“Pavor”

"Atendendo pedidos de amigos leitores que me enviaram e-mails e me ligaram, estarei voltando aos poucos a compor meus textos. Contos de terror. Por tanto, cá estou eu!"

“Pavor”; a esquina escura na madrugada de um final de semana de uma rua sem movimento do centro da cidade é cenário de uma violenta guerra entre duas gangues rivais que disputam o controle de trafico das drogas.

Duas garotas saem de uma balada e presenciam esta cena pavorosa, e conseqüentemente passam a ser perseguidas por Natan, um terrorista sem alma e maldito que vem exterminando as gangues que se atrevem desafiá-lo.

Natan é conhecido por não respeitar o código de honra entre bandidos, ele tem pacto com um demônio, e enquanto este pacto perdurar; ele é imortal.

Natan mata seus comparsas, sempre que termina uma missão e por isso, esta sempre só e terrivelmente ferido e invencível.

Porem, sempre elimina tudo e todos que cruzam seu caminho, seu amigo fiel é o próprio demônio, que sempre o eleva e cura seus ferimentos.

Agora, Gina e Rubbia presenciam o extermínio de pessoas protagonizado por Natan e passam a ser seu mais novo alvo.

“Pavor”

Rubbia - calma, ele não vai nos ver.

Gina – será que não mesmo?

Rubbia – não, ele esta ferido, o homem que brigava com ele o feriu, eu vi quando o ferro entrou em seu olho.

Gina – vamos ligar para o Pedro, não, você ta maluca, se a gente ligar ele vai nos ouvir.

Calma, fica calma, diz Rubbia.

Sussurrando próximo ao ouvido da amiga!

Gina – você viu como ele matou o homem, minha nossa ele arrancou a cabeça do cara, mesmo ferido no olho, este cara não pode ser humano, ele é um monstro desalmado e maldito, ele brigava com três caras, matou os três com as próprias mãos. Calma Gina, calma.

Você esta se desesperando, olha, olha ele esta saindo, ele vai embora, calma.

O dia já esta quase nascendo, vamos ficar aqui mais um pouco, o Pedro e os outros estão nos procurando.

Não se apavora se não ele vai nos encontrar.

Mais um pouco, o dia começa clarear, as duas amigas vão saindo lentamente, com medo e cautela, elas presenciam um rastro de sangue jorrado por todo lugar, o sangue é de Natan, ao saírem para o lado de fora, as duas com o rosto amassado e com dificuldade de afirmar o olhar devido à claridade do sol matutino refletindo direto em seus amedrontados rostos, elas vêem as viaturas de policias preservando o local da guerra.

Há corpos por todo lado, eles estão cobertos com jornais, alguns com lençóis brancos.

Algumas ambulâncias paradas, policiais abordando pessoas para tentar descobrir pistas.

As duas moças procuram passar despercebidas por entre estas cenas horríveis, elas procuram passar por entre os policiais sem serem percebidas.

Ate agora; elas não têm idéia de quem seria o homem alto, com aproximadamente dois metros de altura, com uma fúria descomunal e extremamente violento e impiedoso com seus adversários.

Ou melhor, dizendo; vitimas!

Ficaram sabendo sobre a identidade do assassino que a aterrorizou ao chegarem a casa.

Pedro estava apavorado procurando por elas.

Ele lhes conta que se encontrava numa rua próximo a caminho da balada para encontrar as amigas, quando viu Natan se aproximando com seus comparsas, os caras deram um ultimato a todos que se fossem dali, casos contrariam, seriam considerados inimigos e mortos.

Pedro fugiu e não teve como avisar Gina e Rubbia, que o esperava na boate.

Agora, Rubbia e Gina teriam sidas vistas por Natan, que a esta altura, as procuravam como agulha num palheiro nesta cidade grande.

O homem seria implacável e estaria procurando por elas em todas as ruas, bares, boates.

Ate encontrá-las e matá-las.

A meta de Natan; é não deixar sobreviventes.

É noite, no apartamento velho, num antigo prédio, vive Natan, hoje, é noite de ele venerar seu deus.

O deus do mal, em seu apartamento há um quarto com um santuário satânico, ele tem um encontro com o mal.

Natan se concentra, ele tem a fisionomia das garotas muito clara em sua memória, as vozes que o perturbam ecoam como o som de um lamento, os espíritos o atormentam, quer as moças mortas.

Natan começa a traçar linhas num mapa velho sobre a mesa do santuário macabro, ele se corta e derrama sangue, uma forma de firmar compromisso com o mau deus, ele vai procurar as moças.

Quando é madrugada, ele desce as escadas do quarto andar ate o térreo, ele entra num carro preto e vai ao encontro dos comparsas no cais, ele precisa retirar as remessas de cocaínas que chega num barco.

De lá, ele vai a um bar, ele pensa encontra alguma pista que o leva as suas vitimas.

Quando dois homens se aproximam e se oferecem para uma partida de sinuca. Natan aceita, durante o jogo, ele se faz de bom moço, fuma muito, bebe e faz perguntas. Os homens conhecem as meninas.

Ao sair, os homens vão caminhando pela calçada, quando derrepente; vem um carro preto, sobe a calçada fechando os rapazes contra a parede.

Natan desce, joga o sobre tudo para traz, em seguida, tira uma faca das costas e vai sobre os rapazes e diz – nada pessoal, mas eu não deixo testemunhas.

Os rapazes sem entender nada, tentam correr.

Mas são abatidos com vários golpes impiedosos, seus corpos caem na calçada, Natan começa cortar os pedaços dos corpos e os jogam de cima da ponte.

Ao sair, vai ao endereço que suas vitimas teriam fornecido, ao chegar, inda muito escuro, por volta de três horas da madrugada.

Ele tenta abrir o portão, Gina percebe barulhos.

Ela liga para a amiga Rubbia.

Rubbia – liga para a policia.

Não vai dar tempo, Vem logo, o barulho esta aumentando, tem um homem enorme tentando abrir, socorro.

Gina fogi pela porta dos fundos da casa, sai correndo em direção a rua, ela vai caminhando depressa, olhando para trás, certificando-se de que não é seguida.

Na esquina ela vê um carro preto parado, ela se aproxima, tenta pedir ajuda. Ao se aproximar do carro, ela vê um enorme cão preto dentro do carro, o cão mostra-lhe os dentes num rosnado apavorante, ela se arrepia e continua a correr as ruas desertas, apenas alguns veículos estacionados e cobertos pela neblina da noite.

Gina tem que encontrar um esconderijo imediato.

Pois ao adentrar a casa, Natan ira perceber que a moça fugir.

Gina – meu Deus! Deixei a porta aberta, ele vai sacar que eu estava lá e fugi, ele vira atrás de mim na rua.

Gina procura o celular, e não o encontra.

O deixará em casa. Gina ainda em pensamento; - espero que Rubbia não me ligue, aquele monstro vai atender e nos localizar.

Gina encontra abrigo num ferro velho no fim da rua.

Ao perceber alguém adentrar o pátio do estabelecimento, senhor Sebastião, o vigia noturno se aproxima.

Ele se apresenta para a moça.

Ele lhe estende a mão que logo Gina aperta.

Posso lhe ajudar moça? Pergunta o vigia.

Não é seguro andar na rua à uma hora dessas.

O senhor Sebastião é um homem respeitador e conhece a jovem devido ela passar sempre em frente o ferro velho.

Gina se mostra assustada, mas se contem, ela não diz por que esta ali.

A moça não para de olhar na rua, ela tem a sensação de que será seguida e pega pelo assassino que a procura.

Enquanto Gina tenta estabelecer um dialogo com vigia ouve-se o ronco de motor de um carro potente, o som e de motor V8 com escapamento aberto, ele vem em marcha lenta e para em frente ao ferro velho, a imagem do pavor apavora Gina que entra em pânico e corre para os fundos do ferro velho.

De lá, ela vê o assassino perguntar algo para o homem, em seguido, ela o vê caindo, o gigante de quase dois metros, segura algo em uma das mãos, ela logo constata que se trata da cabeça do pobre homem.

Esta noite Natan esta saciando seu desejo de matar.

Mas sua meta é Gina e Rubbia.

Logo Natan volta para o carro, em seguida; ouve-se um toque de celular, Gina percebe que é o seu telefone que toca.

O gigante noturno lança a cabeça de Sebastião fora, com desprezo e atende ao telefone, ele tenta se passar por amigo de Gina.

Gina – aiaiaia, não Rubbia, não. Não caia nesta.

Logo, o monstro joga o telefone dentro do carro e diz – vamos capeta, pode comer mais um telefone, a dona não vai precisar.

Liga o motor, ascende os faróis a sai em alta velocidade em direção a avenida. Gina vai lentamente em direção ao corpo do vigia que este caído ali, bem próximo, passa por ele e entra num pequeno escritório.

Ela telefona para Rubbia e diz aonde esta.

Logo a amiga vem a seu encontro no ferro velho, ambas avisam a policia e vão embora.

Natan encontra os comparsas para mais uma guerra, ele vai entregar as drogas que pegou no barco na noite anterior, e mais uma guerra, a luta é aterrorizante, homens morrem como moscas, no fim da guerra, dois comparsas dele sobrevivem, porem muito debilitados.

Natan – vocês não têm mais serventia, são inúteis e fracos.

Morram seus vermes.

Continua

"Conto com duas partes"

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 26/07/2013
Código do texto: T4405384
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