A coisa que veio do céu

Todas as manhãs por volta das 10 horasBen estava passando por aquela velha estrada deserta, bem em frente ao posto abandonado.Raramente cruzava com outro carro, apenas ele na pista reta a perder de vista.

Ben aproveitava para meditar nas coisas da vida e nos seus mistérios, que segundo ele eram muitos

Sua vida era uma rotina constante, viajavar todos os dias para o trabalho e retornará noitinha.Um dia, dizia Ben, vou me mudar para perto de meu trabalho, um dia, mas por enquanto não.

E assim ia vivendo, todos os dias eram iguais.

Todos até aquela manhã de segunda feira, 14 de março de 1962...

Domingo, 13 de Março de 1962. 2:40 h.

O último automóvel a pasar pela velha estrada deserta foi a mais de 8 horas atrás. Tudo estava muito escuro, era uma noite sem luar, o pequeno posto de gasolina abandonado foi o único a presenciar aquela cena.

Uma grande bola de fogo se formou no céu e veio em diração à terra, chocando-se com o solo e deixando uma rastro até parar e se afundar, deixando apenas uma parte exposta, aparentando ser uma pedra negra, de onde escorria um líquido viscoso.

Ficou ali imóvel o resto da madrugada.

Segunda feira, 14 de março. 9:30 h

Ben saia de sua casa, abre a garagem e se posiciona atrás do volante de seu velho carro negro. Se prepara para mais semana entediante. Liga o rádio, sintoniza em sua estação preferida de músicas e notícias.

Uma hora depois está passando pelo velho posto abandonado. Tudo igual a todos os dias. Roda mais um pouco e algo chama sua atenção.

Uma coisa grande e negra. Algo que ele nunca tinha visto agora estava lá. Parou o carro e ficou observando por um tempo. A coisa parecia se mover.

Por fim, decidiu deixar a coisa estranha de lado e seguir sua viagem, ou iria chegar atrasado.

Quando avançou mais alguns metros o carro parou e ele sentiu uma força puxando o carro de volta até onde havia parado para observar a tal coisa grande e negra, que agora parecia ainda maior e que Ben tinah certeza que estava se movimentando.

Parecia um polvo negro e gigante e com vários olhos, aparentava ser úmido pois brilhava à luz do sol.

Ben teve medo. Tremia. Ali naquela estradsa que ele conhecia muito bem e sabia que ninguém ia aparecer para ajudá-lo se precisasse.

Quando Ben percebeu já estava fora do carro, era como se algo o atraísse para aquela coisa. Ele não sabia se ele estava indo em direção ao estranho e bizarro objeto ou se era o objeto que se aproximava dele.

Fechou os olhos e quando os abriu viu que estava muito próximo, sentia seu cheiro e sua viscosidade parecia se einfitrar em sua pele. E agora ele também tinah certeza de que aquela coisa tinha olhos, muitos olhos.

Para seu desespero, percebeu que estava pisando sobre uma gosma escura e viscosa escorria daquela coisa.

E foi sentindo que seus pés estavam ficando negros, depois suas pernas até chegarem em seu tronco, braços e mãos,

Ao mesmo tempo que Ben sentia medo, também sentia algo bom.

Ele estava renascendo apesar da dor e do medo.

Ele sentiu todo seu corpo ficar negro. E aqueles olhos a olharem fixamente para ele.

Depois sua pele começou a voltar a ficar da cor normal, mas Ben sabia que a partir daquele momento não seria mais o mesmo Ben, e que tinha uma missão a cumprir.

A grande coisa negra voltou ao seu lugar e ficou ali imóvel.

Talvez para sempre ou quem sabe até o próximo viajante passar pela velha estrada.

Ben entrou no carro com um sorriso sinistro nos lábios, deu a partida.

No banco do carona, uma coisa negra e gosmenta repousava, fazendo movimentos leves.

Agora ele teria companhia.

Não viajaria mais sozinho.

Paulo Sutto
Enviado por Paulo Sutto em 22/06/2013
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