Carnaval Macabro

Era carnaval e tudo parecia esta correndo muito bem. Todos estavam se divertindo, dançando e bebendo muito, exceto por Julian.

Já fazia já cinco semanas que ele não via a cor do sangue humano, e se não conseguisse traçar nada naquela noite provavelmente morreria de fome.

Em meio à multidão, logo avistou sou presa. Era uma menininha, provavelmente com não mais de uns oito ou dez anos, acompanhada somente por um homem que parecia ser seu pai.

“Sangue inocente, ótimo!” pensou Julian com um sorriso sombrio.

Bastou um olhar para a pobre criança se esquecer de tudo em sua volta e cair sobre o feitiço de Julian, e em poucos minutos ela já tinha se soltado do pai e seguia Julian pelas avenidas de Salvador em direção a um beco escuro.

– Pronto minha querida, chegamos. Agora venha aqui para o meu “Grand Finale” – disse ele com um grande sorriso no rosto, enquanto ia, aos poucos, se abaixando e aproximando cada vez mais suas prezas do delicado e pequeno pescoço daquela criança. Mas algo estava errado ali e de alguma forma Julian sabia.

– Sim, realmente vai ser um Grand Finale – disse a garotinha com um sorriso macabro no rosto.

Julian praticamente deu um salto pra traz ao ouvir essas palavras. Ele não podia acreditar no que estava acontecendo. Como podia ser que uma simples criança possa ter quebrado o seu encanto, ou melhor porque diabos é que essa criança, de aparência tão dócil e frágil, possa parecer ter uma aura tão macabra.

– Ummmahahahahah! Ola Julian. – disse a menina com uma voz totalmente atemorizadora, não pelo fato dela ser medonha, mas pelo simples fato de ter sido uma voz suave, ate um pouco sensual. Uma voz que com certeza não pertencia a ela, mas sim a uma mulher, provavelmente nos seus vinte e oito, saindo da juventude e começando a entrar em um estado mais maduro.

– Qu.. quem é você? – pergunto Julian aterrorizado.

– Eu!? Bem eu sou somente uma mensageira, você tentou matar o meu mestre há uns dias atrás e ele não ficou muito feliz com isso. – disse a garotinha enquanto ainda ficava a fitá-lo com um grande sorriso no rosto. – Agora, normalmente meu mestre gosta de cuidar de coisas como essas pessoalmente, mas como nesse caso eu praticamente implorei para me deixar fazer isso ele abriu uma exceção, mas somente na condição de sua morte ser bem lenta e dolorosa.

Julian agora não sabia mais o que fazer, estava desesperado. Queria correr, mas não podia, queria gritar, mas não podia. Estava completamente paralisado à mercê de uma criança, que pelo visto não tinha motivo nenhum de ter piedade na sua pobre alma (se ainda tivesse uma).

– N... não s... se aproxime de mim. Eu estou lhe avisando, afastasse. – berrava ele enquanto se borrava todo nas calças.

– Ahahahahahahahahahahah – ria a garotinha enquanto chegava cada vez mais perto dele. – Isso vai sem duvida ser MUITO divertido.

Fora daquele beco escuro tudo que se podia ver eram as sombras de Julian sendo despedaçado pelo que parecia ser uma criatura realmente monstruosa. Seus gritos de pânico eram abafados pelo trio-elétrico que não se encontrara muito longe dali.

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Em duas horas todo já estava acabado. Julian agora fora reduzido a somente trapos de carne espalhado por todo o beco.

– E então se divertiu, Beatrice? – perguntou um homem a linda deusa de cabelos tão escuros quanto o céu à noite, e pele tão clara quanto a neve, que acabara de sair daquele beco escuro.

– É, ate que foi legal, pena que ele não gritou tanto quanto eu esperava que ira – disse ela enquanto estendia a sua delicada mão para que aquele homem a ajudasse a sair dali – talvez se você não ficasse me espiando como se eu fosse fazer algo errado, eu poderia ter me divertido um pouco mais.

– Entendo, talvez da próxima vez eu lhe deixe mais à-vontade.

– O que seja Chaos. Vamos somente sair logo daqui, pos a noite é uma criança e ainda há muita gente com quem eu queira me divertir.

– Claro, vamos.

Fim.

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Espero que gostem desse meu segundo conto, e por favor não me crucifiquem pelos milhares de erros gramáticas que devem estar nele. =P

Chaos
Enviado por Chaos em 19/02/2007
Código do texto: T386778