O Tesouro de Gregory Drake - Capítulo Treze

O grupo se dividiu em dois. Uma parte ficou tomando conta do navio e buscando mantimentos, enquanto a outra procurava pelo tesouro. Connery, Friedrich, Charlie, Nicholas e alguns marujos embrenharam-se na mata ao amanhecer para encontrar o tesouro.

Ao fim da tarde encontraram uma fonte natural. Um imenso paredão de pedras tinha somente um furo, que liberava uma água cristalina.

O grupo estava sedento. A água dos cantis havia acabado. Um dos marujos correu enlouquecidamente até a fonte e começou a beber. A água foi se tornando cada vez mais turva, até virar sangue. O marujo ficou pálido e petrificado, caindo no chão numa questão de segundos. Estava morto.

Connery olhou para o cadáver, assustado. Ele queria muito acreditar que a Maldição de Gregory Drake não passava de uma crendice, mas, a cada dia, a cada acontecimento, seus próprios olhos provavam-lhe o contrário.

- Vamos embora - disse ele. - As aparências enganam, estão vendo. A água deve ter carregado uma parte de terra, que a fez escura. Muito cuidado, amigos. Vamos.

- Você ainda não entendeu que tudo isso faz parte da Maldição? - perguntou Nicholas.

- Não existe maldição - falou Connery. - Isso tudo tem sido azar. Só azar, nada além disso.

Ao anoitecer, o grupo de Connery alcançou a outra costa da ilha. Surpresos com a diversidade de alimentos ali presente, decidiram pernoitar naquelas bandas e, no dia seguinte, levar mantimentos para a costa onde o Dínamo do Mar estava ancorado. Sentaram-se, dessa vez sem fogueira, e adormeceram, um por um, bem agarrados a seus mosquetes.

Drume Draan
Enviado por Drume Draan em 09/04/2007
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