IRMANDADE DAS SOMBRAS NO HOTEL EM MANAUS

Conto em homenagem a Hell que escreveu o conto de terror "Hóspedes", retribuo a ela e a Irmandade com este aqui. Espero que gostem, pois é meu primeiro conto de terror.

Bom, era um domingo e Mhayah já estava cansada depois de quase 2 meses sem folga, obrigada por seu patrão carrasco a trabalhar para cobrir um funcionário folgado, já eram mais de 2 da tarde, e ainda não tinha vindo ninguém para substituí-la na recepção para ela tirar seu intervalo, cansada, stressada, ela estava ao ponto de ter um colapso, para completar o ar-condicionado estava quebrado e o dia estava muito quente, no calor de mais de 40 graus de Manaus, mas seu dia poderia ser pior e Mhayah não contava com isso.

De repente chegou um casal e pediu um quarto, ela depois no procedimento normal, os encaminhou para o corredor que dava acesso ao elevador, a mulher que acompanhava o bonito rapaz era muito metida, daquelas que querem ser o centro de todas as atenções, logo alfinetou:

-Querida, tem serviço de quarto nesse hotelzinho.

-Temos senhora, é só interfonar para a recepção que providenciamos o seu pedido.

-Wagner, achei esse hotel meio caidinho, não tem vaga no outro que estamos acostumados a ir amor.

-Não, Sabrina. Obrigada moça, aqui estão as fichas preenchidas.

-Obrigada senhor Wagner, aqui está seu cartão. No final do corredor, há o elevador que dará acesso ao seu apartamento, que fica no 2º andar, tenham uma boa estadia.

-Nesse lugarzinho, duvido que tenhamos algo de bom. (falou a perua).

Mhayah odiava que a chamassem com termos diminutivos, e essa de queridinha foi pra acabar, como queria voar no pescoço daquela perua, mas conteve-se, aquele era seu trabalho, e lidar todos os dias com pessoas abusadas, já faziam parte de sua rotina. Enfim, Mhayah achava que aquele seria o último contratempo do dia, estava com fome, e não encontrava ninguém para substituí-la, quando um hóspede se aproximou.

-Deseja alguma coisa Senhor, em que posso ajudá-lo.

-Será que você poderá me ajudar.

-Na medida do possivél, tentarei ajudá-lo.

-Bom, primeiro queria fazer a você um elogio, e depois um convite.

-Bom, senhor, creio que não poderei nesse caso ajudá-lo, sinto muito.

-Você, tem maior cara de ninfetinha, queria vê você sem uniforme, o que poderia fazer para conseguir isso.

-Senhor, já informei que não poderei ajudá-lo, o senhro deseja mais alguma coisa.

-Quero você, olha essa carinha de menina safadinha, eu tenho dinheiro, você sabe quem sou.

-Senhor, eu costumo ser impessoal quando trato com hospedes, mas se o senhor insistir um pouco mais em seus elogios e convites, serei obrigada a responder de forma pessoal suas investidas.

-Então responda.

-Em primeiro eu não gosto que me chamem com esses termos chulos, em segundo não sei quem o senhor é, ah! não...sei sim, o senhor é um velho tarado que quer me comprar com seu dinheiro, mas eu não estou a venda e não me interessaria por velhos me babando. Se o Senhor não deseja mais nada, peço licença mas estou muito ocupada, e sem paciÊncia nenhuma para ouvir mais uma palavra que seja. Tenha um bom dia.

-Isso é jeito de falar comigo, vocÊ vai se arrepender de tudo o que em disse, vou falar com o dono do hotel para demiti-la.

-Quer saber, vá procurar menininhas na rua, seu pedófilo.

Mhayah dizendo isso saiu da recepção, nem se importava mais com seu emprego, estava farta desses pedófilos achando que ela se importava com seu dinheiro ou posições.

Saiu do hotel, o sol estava escaldante, ela de terno preto, seu uniforme no hotel, com a fome que estava sentindo, parou em um restaurante e almoçou, agora mais calma, pensou no que enfrentaria quando chegasse ao hotel, o hospede com quem brigou era um importante político que adorava garotinhas novinhas e não era a primeira vez que ele lhe assediava, apesar de Mhayah ter seus 22 anos, sua carinha de menina atraía esses tarados que ela odiava, mas tentava ser educada o quanto podia, mas aquele homem era repugnante.

Enquanto pensava o quanto seria prejudicada por ser impulsiva, vários pensamentos lhe acometeram, coisas que nunca imaginaria fazer de tçao mal, então olhou um grupo de pessoas que estavam na mesa ao seu lado, eles eram estranhos, tinham um sorriso malicioso e sombrio, parecia que eles conseguiam ler seus pensamentos e isso a estava pertubando, mas não conseguia ir embora, levantar-se da cadeira, parecia que eles tinham lançado alguma coisa nela, então aproximaram-se e sentaram junto com ela.

-Você pediu nossa ajuda, estamos aqui.

-Eu, ajuda de vocÊs, quando

-Agora, fomos atraídas por seus pensamentos. Você quer nossa ajuda, e daremos a você.

-Quem são vocês.

-Somos a Irmandade das Sombras, este é o Linx, Hell, Celly, sentados ainda na outra mesa estão o Paulo, Henry e Roger.

-Em que me ajudarão.

-Você verá, vamos.

Enfim Mhayah conseguiu levantar-se da cadeira, e por todo o caminho de volta ao hotel, nada falaram, ela estava assustada e anciosa, o que será que eles iriam fazer.

Quando enfim chegaram ao saguão do hotel, eles então sacaram armas, e os três rapazes da outra mesa pararam um furgão na porta do hotel, abriram a porta do furgão e cada um pegou sua arma, tinha também bombas.

Mhayah estava assustada, mas paralisada, nada conseguia fazer para impedir a "tal ajuda", eles soaram o alarme de incêndio, todos os hóspedes sairam de seus quartos e os funcionários de suas salas, e eram surpreendidos por eles no corredor, e os que escapavam, era mortos na saída do hotel...foi um massacre geral, e nossa doce Mhayah assistia a tudo sentada na recepção, apenas seus olhos se mexiam. Foi quando viu a Perua com seu namorado lindo do aptº 202 e o pedófilo do aptº 308 descendo as escadas de serviço, de repente cresceu um ódio tão grande que ela conseguiu mover seus músculos e levantou-se, pulou por cima do balcão, tomou uma metralhadora da mão de Hell e descarregou na Perua e no pedófilo que lhe implorava perdão, e isso lhe dava mais raiva. Agora, ela poupou o namorado da Perua, que sorriu em retribuição ao favor feito, por te-lo livrado daquele estrupício que era aquela mulher, ele pegou na sua mão e saíram tentando não pisar nos corpos espalhados pelo chão repleto de sangue.

Antes de sair, pela porta do saguão, ela virou-se e disse:

-Obrigada Irmandade...obrigada Hell.

-De nada Mhayah, precisando é só chamar.