"A cobaia"

Segunda parte.

Ao chegar a casa, Igor estaciona o carro na rua, ele tem receio de entrar na garagem.

Ele sabe que sua mulher esta lá, ele vê a cortina branca da janela da sala entre aberta.

Mas não vê bob, seu cachorro pastor alemão, estranho; bob sempre vem me encontrar, algo esta errado; pensa Igor.

Igor chama por Marina, ela não responde.

Meio receoso; ele abraça a pasta contra o peito, olha para as casas próximas, não vê nenhum movimento.

Ao fazer um suave movimento para caminhar em direção a entrada da frente de sua casa, um ronco de motor o desperta a olhar para traz.

É o diretor do laboratório na companhia de um jovem, eles saltam do carro é o diretor; Doutor Ricardo ele apresenta o rapaz – Este é Bernardo da corregedoria.

O que ouve no laboratório? Passei por lá e as coisas estão fora de controle, havia umas criaturas lá, umas aberrações, o que você fez Igor? Em pouco tempo a cidade estará tomada, teu filho estava entre eles.

Igor – o senhor o viu? Como ele estava? Ricardo – vivo, ou pelo menos se mexia, andava entre as outras pessoas, mas muito estranho, precisamos resolver isso, nossa cidade estará tomada por estes zumbis em pouco tempo.

Ricardo – o que podemos fazer? Precisamos encontrar o estoque do antídoto, Os funcionários do laboratório pegaram o material e estão aplicando nos cadáveres, por outro lado; os cadáveres comem os cérebros dos vivos causando uma carnificina.

Eles sentem muita febre, algo os faz pensar que comendo cérebros encontrarão a cura, ou pelo menos um alivio.

A única forma de determos é decapitando suas cabeças.

Igor – eu preciso entrar.

Marina esta só em casa, vou pegar ela, pegar ferramentas que nos sirvam de armas e mais tarde nos encontraremos na cidade, é para lá que eles irão.

Ricardo – Eu e Bernardo vamos procurar ajudas e formar uma equipe, vamos precisar interditar os necrotérios da cidade, eles estão ressuscitando os mortos com o antídoto, precisamos proteger os que estão vivos para que os zumbis não comam seus cérebros.

Igor - Eu não entendo como eles puderam chegar à conclusão de comer cérebro dos vivos, isso não faz sentido.

Ricardo – Cérebros lhes causam sensação de alivio, eles estão ardendo em febre, à gente pode sentir o calor ardente de seus corpos em andamento de putrefação. Os dois voltam para o carro, Igor entra em casa e chama pela mulher; Marina, Marina, ele observa as coisas meio fora do lugar, bob esta caído na porta do quarto de Marina, minha nossa; exclama Igor, ele se apressa em tocar o cão.

Ao chegar próximo ao bob, vê Marina sobre a cama, ela esta com um vestido branco e um jalequinho bege, o lençol da cama inundado de sangue, bob lutou, lutou com alguma coisa terrível, mas perdeu.

Marina esta morta, sua cabeça esta sem o tampo superior, um buraco bem no meio da cabeça, Igor da um grito, muito forte.

Tenta carregar a mulher nos braços, seus gritos, desperta o jardineiro da família – Jaime, Jaime morreu durante o transporte de Ivan e Julio para casa, ele bateu o carro e estava no necrotério do laboratório, alguém o tentou trazer a vida, agora, o jardineiro tem contigo uma equipe de zumbis famintos por cérebros humanos e sua ex patroa acaba sendo sua vitima fatal.

Igor corre perigo, ele precisa sair da casa, não vê que os jardins esta tomados por estas aberrações, vitimam de uma experiência ma sucedida.

Não tendo o que fazer, Igor volta correndo para o carro, pega o celular e liga para Ricardo.

Ele quer se juntar com os dois para tentar encontrar pessoas vivas e montar uma equipe, porem, a maior preocupação de Igor é descobrir o que leva os zumbis comer cérebros.

Num lampejo de memória, Igor lembra que Alfredo lia sobre mitos indígenas, e uma vez, comentou que os índios acreditam que comendo o coração de um valente guerreiro, a coragem do morto vem para quem comeu seu coração.

Alfredo pode usar o mito para obter resolução do caso comendo cérebro, isso pode o ajudar obter inteligência e entender os efeitos do antídoto.

Igor se lembra que seu Aluno Alfredo admirava pessoas com mente brilhante.

Seguindo os mitos indígenas; ele pode comer cérebro para obter inteligência a ponto de encontrar meios para interromper a ressuscitação dos mortos ou fazer a droga funcionar direito.

Enquanto isso; Ricardo e o policial da corregedoria aguardam Igor próximo ao necrotério de um grande hospital.

Há pessoas mortas por toda parte, as ruas estão abandonadas, tem gente morta nas calçadas, nos jardins, dentro de carros, muito sangue nas ruas.

Quem anda; Esta morto e perseguem os vivos que a esta altura já é muito pouco na cidade.

Igor chega ao necrotério e se junta com os dois amigos, ele divide as ferramentas para decapitar os mortos vivos, nesta hora, sai um zumbi de trás de um carro capotado, Igor o vê de longe e se prepara para a luta, mas ao se aproximar, vê que o zumbi é Ivan, o rapaz esta muito ruim, já em estado de putrefação, Igor apieda-se do filho, não tem coragem para decapitar o rapaz.

Porem, ele vem se aproximando, ele tem o cérebro de Igor no alvo. Seus amigos; Ricardo e Bernardo gritam, corre, corre.

Ele não esta só, os outros mortos vivos vêm atrás dele, corre Igor.

Mas Igor esta paralisado, suas lagrimas escorrem nos olhos, por certo um filme passa em sua mente, o nascimento do filho, a adolescência, os carinhos que tinha com o filho, os motivos de encontrar um remédio que pudesse trazer os mortos ao convívio da família, tudo isso; para evitar a dor da perda, agora se vê próximo de eliminar o próprio filho, mesmo nestas condições, isso não ta certo.

Minha nossa! Ricardo – Igor corre ou mata-o logo, você vai ser pego pelo bando que vem atrás do seu filho, Igor ainda paralisado, Quando por instinto o jovem policial se atira sobre Igor e o resgata.

Os três saem correndo na direção da porta do necrotério, mas não entram.

Já é tarde; os zumbis estavam lá dentro com os cadáveres, a cena é terrível, um apocalipse.

Havia mortos vivos nas piores condições, alguns sem braços, outros com metade do corpo, sem olhos.

E murmuravam à palavra cérebro.

É certa que os vivos seriam seus alvos, uma fonte de sobrevivência.

Igor volta correndo, Igor – Vamos para o laboratório, vamos entrar pela porta dos fundos, precisamos eliminar a droga que eles estão ejetando nos mortos.

Precisamos eliminar o estoque.

Ricardo - Quantas doses existem? Igor – O suficiente para ressuscitar um exercito.

Minha nossa, exclama Bernardo.

Ricardo – Vamos encontrar os mortos vivos que carregam a droga e elimina-los primeiro.

Assim, depois que a gente eliminar o estoque, eles não sobreviverão.

Pois não terão mais a droga que os farão viver.

Igor – Ta certo, mas vamos encontrar pessoas vivas e criar um abrigo para protegê-las.

Vamos ao laboratório.

Ao chegar à sala do laboratório, Igor toma um forte susto; a droga não esta aqui, eles devem ter um líder que os orientam a usar a droga e esta mantendo o antídoto em algum lugar.

Bernardo – Aonde Doutor? Aonde eles podem ter guardado? Igor passa a mão sobre os cabelos, pensa, mas não consegue entender aonde esta a droga.

Ricardo – Igor, qual dos seus alunos é mais aplicado? Igor – Sem pestanejar responde; Alfredo.

Vamos pega-lo, diz Bernardo, vamos nos disfarçar de um deles e misturar. Igor – Eu não posso, eles podem me reconhecer, Ricardo também não pode.

Ivan o conhece.

Ok, eu vou, Bernardo se suja com sangue, empalidece a pele com cinzas e vai ao encontro dos mortos vivos.

Alfredo logo o encontra num beco próximo a um posto de gasolina desativado, ele esta com uma seringa com a droga e entrega á Bernardo que o segue, eles entram numa rua, tem muitos corpos caídos ao chão, Ricardo comete um erro, vai com a droga em direção a um corpo sem cérebro.

Alfredo, mesmo sem um dos olhos, percebe o erro do Homem.

Mas em vez de eliminá-lo, mostra com gestos quem seria a vitima, um corpo morto num acidente de carro, o carro estava batido numa arvore e dentro do carro havia duas pessoas.

A droga tem que ser injetada no coração do morto.

Bernardo finge aplicar, e deixa a droga cair, Alfredo não percebe e continua a caminhar, neste momento um caminhão desgovernado vem em direção ao corpo de Alfredo e o atinge em cheio, Bernardo deixa transparecer preocupação, via ali a impossibilidade de encontrar o esconderijo.

Alfredo já não existia mais, sua cabeça e outros membros superiores estavam decepados do corpo.

Neste momento se aproxima todos os mortos vivos, para ver o corpo do líder caído, eles abaixam, e um deles pega a cabeça de Alfredo e come o cérebro dele, mesmo sendo de um morto vivo.

O morto que faz isso é Ivan.

Agora é Ivan que Bernardo tem que seguir, em algum momento ele terá que ir ao lugar que eles escondem a droga.

E por certo, Ivan será morto por Bernardo.

Meu aniversario; 16/02.

Queridos leitores e amigos, este conto vem tomando proporções positivas entre os amigos e leitores, por isso, vou me dedicar melhor para mostrar a todos a minha imaginação nesta historia.

Abraço e ate a próxima pagina.

10/02/2013.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 10/02/2013
Código do texto: T4132712
Classificação de conteúdo: seguro