a serpente de ouro

Era uma noite de primavera, mais curiosamente uma sinistra chuva se formava sobre a cabeça de any.

Any morava em um pequeno vilarejo com seus dois irmãos, seu pai E Sua mãe,seu pai não andava nada bem, ele estava com tuberculose, e sua família estava passando por serias dificuldades.

Enquanto any ia até o poço, que ficava há alguns metros de sua casa ,ele contemplava intensamente as ultimas estrelas que aos poucos iam sendo devoradas pela negra nuvem que tomava todo o céu.

Ao chegar no poço any devagar olha para o fundo do quintal,logo atrás de algumas árvores pode ver uma luz fraca e oscilando ,any se enche de coragem e vai até lá.

Tudo naquele momento estava estranhamente assustador , as raízes das árvores pareciam que iam rasgar o chão e iriam atacar, o vento pareci a gritar o seu nome e um enorme pavor a dominava , mais nada disso a fez desistir de ir até lá.

Quando ela chegou, o lugar onde havia uma macieira ,agora dava lugar a uma estranha árvore,na verdade,duas árvores. As duas estavam entrelaçadas dando a impressão de ser apenas uma.

Uma das árvores tinha o tronco negro como a noite e suas folhas eram de um tom avermelhados, e a outra era branca com as folhas negras.

Any estava maravilhada com tamanha beleza,como se estivesse em uma espécie de transe, any não conseguia tirar os olhos da árvore ela não esboçava qualquer reação.

Enquanto ela admirava a árvore uma estranha serpente saia dos meios das folhas ,quando se deu conta de que era observada pela serpente ela tentou fugir , mais por acidente ela olhou nos olhos da serpente e não conseguiu sair do lugar.

A serpente era dourada e cintilava como ouro, e na sua cabeça uma bizarra coroa com plumas negras e alguns tons de vermelho .

A serpente sem sair da árvore deu a volta no corpo de any ,se aproximou e disse:

-me chamo uruburoso, odiado pelas Almas atormentadas e desejado pelas almas desesperadas.

Any não sabia o que dizer seu desejo naquele momento era de estar bem longe da li.

-não deveis me temer, basta pedir que eu lhe darei,no entanto deves saber tua alma eu vou querer.

Any estava atônita não sabia o que dizer aquela parecia ser a resposta para as suas suplicas mais o preço era alto demais.

Mais ela só conseguia pensar em seu pai naquela cama entre a vida e a morte e o que seria de seus irmãos e sua mãe , a vida não costumava ser fácil para viúvas naquele lugar.

Any nem precisou dizer sim, logo longos espinhos vermelhos começaram aparecer em toda a árvore dando uma fúnebre beleza gótica.

Tudo o que any precisou fazer foi espetar o dedo indicador em um dos espinhos e quando seu sangue entrou em contato com a árvore algo sinistro e fantástico aconteceu.

As árvores se separaram tragando a serpente para dentro de um enorme buraco que a pareceu entre elas.

Do centro do buraco sua voz soou como uma sentença de morte .

-aproxime se mortal e pense no que deseja.

Any se aproximou e pensou em seu pai forte e com saúde como sempre foi.

E de dentro do buraco a da serpente :

-assim será.

Quando any começou a se afastar mãos negras saíram do buraco agarrando any pelos braços e pernas puxando ela para o centro do buraco,any lutou o quanto pode agarrou se em algumas raízes mais estava fraca demais , e cedeu.

Quando as árvores se entrelaçaram novamente any deu grito de pavor e de dor foi ouvido por todo o vilarejo.

Quando seus pais chegaram até lá ,no primeiro momento não havia nada de errado, mais quando eles olharam para macieira , viram que a árvore estava repleta de maçãs ,que antes eram verdes agora estavam vermelhas, de um vermelho tão intenso que era quase como se alguém as tivesse pintado com sangue,suas roupas estavam rasgadas por toda a parte e seu corpo nunca foi encontrado.

Seus pais deixaram o vilarejo com medo da sinistra macieira e nunca mais foram vistos.

E a macieira continua lá ano a pós ano seus frutos nascem e apodrecem e ninguém ousa tocar.

JOSEFF GRIMM
Enviado por JOSEFF GRIMM em 15/10/2012
Reeditado em 15/12/2012
Código do texto: T3934574
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