AQUI SE FAZ - AQUI SE PAGA.

Fernando havia entrado para a policia fazia muitos anos, sempre foi de uma índole perversa, batia nos delinquentes e sempre que podia matava-os, em 20 anos de profissão, era tido como um policial linha de frente e dizia ter para mais de 70 mortes nas suas costas, era conhecido tanto no quartel em que servia como entre os bandidos, isso o fazia temido por todos, assaltante em confronto com ele sabia que se não matasse, estaria fatalmente morto. Nesses anos todos, foram inúmeras as tentativas de assassiná-lo e sempre infrutíferas todos que tentaram acabaram mortos.

Sempre que perguntavam a ele, se sentia remorso, ele dizia que estava fazendo um favor para a sociedade e que todas as noites dormia mais tranquilo, por ter matado mais um bandido, desta feita, foi matando... ate que chegou o dia de sua aposentadoria. Tudo estaria “bem”, não fosse por um caso que aconteceu duas semanas antes de sua aposentadoria; houve um assalto em um restaurante bastante conceituado em sua cidade e através de investigações particulares, o dono descobriu por conta própria quem foram os assaltantes, resolveu procurar por Fernando e contratá-lo para executar os marginais, ele topou na hora, por cada bandido cobrou uma quantia de R$ 5000,00 e prometeu dar fim dos corpos, Marcos o dono do restaurante topou, pois queria vingar-se dos elementos que além de o terem roubado, haviam estuprado sua esposa e filha, o endereço dos bandidos foi entregue a Fernando e o serviço ficou acertado para a sexta feira.

No dia combinado, Fernando se dirigiu a casa do elemento conhecido como Jesusão, um cara alto e forte que tinha muitas mortes em seu currículo, sempre agia com muita violência e se não houvesse jeito matava sem dó nem piedade, morava em um pequeno barraco no bairro do Buraco Quente, seu casebre era afastado dos demais, foi fácil para Fernando chegar ate lá, esperou a madrugada chegar e por volta de duas horas invadiu a casa de Jesusão, forçou a porta mal trancada e encontrou o vagabundo dormindo, aproximou-se devagarzinho com um punhal de aço e enfiou bem tranquilamente no pescoço de Jesusão, foi certeiro na jugular, Jesusão foi morrendo lentamente e Fernando fez questão de explicar o que estava acontecendo, ele explicava e sorria sarcasticamente, sentindo prazer ao ver o quanto estava fazendo o bandido sofrer, aquilo realmente lhe dava um prazer doentio.

Jesusão morreu e Fernando, agora com um facão em suas mãos, cortou a cabeça e o pênis do marginal, jogou dentro de um saco que ele havia trazido especialmente para essa ocasião e deixou o resto do corpo jogado no barraco. Seguiu para a casa de Lelê, esse era da pior espécie, sempre que cometia um assalto, ele nunca deixava de estuprar a vitima e sempre deixava sua marca, arrancava as aureolas dos peitos, com um alicate de bico, seu inseparável companheiro, como ele costumava dizer. Lelê morava no bairro do Carvoeiro, ficava bem próximo, a 10 minutos de carro, da casa de Jesusão, era por volta de 3:15 da madrugada e o bandido estava sentado em frente a sua casa fumando um baseado de maconha, a rua estava deserta e Fernando parou seu carro em uma esquina antes da casa, ao perceber que o bandido estava em alerta, deu a volta pela rua de trás e aproximou-se do elemento pelas costas, enfiando dois punhais nos rins de Lelê, que agora padecia de uma dor insuportável, punhaladas de aço nos rins, causam uma morte lenta e dolorosa, ele arrastou o corpo do bandido para os fundos da casa e repetiu o mesmo ritual, contou ao bandido, o porque dele estar morrendo e em seguida foi degolando o mesmo lentamente, detalhe Lelê ainda estava com vida, quando o degolamento começou, ao terminar o serviço, cortou o pênis do marginal e jogou junto com sua cabeça, no mesmo saco em que estavam os restos de Jesusão.

Agora só faltava o bandido conhecido por Loro, seu verdadeiro nome era Renato, era alto, branco e gordo, tinha um aspecto ensebado, morava um pouco mais afastado dos demais, a cerca de uma hora de carro, em uma região afastada conhecida como Sitio da Vovó, durante o assalto, Loro, foi o único que não estuprou as vitimas e na verdade até impediu que a desgraça fosse maior, pois Jesusão e Lelê queriam matar a todos, na verdade Loro serviu como motorista para a fuga. A história de Loro era a mesma de muitos pobres que tem por ai, tinha mulher e duas filhas, Alessandra e Pamela, uma de 14 e a outra de 12 anos, era casado com Amélia e naquela noite do assalto, só foi convidado por seus comparsas, porque era o único que sabia dirigir. Sua família estava sem comer, fazia quase uma semana, ele havia tentado conseguir um emprego, mais seu passado de ex-presidiário, fechava as portas para ele, daí, sem alternativas aceitou cometer o assalto.

Fernando, chegou a casa de Loro por volta das 4:30 da manha Loro dormia ao lado da esposa e das filhas, era um cômodo só e todos estavam próximos uns dos outros, ele meteu o pé na porta e todos despertaram no mesmo instante só que desta vez ele não usou a faca e ameaçou a todos com sua pistola 380, trazia uma corda em suas mãos e jogou para a mulher de Loro o amarrar e depois foi reforçar com mais aperto, feito isso mandou a mulher amarrar as duas filhas e sempre metódico, foi verificar se elas estavam bem amarradas. Feito isso, explicou a Loro do que se tratava, e nem quis saber das explicações do mesmo, que implorava por sua vida, pela da mulher e das suas filhas, Fernando apenas sorria diabolicamente e partiu para cima de Amélia, arrancou-lhe a roupa do corpo e começou a estuprá-la na frente de loro e de suas filhas, ao terminar de saciar-se, enfiou seu punhal no pescoço da mulher e matou-a, as meninas e Loro choravam desesperados, agora ele partiu para cima das filhas do bandido e também as estuprou, em seguida matou-as da mesma forma que fizera com a mãe, o desespero de Loro foi por demais e Fernando ria da situação, estava possuído. Pegou seu facão e degolou Loro com vida, ele gritava que nem um porco, como o lugar era ermo e os poucos vizinhos sabiam dos crimes que aconteciam por aquelas bandas, não apareceu ninguém, Fernando, pode ficar bem tranquilo e degolou Loro, cortou seu pênis, degolou a esposa e as filhas do desgraçado bandido e jogou tudo dentro do saco, entrou em seu carro e seguiu para sua casa, como de costume, deitou-se como se nada houvesse acontecido e dormiu o sono dos “justos”.

No dia seguinte foi ate a casa de Marcos, levando consigo o macabro saco que continha as cabeças e os órgãos dos bandidos, ao adentrar a casa de Marcos, sua ousadia foi tanta que despejou na frente do mesmo, de sua esposa e das filhas, o macabro conteúdo, os donos da casa recuaram horrorizados e enojados, o que eles haviam pedido para aquele homem fazer? Fernando ria da situação e, quando Marcos perguntou: - De quem são essas cabeças de mulher e dessas crianças pelo amor de Deus? Ele deu um sorriso diabólico e segurando a cabeça de Loro, respondeu: - São desse desgraçado aqui, é um pequeno brinde que estou lhe ofertando. Nisso, solicitou seu pagamento, Marcos atordoado, fez o pagamento, e perguntou-lhe: - o que eu vou fazer com isso, por Deus, você é completamente louco. Fernando, agora, dava gargalhadas estrondosas e respondeu ironicamente: Isso é problema seu doutor, mas eu tenho uma sugestão, mande empalhar e use como decoração, foi falando e dando as costas, espocando-se de tanto rir.

Anos se passaram desse episódio e nunca se descobriu o culpado por tanta barbárie, Fernando aposentou-se e viveu tranquilo, até aquela noite de agosto, ele ficou sabendo que a Família de Marcos havia sofrido um novo assalto e que dessa vez, todos haviam morrido, foram degolados e seus órgãos genitais haviam sido arrancados com um possível facão. Sabendo disso e usando de sua influência de ex-policial, ele facilmente penetrou a residência de Marcos e pode constatar o acontecido, aquilo o deixou intrigado e ele percebeu que as características do crime, eram as mesmas que ele havia usado para anos atrás matar os bandidos que atacaram a família de Marcos.

Achou estranho, no entanto sua descrença em qualquer coisa que fosse, o fez não ligar muito para aquilo, na verdade estava dando-se por feliz pois aquela família era a única que podia incriminá-lo por tão bárbaro crime. Seguiu para sua casa e voltou a dormir, naquela madrugada, ele ouviu ruídos em sua casa e quando foi olhar, deu de cara com três elementos que ao verem partiram para cima dele, um deles aplicou-lhe um poderoso soco que o fez desmaiar. Foi amarrado e sua família também, é, Fernando também tinha família, era casado com Francinete e tinha dois filhos e uma filha, Fernando Junior, Augusto e Flavia, os bandidos começaram uma seção de tortura com a família, agora a coragem de Fernando se esvaia e ele pedia aos assaltantes que deixassem sua família ir embora e poderiam fazer o que quisessem com ele, um dos bandidos riu-se a valer, era um riso macabro e assustador, e ele, aproximando-se de Fernando falou: - Hoje, seu desgraçado, estuprador e covarde de merda, vai pagar por todos os seus crimes.

Sem entender coisa alguma ele ouviu a explicação de um dos bandidos, que dizia saber dos crimes cometidos a mando de Marcos, assustado, ele imediatamente perguntou quem os havia informado daquilo, o bandido a sua frente, lhe respondeu, com uma pergunta: - Você não esta nos reconhecendo? E sua fisionomia foi transformando-se na fisionomia de Loro, em seguida os outros dois se transfiguraram em Jesusão e Lelê, aquilo o deixou enlouquecido, aquilo não poderia estar acontecendo, estaria tendo um pesadelo? Loro, lendo seu pensamento explicou-lhe o seguinte: - Seu desgraçado, nos passamos anos procurando por você, nossas almas vagaram por todos os lugares e nunca o achávamos, ate que por pura sorte encontramos Marcos, nos apossamos dos corpos desses infelizes que vagam pelas ruas e os instigamos a cometer o crime que cometeram, sabíamos que se tivéssemos sorte você certamente iria ate a casa daquele fudido, e foi justamente o que aconteceu, seguimos você ate aqui e esperamos a hora certa de atacar, agora você pagara por tudo. Fernando, desesperado, ante a estupefação de sua mulher e filhas, chorava desesperado pedindo clemência, Jesusão disse: - Vamos começar a tortura.

Começaram por estuprar a mulher e a filha de Fernando, depois estupram os rapazes, em seguida os mataram, degolando cada um deles, ainda com vida, as lágrimas de desespero de Fernando, agora rolavam silenciosamente por sua face. Depois os bandidos cada um por sua vez, o estupraram, foram enfiando suas facas bem devagarzinho em seu pescoço, ele gritava como um porco, foi degolado vivo. Sua alma, agora liberta de seu corpo, tentou intervir, no que foi prontamente contida pela alma dos bandidos que ele havia matado, viu-se cercado por suas vitimas de todos os crimes que havia cometido, foi arrastado e escravizado, por anos a fio, ele revivia de forma verídica, todos os dias, o momento de sua morte, aquele suplício foi tornando-se eterno e após cansaram-se de tanto fazê-lo sofrer, o largaram nas zonas infernais, sua alma retornou ao seu antigo lar, que agora era ocupada por seu sobrinho, um policial que lhe seguira os passos e já estava começando a ganhar fama de policial durão e implacável, ele então o fitou entristecido, sem nada poder fazer e achando-se o maior desgraçado da Terra, seu pensamento só tinha uma direção e um só objetivo, uma nova chance, onde pudesse pagar com o bem o mal que havia disseminado. E assim, vagou por séculos sem conta, ate que o arrependimento consumisse suas culpas e depurasse sua alma.

Tony Monteiro
Enviado por Tony Monteiro em 03/06/2013
Reeditado em 03/06/2013
Código do texto: T4322464
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