Sexta Feira 12 – Dia das crianças Macabro - Proibido para menores de 18 anos!

O inicio dessa história é chato e meu nome pouco interessa então vou resumir e pular alguns pedaços para chegarmos brevemente ao ponto que tomei como o de partida, e no final conto esse inicio!

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22hs:55min, sexta feira 12...

Uma mulher corria pela rua desesperada, mais lenta que o normal, sua barriga está cheia de sangue, havia um enorme furo feito pelas garras de um monstro e esse é só o começo do fim.

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A jovem se chamava Carmem, e saia desesperada da casa de dois irmãos, Gustavo e Jurandir. Ambos eram fissurados pela moça de dezenove anos e compartilhavam desse amor e da mesma de uma forma insaciável.

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Ela foi até a casa deles, adorava se sentir desejada. Era atrevida e sensual e de uma beleza que chegava a ser angustiante para quem a via.

Já estavam na sala e os dois começaram a instigá-la e com hábitos não costumeiros ela os chamou para algo digamos anormal.

- Querem mesmo ficar comigo? – Ela indagou.

- Sim!! – Responderam prontos e simultaneamente.

- Pois bem, então vão ter que fazer algo para mim. Vocês tem medo de bruxaria? – ela perguntou.

- Não! Claro que não! – Respondeu, Jurandir achando a indagação no minimo estranha.

- Bem... não temos! – Disse o inseguro, Gustavo.

- Pois bem, vocês, peguem um copo e uma agulha e vamos começar.

Ela sabia exatamente o que fazer. Foi até a cozinha e pegou um pacote inteiro de sal. Fez um circulo no chão ao redor dos três e no centro desse circulo uma cruz o que dividia o circulo em quatro partes.

Os dois ainda estavam confusos e indecisos quanto ao que estavam participando, entretanto a bela despiu-se de repente, arrancando o vestido e as roupas de baixo ficando nua e linda. Olhou para os dois e pediu que fizessem o mesmo.

- Meu Deus! Você está impossível hoje! – Disse Jurandir já despido.

Ela com todo seu jeito provocante o encarou nos olhos, beijou-o e o disse já em tom austero.

- Deus não tem nada a ver com isso – Carmem segurou a mão direita de cada um deles e espetou-as profundamente com a agulha. Fez o mesmo consigo própria e deixou que sete gotas de sangue de cada um caíssem no copo.

Os dois entreolharam-se assustados e então ela se permitiu, eles a atacaram como feras no cio, um na frente e outra atrás. Era uma orgia interminável. Beijos lascivos, desejos descontrolados, todos cada vez mais atrevidos.

Carmem parecia gemer e falar ao mesmo tempo, e era justamente isso que ela fazia. Uma língua estranha e confusa. Os dois se deliciavam dela desinibidamente. A mulher de repente pegou o copo e bebeu um pouco do sangue, deixando sinuosamente o liquido viscoso escorrer de sua língua para o canto de sua boca e depois com a mesma língua ela lambeu depravadamente o sangue.

Hipnotizados os dois a beijaram, um beijo de três bocas, três línguas e sangue que ela compartilhava com eles. Foi quando algo aconteceu e uma força estranha invadiu a casa.

O vento demoníaco abriu as janelas e portas e tubo começou o flutuar como se a gravidade ali atuasse de maneira única e paranormal. Gustavo e Jurandir ficaram apavorados e então viram os espíritos sombrios que os rondavam. Pratos, forros de mesa, lençóis, móveis, tudo flutuava e contornava-os enquanto portas e janelas abriam, e fechavam.

Apavorados se levantaram enquanto Carmem ajoelhou-se no chão e seus olhos embranqueceram-se de maneira assombrosa. As veias de seu corpo praticamente saltaram para fora de sua pele e seus lindos cabelos agora estavam crespos e espetados. Sua língua parecia a de uma serpente, partida ao meio.

Jurandir e Gustavo saíram correndo e atravessaram o circulo que ela havia feito e nesse mesmo instante começaram a flutuar perdendo o domínio de tempo e espaço. Seus braços e pernas balançavam no ar, entretanto eles não iam a direção alguma. Estavam agora presos no teto, como se cordas invisíveis atassem suas mãos e os amarrassem.

Os objetos colidiam contra seus corpos. Facas, tesouras, panelas ferindo-os de maneira insana e doentia como se fossem eles os alvos de toda aquela loucura. Os gritos chegavam até os ouvidos da moça que começou a sorrir displicentemente.

Jurandir e Gustavo não puderam fazer nada, a barriga de Carmem abruptamente começou a crescer desproporcionalmente enquanto os dois assistiam ela contorcer-se de dor dentro do circulo. Era como se tivesse algo vivo dentro dela se mexendo de dentro para fora, crescendo a cada milésimo de segundo.

Sua pele parecia puxar a carne de todo seu corpo junto com aquela necessidade insana de evoluir, era como se fosse explodir a qualquer momento, seus ossos estalavam sentido o impacto e o espaço de algo que se formava dentro dela.

Foi aí que ela sentiu a pontada na barriga e Jurandir viu as garras da criatura insana abrirem o corpo da mulher e saltar para fora dali. Um buraco enorme que parecia por milagre não tê-la matado. O Demônio era horrendo e escamoso. Tinha dentes pontiagudos e um tamanho desproporcional como uma criança que já tivesse três anos de idade. Era corcunda, de orelhas pontiagudas e tinha um pequeno rabo de não mais que dez centímetros. A criatura de olhos avermelhados saltou no ar e cravou seus dentes na jugular de Jurandir sorvendo todo o sangue que havia naquele corpo.

Os músculos do demônio se enrijeceram, dava para perceber que ele estava mais forte. Ele olhou para a mulher caída no chão, virou-se para Gustavo e fez o mesmo enquanto o pobre rapaz tentara inutilmente fugir.

E a ventania parou repentinamente e a criança maldita pôs-se de pé ao lado da mãe, pegou o copo e vomitou dentro dele um pouco do sangue que havia tomado.

- Não vou deixar que morra mamãe – Disse como se sempre tivera falado. Eu tenho o poder de tirar sua dor e de te manter viva.

A mulher bebeu o sangue misturado ao vomito amargo e tossiu, não sentiu nada, era como se a dor tivesse sido anestesiada. Porém ela olhou para a barriga e o buraco ainda estava lá, horrendo e cheio de sangue.

- Eu sabia que você voltaria! Eu sabia meu bebê - Disse ela levantando-se e sentindo uma enorme sede por sangue.

Nada mais os pararia!

Inicio chato...

Era uma vez, há muito tempo atrás uma criança que morreu exatamente no dia das crianças. Uma bruxa prometeu a sua mãe que podia trazê-la de volta se ela fizesse algo, algo muito ruim e bizarro.

Ela precisava de dois jovens, de sete gotas do sangue dela, e mais sete de cada um. Deveria beber o sangue para se manter viva e resistir ao parto da Criança. Somariam vinte e uma gotas, um número que ao inverso daria exatamente doze, e numa sexta feira que tem dez letras para simbolizar o mês dez. Doze no dez. Um doze de outubro, com ingredientes macabros para um feitiço.

Precisava fazer um circulo de sal, que tivesse uma cruz no meio dele dividindo-o em quatro partes. Seus dois amantes, ela e uma vaga para o copo de sangue que simbolizaria seu filho.

Ensinou-a um antigo feitiço em latim que poderia trazer de volta a vida uma criança que morrera no dia doze de outubro, porém ela viria em forma de um demônio, um demônio insaciável que só reconheceria a própria mãe. E quando ele sugasse o sangue de seus dois pais ele se tornaria imortal e a tornaria uma morta viva, para que assim seu sangue não trouxesse a sede do monstro. E ela passaria a se alimentar dos restos mortais de suas vitimas. Esse feitiço só poderia ser feito em um dia das crianças.

A jovem mãe tentou conviver com a ausência do filho e descartar aquela ideia insana, mas outro dia doze de outubro chegou e ela? Bem, uma mãe não fica muito tempo sem seu filho, enfim Carmem mudou sua escolha.

...

Agora ela corre desesperada pela rua escura, está faminta e segue o rasto de sangue que sua criança maldita deixa a sua frente.

Fim!

Sejam sempre bem vindos!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 11/10/2012
Reeditado em 12/10/2012
Código do texto: T3927783
Classificação de conteúdo: seguro
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