Lua de Mel Macabra (Parte 2 de 2)

- Querida? – perguntou Juca. Acabara de acordar com um barulho de porta. Dormia apenas há quase duas horas, mas como ainda era de madrugada, julgou que sua esposa conseguira passar o pé na velha.

- Isso mesmo meu querido. – falou Edna. Trajava uma lingerie vermelha, rendada no busto, fio dental na calcinha. Na hora Juca se acendeu ao ver a esposa.

- Querendo antecipar as coisas? Assim que eu gosto. Vem aqui. – falou ele puxando a esposa e se deitando sobre ela. Tiveram ali o início da lua de mel.

Porém, um pouco antes de amanhecer, Juca acordou para falar à esposa que voltasse para o quarto, se não a velha poderia pegá-los ali. Sentiu um mau cheiro ao acordar e qual foi sua surpresa, ao constatar que não era a esposa que estava ao seu lado, mas sim a velha, dona do casarão.

Ela estava acordada e ria. Ria muito alto.

Horrorizado, Juca saiu correndo escada abaixo. Entrou no quarto da mulher, decidido a ir embora dali e, ao mesmo tempo, pensando numa explicação para dar a mesma, já provavelmente tinha bebido muito vinho e confundido a velha com a esposa. Foi quando notou que sua mulher estava na cama, morta, próxima à xícara de chocolate quente, sem a lingerie. Deu um berro ensurdecedor ao ver a velha dentro do quarto, rindo e chamando-o de ‘meu amor’.

Saiu dali correndo, com o celular na mão, mas na pressa tropeçou e rolou escada abaixo.

Quando levantou viu à sua frente, não a velha, mas um esqueleto que segurava uma faca, pronta para ser usada.

O esqueleto investiu com a faca para cima dela, mas ele se desviou e conseguiu correr para o lado de fora, com as calças molhadas. Caiu ao sentir uma mordida no pé – era o cachorro negro do qual havia se desviado. Conseguiu chutar o cão e sair se rastejando, mas apenas para dar de cara com o esqueleto, que com um golpe, cortou-lhe a garganta com a faca.

Eram sete horas da noite quando a polícia chegou à rua 66.

Haviam recebido um telefonema do corpo de bombeiros que havia recebido um pedido de guincho, de um casal que dizia estar em frente a um casarão antigo na rua – o que era loucura, pois não havia casarão algum ali.

Encontraram o carro batido, ainda com o casal dentro, totalmente queimados, por uma explosão causada pela batida, que tinha acontecido algum tempo depois, depois de terem ligado pedindo o guincho.

- Que estranho xerife. Não há casa alguma.

- Verdade Tony, mas me diga, havia uma casa aqui.

- É verdade. Mas há anos, eu sei por histórias. Foi comprada por um homem que havia acabado de se casar, mas eles nunca dormiam juntos, a não ser quando iam para o quarto do sótão. Ele colocou fogo na casa anos depois de casados, com a mulher e o cão dentro. Ele se salvou, mas foi levado para um manicômio onde morreu. Foi levado para lá porque afirmava ver o espírito da mulher e do cão, envoltos em fogo, chamando por ele. – falou o policial.

- Que loucura. – falou o xerife. Acabaram achando tudo muito esquisito e depois de concluir que o casal não teve cuidado na pista, foram embora.

DOIS ANOS DEPOIS

Clair e Tiago eram jovens recém-casados. Estavam indo passar a lua de mel fora, quando depois de algum tempo de chuva, bateram com o carro numa árvore.

- Meu bem, o que deu em você? – perguntou Clair.

- Nada, só tentei desviar do cachorro que passou na minha frente.

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obrigada pelos comentários, esperam que tenham gostado!! :))

Camilla T
Enviado por Camilla T em 18/10/2012
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