A mulher no velório - parte 2

Caio era bisneto de Matias e contava a história de seu tio bisavô para todos os amigos, era como uma herança de família, mas para ele não passava de um lenda tola até o dia em que ele encontrou algo que mudou o rumo de sua história.

Haviam livros velhos que serviam de apoio para cama de seu bisovô que por alguma razão apareceram no quartinho dos fundos de sua casa e quando ia jogar fora encontrou uma carta.

O envelope tinha as iniciais B.N.S, que significavam Benedito Norberto Silvério, foi então que Caio se assustou, afinal, o tio Dito era uma celebridade para ele, mas ao ler a carta se surpreendeu.

Ela dizia o seguinte:

_ Não resta mais nada, só o desespero e dor, ela levou minha mulher e agora me quer, não deviamos ter oferecido nossas almas, não antes de perceber o que estavamos fazendo, Utriaze nos enganou, ela nos enganou. E hoje eu vou até ela em vida pra que ela não recolha os que eu ainda tenho.Prometemos mais do que poderiamos dar e agora ela vai cobrar.

Não ouça, não toque, não se engane...pra mim é tarde.

ADEUS

Aquela escrita curta e trêmula penetrou até o âmago de Caio. O que seria aquilo? Quem era Utriaze? Aquilo era nome de gente?

Caio já tinha decidido qual seria seu novo hobby! Descobrir o que aconteceu com seu tio-bisavô. Mas não seria tarefa fácil, e para isso ele teria que esperar alguns meses até entrar de férias da faculdade, assim poderia viajar até Pedreira.

Logo Julho chegou e Caio partiu de São Paulo rumo a Pedreira, dizendo a seus pais que iria visitar parentes que ainda moravam lá. Parecia mesmo uma viagem de férias, pois até um amigo ele estava levando, seu nome era Bruno e ele estudava psicologia na mesma faculdade.

Para Bruno tudo não passava de uma história que o povo conta e ele achava hilário poder conhecer as garotas do interior de Minas, ainda mais sabendo que a Miss Minas Gerais era de lá.

Ao chegar lá Caio e Bruno foram direto para casa de alguns parentes que ele havia entrado em contato por redes sociais, e foram muito bem recebidos, e depois de um delicioso tutu, eles começaram a investigação.

A história todo mundo conhecia, mas esse tal de Utriaze, ninguém nunca viu nem ouviu falar, até que uma senhora que morava perto da igreja falou:

_ Tá escrito errado, o nome é Arautriaze!

_Mas quem é essa? - perguntou Bruno.

_É a tia da Camila, que mora na esquina.- respondeu.

Caio não pôde conter o riso, mas logo Bruno rebateu:

_De onde será que ela tirou esse nome?

Foram até a casa de Camila e na maior cara de pau lhe perguntaram sobre a origem do nome de sua tia:

_ É um nome indigena, de uma tribo que viveu aqui há muitos anos atrás- explicou.

Mais tarde na internet, investigaram a origem desse nome e o que descobriram foi assustador. Esse era o nome de uma curandeira que se dedicou a arte das trevas para poder realizar qualquer tipo de cura, mas acabou sendo amaldiçoada a viver para sempre como um animal, se alimentando das almas de pessoas inescrupulosas.

Mas afinal, o que teria feito Benedito procurar por essa bruxa?

Você irá descobrir no próximo capitulo desse conto...

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Ricko Bellini
Enviado por Ricko Bellini em 27/03/2013
Código do texto: T4210428
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