O Rapaz Do Cemitério !

Passo em frente ao cemitério, ouço alguém chamar meu nome não dou muita importância, continuo andando. Novamente chamam meu nome.

Olho para traz, ninguém na rua, olho em direção ao cemitério vejo um rapaz ao lado de uma árvore que chama atenção acenando com a mão.

Resolvo continuar andando é perigoso ficar na rua a noite, e não faço ideia de quem era o tal rapaz.

Finjo que não vi e continuo caminhando, ouço chamar mais uma vez meu nome, apresso os passos para chegar mais rápido em casa.

Passo em frente a uma casa abandonada que me causa arrepios. Abro o portão de casa, pego as chaves e destranco a porta.

Não vejo ninguém acordado, meus pais devem estar dormindo.

Vou até meu quarto e tento pensar em quem seria o tal rapaz, o sono chega e adormeço.

O despertador toca, dou um pulo de susto , corro tomar banho e escovar os dentes. Olho para o relógio e vejo que meu ônibus tá quase passando no ponto, pego um pão e vou comendo na rua mesmo.

-O homem não vive só de pão, tem que se alimentar direito - resmunga minha mãe enquanto prepara o café.

-vou perder meu ônibus - respondo com a boca cheia. enquanto pego a bolsa em sima do sofá.

-Mas de novo ? e não fale de boca cheia ! - reclama enquanto faz uma cara feia, poderia até ter rido da careta que fez mas estava sem tempo.

-Infelizmente sim, e tenha um bom dia porque eu vou passar sono o dia inteiro -faço que mando um beijo e corro até chegar ao ponto de ônibus.

Quando chego lá, o ônibus está acabando de chegar no ponto, aceno com a mão avisando para me esperar.

Logo que chego no trabalho, Larissa vem e me chama de morta por causa da cara de sono e das olheiras, trabalhar de manhã e ir a faculdade a noite não é nada fácil.

Após terminar meu expediente corro me trocar, a faculdade fica a umas 9 quadras da lanchonete onde trabalho de garçonete, recebo uma mixaria que só serve para pagar a faculdade e comprar algumas coisinhas que preciso. Meu pai só me ajudou a arranjar emprego, me diz pra ser independente porque não quer nenhum filho montado em suas costas.

Corro até a terceira quadra, na quarta o cansaço começa a tomar conta de mim, paro um pouco e novamente corro até a sétima quadra, fico sem fôlego e ando um pouco devagar o suor já pinga de minha testa e meu corpo me cobra descanso.

Ao chegar na faculdade, vou até o bebedouro que tem lá e bebo água que parece não passar minha sede, vejo alguns conhecidos e pergunto se não era eles que estavam no cemitério a noite, todos me respondem não.

Fico encabulada, seria algum maniaco atras de sua nova vítima ou algum ladrão ? Mas como sabia meu nome, será um vidente ?

-Vidente? vê dente ? - rio de meu devaneio, e dirijo-me para minha sala.

Na aula inteira fiquei pensando em que iria fazer, não tinha como não passar em frente ao cemitério , e nenhuma de minhas amigas moram perto de mim.

Chega a hora de ir, pego o ônibus que de noite fica mais vazio, o ônibus chega no ponto .

-O jeito é descer ! - penso comigo .

Me aproximando do cemitério, olho para a árvore onde o rapaz estava e fico aliviada por não vê-lo lá.

Ouço alguém me chamar, olho para trás ...

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Continua em Breve ...

Jessica Alana
Enviado por Jessica Alana em 18/09/2012
Código do texto: T3887347
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