"Apenas o Sol nos separam!"

As noites parecem intermináveis, o desejo de sangue aumenta a cada dia que passa. Ao acordar no romper de cada dia, a expectativa de encontrar a amada aumenta, mas por enquanto; apenas o espírito negro do vampiro prevalece, numa intenção de proteger a sua amada e satisfazer seus desejos, mesmo que em sonhos.

O conde constantemente tenta convencer Getulio a sugar o sangue

de sua amada Magda.

Getulio reluta contra a idéia de transformar Magda numa vampira.

A vida dela é importante, ele parece não ter noção das coisas que aconteceram com ele, um doce sofrimento o toma, uma mistura de prazer pela vida eterna e culpa por ter entregado sua alma ao demônio que agora tenta dominar suas ações o atormenta.

As noites sempre iluminadas pelo clarão da lua não molesta seus corpos sem vida, as vitimas dos vampiros estão cada vez mais vulneráveis, á sempre um banquete em suas frentes, o voou cada vez mais longe, dão mais experiência a Getulio.

Apenas seus sentimentos pela mulher amada não saem de seu frio e imortal coração. Getulio aparece para Magda numa madrugada.

Ele conta pra ela o que acontecerá.

Mas o sol começa a surgir lentamente na manhã de verão e queima seu rosto pálido. Magda o esconde no escuro do seu quarto sem pensar nas conseqüências dos teus atos, ela não imagina que o instinto do homem amado agora é mais forte que ele.

E apesar de tudo, de todo risco de morte que ela corre o mantém dentro do quarto escuro.

A janela precisa estar fechada.

Nenhuma claridade deve entrar para que o vampiro possa continuar a viver.

O sol é um castigo para a carne pálida e fria do homem cujo pacto firmou com o demônio que lhe oferece a vida eterna.

Magda tenta entender a mudança que ouve com seu amado.

Mas isso vai alem de sua vã compreensão.

As canoas velhas e encalhadas a beira da praia, sempre compõe o cenário de um amor o qual Magda sempre desejou viver com Getulio.

O conde explora as cidades com calçadas ocupadas por homens bêbados, dominados pela vida boemia.

O alimento esta mais farto nas cidades grandes, as pessoas não sentem medo, estão sempre à disposição caminhando livres e sem preocupação.

O conde se farta do liquido da vida nas grandes cidades.

E com isso, esta sempre incentivando seu mais jovem aprendiz a explorar os prazeres que o mundo urbano lhes oferece.

Getulio não tem disposição para cravar seus dentes pontiagudos em outros pescoços, ele ainda sofre de um mal o qual pode ser fatal para um vampiro; a consciência.

O vampiro não pode ter consciência, precisa ter desejo de vida e vida a qualquer custo.

Na cidade grande os dois caminham nas ruas escuras á espreitar suas vitimas, o conde caminha ao lado de Getulio numa madrugada fria, ambos com suas capas pretas cobrindo seus corpos gelados.

Num beco próximo a uma casa de prostitutas o conde se separa de Getulio para sugar o sangue quente de uma dançarina desprotegida.

Porem há um homem presente na casa de prostituição cujo conde não recomenda a seus mais novos súditos.

Ele esta com seu parceiro, um homem mal embora não bem qualificado na arte de caçar vampiros.

Este homem é um aprendiz caçador.

Getulio é percebido e passa ser caçado pelo homem e seus parceiros.

Isaac, um homem destemido, embora sem muita experiência esta na companhia de Alfred. Alfred é o homem perigoso, a cicatriz enorme na face do conde revela o potencial de Alfred.

Num maldito evento á uns dez anos atrás Alfred quase ceifou a vida do conde numa emboscada.

Agora, Getulio esta na mira de um homem cujo mestre, tem por sobrevivência eliminar as criaturas da noite.

Isaac persegue Getulio numa alucinante corrida, um pela sobrevivência, outro pela vida.

Isaac encurrala Getulio na saída do beco.

Durante seu ato de sugar o sangue da deliciosa dançarina o Conde sente e ouve o coração de seu amigo disparar, ele para por algum segundo o que esta fazendo, olha em direção a lua com seus lábios untados de sangue e seus olhos vermelhos e se concentra para poder ouvir melhor o som que desperta sua atenção.

A jovem já desfalecida em seus braços cai sobre o chão de paralelepípedos úmidos pelo orvalho da noite.

O conde alça vôo em direção ao som que ouve e do alto ele vê Getulio fugindo de Isaac.

Para o azar de Isaac e sorte de Getulio.

A inexperiência naquele momento contava a favor de Getulio.

Conde cai sobe os ombros do perseguidor e o entrega de bandeja para Getulio. Getulio sem titubear ataca o homem caído ao chão e suga seu sangue com toda a ira que o toma naquele momento.

Um ato impensado.

Ate então; Getulio questiona seu mestre quanto sugar sangue de pessoas inocentes. Magda esta cozendo um pano de cetim com uma agulha, ao transpassar a agulha, fura o dedo, uma forma de premunição, ela sente a presença de Getulio fortemente, ela sente que algo o aflige.

Getulio esta agora olhando para o corpo daquele homem caído bem ali na sua frente. - Conde – vê? Não foi difícil, ele deu pra você uma energia sem igual.

- Getulio – eu senti raiva, e sinto vergonha agora.

- Eu não posso fazer isso mestre.

- Conde – isso é só o inicio você terá que tomar Magda.

- Ela precisa estar com você.

- Getulio – eu não posso fazer isso.

- Tudo bem; questiona o mestre – eu a tomo por você.

Getulio avança sobre o Vampiro e é jogado de encontro à parede com uma força descomunal pelo conde.

Getulio cai e se levanta num impulso genial.

O Conde desiste de atacar o Homem e sai caminhando em direção a casa noturna. Getulio sente falta de sua amada, ele vai em direção ao mar e voa ate a vila.

A noite silenciosa, ao se aproximar do bangalô, Magda sente que seu amado esta aproximo.

Ela abre a porta e de longe vê o vampiro caminhando lentamente na praia.

Magda nem pensa, vai ao encontro de Getulio.

Ele a puxa para si.

Remove suas roupas, se entrelaçam e ali mesmo fazem amor, agora, Magda sente o corpo frio de seu amado de verdade, já não é mais o espírito conturbado de seu amado que a toma, mas um corpo frio, um rosto pálido e expressão ardente.

A areia do mar esta fria, úmida, as águas lhes parecem escura e silenciosa sem o arrebento das ondas.

Magda deixa o homem deitado naquela areia, uma cena incrível ela presencia.

Mas vai em direção da água, sente seus tornozelos molharem e vai mais fundo.

Ela olha para a areia da praia, vê Getulio deitado, ela o chama, mas ele esta adormecido.

Uma forte embriagues de sono o toma.

Com isso, Magda sente as águas estourarem em seus joelhos e se lança firme nas ondas brandas do Mar que agora lhe parece um alento.

No céu, a lua cheia parece olhar a felicidade da Mulher que agora tem seu amor ali, deitado bem a sua frente.

Num pensamento rápido, Magda se toca que é perigoso estar ali.

Ela volta correndo e desperta seu amado, juntos seguem ao bangalô na vila.

Continua; de agora em diante, o amor de Getulio e Magda corre perigo, a seguir na pagina final.

Boa leitura.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 07/04/2013
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