outros mortos vivos, em um susto ela caiu no chão, mas não deu tempo de se levantar o zumbi que matou seu namorado lhe mordeu o pé, em seguida subiu em cima dela e disse:
- Você falou as palavras do medalhão guatemalteco e liberou nossa maldição, agora morrerá. - em seguida mordeu seu rosto arraçando a boca e o nariz da garota.
LITORAL DOS MORTOS 4 - MALDIÇÃO ZUMBIFICANTE.
Sabrina esta sentada na cadeira do cinema atônita, o que acabara de ver foi talvez a pior coisa que já fizeram sobre o tema de zumbis.
- Grava de novo, ficou uma bosta.
- O povo gostou. Não vamos regravar nada. - disse Felipe Chaves, produtor do filme.
- Isso é uma exibição-teste Felipe, serve pra ver se ficou bom, e eu como consultora e co-roteirista dessa porra digo que vamos regravar de novo. Onde esta meu texto nessa merda?
- Nós achamos seu texto muito pé no chão, muito real, isso é ficção.
- Muito real? Essa merda foi real, a 10 anos eu estava no meio disso e agora você me diz que isso é ficção. Eu escrevi o que aconteceu comigo, como escapamos. E você coloca zumbis falantes e maldição quatemateca....
- Guatemalteca.
- Não importa como diz. A origem disso foi por causa do governo...
- E não queremos importunar o governo com histórias que você nem sabe se é verdade.
- Carol contou pra gente, o sogro dela apareceu lá, colocou a gente num helicóptero...
- E você acreditou numa garota que atendia por um apelido, tinha um cachorro ao seu lado e usava uma kitana.
- Katana, kitana é do videogame.
- Nós nunca contamos a origem dos zumbis nos filmes anteriores, então não tem problema, o errado seria mudar a criação zumbi numa continuação, não estamos fazendo isso, seria ridículo. Sabrina, o estúdio aprovou isso, e não vamos regravar, você acha que o diretor e os atores querem gravar de novo?
- Foda-se o Meirelles e o Wagner Moura, nem sei como eles deixaram colocar o nome deles nessa porra. Esse filme ta uma bosta, só o primeiro prestou. Vocês não tiveram no meio do apocalipse zumbi aqui no Rio, não sabe o que a gente passou. - ela se levantou e foi embora.
No cemitério que abrigava todos os mortos que havia se transformados em zumbis João Vitor, que era coveiro trabalhava naquela noite sozinho, no ano passado o governo liberou visitas dos parentes, antes o lugar era isolado da população caso houvesse contaminação. João Vitor não tinha medo, ainda mais por que sabia que zumbis não existia e os canibais do passado estavam infectador e não mortos. "Os vivos são piores" pensava ele. E estava certo neste pensamento, uma vez que o próprio coveiro tinha suas perversões bizarras, toda noite se masturbava vendo as fotos das lapides das garotas que outrora foram mortas-vivas. As três que mais gostava era Carla Faria, Sara Borges e sua preferida Fernanda Andrik. Passou pelo tumulo de seu médico, Rafael Vilaforte, nunca gostara dele, achou bem feito ter morrido, chegou no de Fernanda, havia uma foto bem grande, e João adorava olhar para aqueles olhos azuis. Chegou perto da foto e começou seu serviço doentio, escutou um barulho, olhou pra trás procurando algo mas nada viu. Continuou a fazer o ato, quando escutou um barulho mais forte e sentiu a grama mexer em seus pés, mas nem deu tempo de olhar pra baixo pois a dor de algo arrancando seu pênis fora foi intensa. Só viu aquela mão saindo do chão e segurando seu membro, aquilo continuou a levantar chão acima, João rolava de dor quando viu aqueles dois belos olhos azuis o fitando, mas o rosto estava em decomposição, assim como os vários outros que haviam se levantado.
- Dr. Rigotti, a CNN te espera pra entrevista, pro especial deles dos 10 anos do surto zumbi no Rio. - disse Antonio Carlos.
- Eu ja estou indo, vamos lá compartilhar com o mundo como salvei varias crianças com apenas uma faca e uma arma com 5 balas.
- Você é um herói Dr.
- Eu sei. - sua mulher Amanda Rigotti, uma linda jovem loira estava com a cara fechada encostada na parede - Eu sou um herói né amor?! - ele segurou seu queixou com mão direita e lhe virou o rosto para o seu - Faz cara de feliz, eu vou da uma entrevista pra porra da CNN, então bota um sorriso nessa cara. - ele lhe apertou o rosto com mão - Não quero deixar marcas roxas no seu lindo corpo essa noite.
- Me solta, tá me machucando.
- É pra machucar.
Marcos Leal entrou desesperado na sala do Secretario de Segurança do Rio de Janeiro.
- Bruno Motta, senhor, acabei de receber alguns telefonemas. Tá aqui a descrição deles. A maioria bate, tá acontecendo de novo, ta acontecendo...
- Deixa eu ver isso aqui. - Bruno passou o olho rapidamente por dois deles, não precisava mais do que isso pra saber o que tava acontecendo, mas tinha duvidar quanto a veracidade daquilo, quando dois dos seus homens entrou rapidamente na sala com cara de assustados, confiava neles, e sabia que aqueles rostos confirma os relatos.
- Liga pro prefeito, liga pro exército, liga pros Vingadores se vocês tiverem o telefone. Essa região, dos relatos, tem alguma coisa acontecendo lá que tenha muita gente.
- Parece que um cinema foi fechado pra exibição teste do novo Litoral dos Mortos. - disse Marcos Leal
- Quanta gente tem lá?
- Não sei ao certo, mas muita senhor.
- Manda uma frota de 100 homens pra lá, porque senão o filme que eles verão será em 3D com efeitos muito reais. Temos que salvar essas pessoas antes que eles virem também.
- Não temos 100 homens disponiveis senhor.
- Arruma, caralho!
Sabrina estava bufando no corredor do cinema quando Carla Fiorelli e Tânia saíram do banheiro, duas das produtoras do filme.
- Porque esta nervosa Bri?
- Tudo errado esse filme.
- Olha essas três fofocando ai. - disse Luis Fiorelli, irmão gêmeo de Carla.
- Cala a boca meu irmão, ela tá puta. - Sabrina saiu de perto deles e foi beber aguá.
- Ta puta? Achei que ela ja fosse.
- Cala a boca! - Carla deu risadas - Você é doido.
- Que aquilo lá na porta? - perguntou Tania - parece um bêbado. - ela foi chegandoi perto.
- Parece um zumbi. - disse Luis rindo, quando o homen veio pra mais perto eles viram que realmente era um zumbi. - Isso é pra fazer divulgação?
- Que eu saiba não. - disse Sabrina encostando perto deles novamente, Tânia ainda estava perto, foi ai que o homem a atacou mordendo sua mão, ela saiu gritando sem três dedos que agora o morto vivo mastigava, e espirrando sangue em tudo. - Eu não acredito, de novo não, pelo amor de Deus.
O zumbi olhou pra eles um instante e seguida abriu a boca e soltou grunhidos, queria mais carne.