Contradição Infernal

... Ele a seguiu da escola até uma grande casa amarela com enormes janelas verdes e uma pesada porta de madeira. A pequena garota colocou a chave na fechadura, girou-a e a abriu.

A porta mal tinha sido aberta e a garota já gritava pela mãe ao tempo em que jogava a mochila num canto qualquer, mas sem obter resposta alguma.

O homem que observava tudo pela janela já se alegrava com a situação, a garota estava sozinha. Ele poderia aproveitar o quanto quisesse. E com esse pensamento fez nascer um sorriso malicioso nos lábios. Ele foi até a porta e tocou a suave campainha crente que a menina em sua inocência deixá-lo-ia entrar de bom grado.

E aconteceu como o esperado, a menina veio abrir a porta alegremente, e deparou-se com um homem alto, bonito, de cabelos escuros e sorriso largo. Logo lhe transmitia confiança. Pelo menos era o que ele achava.

Ele perguntou pela mãe da garota e pediu-lhe para entrar para que pudesse esperar por ela mais confortavelmente, a garota em toda sua inocência deixou sem a menor resistência. Não poderia ser melhor, seria muito mais fácil do que ele imaginava. Agora era só partir para o ataque.

Ele sentou-se no sofá juntamente com a garota que estava ao seu lado e o olhava curiosamente, com milhares de perguntas transparecendo nos seus pequeninos olhos enquanto o homem sorria delicadamente para ela.

O homem não se contendo mais de ansiedade pelo que estava prestes a fazer, não querendo perder mais tempo chegou bem perto da menina e começou a toca-la, a menina olhava como que não entendendo o que acontecia, mas ainda assim deixava. Ele tocava-lhe as pernas e subia as mãos delicadamente querendo tocar os seios que ainda nem se formavam, subindo para os pequenos lábios rosados da garota.

Assim que os dedos longos e finos tocaram-lhe os lábios ela sorriu um sorriso malicioso, seus olhos trocaram de cor drasticamente de castanho para um branco gelo no mínimo hipnotizante, mas até então ele não havia percebido, continuava a tocar o corpo da garota sem pudor algum, estava perdido em seus desejos pecaminosos. E então em um determinado momento ele percebeu que algo acontecia, olhos dela haviam mudado e seus cabelos voavam e se emaranhavam como se uma ventania estivesse por ali passando, mas nenhum sopro de vento aparecia, ela era agora extremamente alta e pálida, seu corpo ia até o Teto e se curvava em direção a ele, seus dedos começaram a faiscar e uma luz negra emanava dela. Ele tremia sem parar e chorava com os olhos quase saltando para fora do rosto, ela dizia palavras estranhas e lançava objetos em direção a ele. O homem tombou no chão desacordado, e com sangue escorrendo pelo seu corpo mas ainda vivo.

A garota ria descontroladamente até que foi se acalmando e voltou a ter a aparência angelical de antes, foi até o andar de cima e em seu quarto pegou um pequeno caderninho cor de rosa que tinha paginas e mais paginas com pequenos traços pretos e acrescentou mais um, foi até o telefone e ligou para a policia, deixaria que os presos cuidassem do resto.

Mariana Gomes
Enviado por Mariana Gomes em 17/03/2013
Reeditado em 17/03/2013
Código do texto: T4193976
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