A FABRICA DE BONECAS - Parte 1

Já estava ficando tarde quando Laura gritou para David entrar no carro. O casal de amigos, William e Kate não gostavam da idéia de pegar a estrada à noite, principalmente pela tempestade que se aproximava, conforme fora noticiado pela rádio. Era fim de tarde e as pessoas começavam a deixar o parque florestal naquela parte escondida nas montanhas. Laura observou as familias colocando suas coisas no porta mala dos carros e se preparando para deixar o parte. Era outono e as folhas caiam por toda a parte e o sol começava a se retirar, por entre as montanhas.

O que era para ser uma compra rápida ma loja de lembranças do parque florestal acabou se tornando um problema quando um visitante do parque achou que David estava flertando com sua mulher. David era um homem fiel à sua esposa Laura e nunca faria algo assim. No entanto o sujeito, um gordo, alto e arrogante parecia que queria encrenca e antes que David pudesse explicar o mal entendido o cara partiu para a agressão e deu vários socos em David que tentou se esquivar e acabou sendo derrubado pelo idiota.

As pessoas dentro da loja se aproximaram para acabar com a briga mas David furioso se levantou para revisar o ataque mas acabou batendo com a cabeça no extintor e ficou tonto. O gordo se aproveitando do momento pegou um objeto pesado e acerto David na cabeça.

Já era noite quando David acordou com uma forte dor de cabeça. Estava em uma clinica que ficava na cidade. O médido havia examinado as radiografias e disse que estava tudo bem e que David era realmente um cabeça dura. Laura e o casal de amigos haviam levado David para a clinica para cuidados médicos. O médico recomendou que David ficasse em repouso absoluto e que ficasse naquela noite no hospital mas Laura tinha uma reunião importante na manha seguinte no escritório que não podia ser transferida e que era muito importante. Assim, apos tomar alguns analgésicos para dor de cabeça David, a esposa Laura e os amigos Kate e William pegaram a estrada escura e fria. William foi dirigindo com Kate no banco do carona enquanto David e Laura foram no banco de trás. Um sentimento forte fez David olhar para a clinica uma última vez tendo a sensação de que não deviam seguir pelas estradas durante a noite e que era melhor ficar na clinica daquela pequena cidade.

No caminho, antes de deixaram a cidade, pararam no posto de gasolina para abastecer. William estava enchendo o tanque e David pediu para ir ao banheiro. Na volta um funcionário do posto, um senhor de cabelos brancos o cumprimentou gentilmente ao que David se aproximou e perguntou ao velho qual o caminho mais rápido para deixar a região montanhosa e pegar a rodovia interestadual. O velho olhou surpreso para David e respondeu que deviam ir pela estrada principal, sempre pela estrada principal e que chegariam lá. David então explicou que tinham pressa devido ao compromisso da esposa. O velho repetiu a recomendação acrescentando que deviam ir pela estrada principal pois era a rota mais segura. David então respondeu que havia visto no mapa que haviam duas rotas na estrada principal e perguntou se alguma delas podia ajuda-los a alcançar a rodovia interestadual mais rápido. O velho então disse que a primeira rota levava a uma antiga propriedade que pertencia a uma família antiga da região e portanto não iria ajudar. David perguntou então pela segunda rota que ficava distante uns poucos quilômetros da primeira rota. O velho então olhou para David com um olhar bondoso e calmamente respondeu que se quisessem chegar em segurança em casa, se quisessem realmente voltar pra casa, deviam ir pela estrada principal, seguindo sempre em frente, sem sair da estrada principal de forma alguma e sem parar em nenhum trecho da estrada sob nenhuma razão até que chegassem na rodovia.

David achou o velho meio maluco, agradeceu e voltou ao carro. Sentia uma terrível dor de cabeça. Laura perguntou o que David havia conversado com o velho e David respondeu que queria confirmar um caminho mais rápido de volta à civilização e que o velho havia lhe dado a informação que precisavam para chegar em casa antes de amanhecer.

O carro partiu e Laura olhou pelo retrovisor o velho acenar se despedindo enquanto o carro desaparecia na escuridão da noite.

Na estrada a visibilidade era zero pois não havia iluminação. Tudo em volta eram apenas quilômetros e quilômetros de floresta. William notou que estranhamente não havia tráfego de veículos na estrada à noite, como se o carro deles fosse o único que se aventurava a seguir por aquela estrada durante a noite. Andaram por quase duas horas e então avistaram uma velha placa indicando a primeira saída da estrada ao que David respondeu que deviam sair na próxima saída. William então perguntou se David estava certo de que era uma boa idéia já que nenhum deles conheciam a região e não tinham certeza se havia um outro posto de gasolina para abastecerem. David respondeu que o velho havia confirmado que aquela rota era um atalho para a interestadual que os levaria para casa mais rápido, em seguida olhou para a esposa Laura e piscou o olhou ao que Laura respondeu com um sorriso. William então respondeu que os levaria rapidamente pela rota para casa.

Seguiram pela estrada por mais quinze minutos e avistaram a segunda rota, à direita. William parou o carro e confirmou com David antes de prosseguir se era realmente aquele o caminho. David confirmou que sim e então deixaram lentamente a estrada principal e seguiram pela escura estrada de terra.

Kate notou que havia uma cerca na estrada de terra. Ficou olhando pela janela e foi adormecendo lentamente quando acordou assustada. Pensou ter visto crianças correndo entre as árvores.

CONTINUA

Cronista das Trevas
Enviado por Cronista das Trevas em 09/01/2013
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