Sonho Escuro

Caro leitor, o evento no qual eu irei narrar é e não verídico. Um evento no qual denominaremos como sendo límbico e taciturno. Bem, vamos logo com isto, pois quero logo repousar.

Eu tinha certeza absoluta que eu acabara de cair no sono, após um dia longo e, como de costume, um dia de preocupações e ansiedades generalizadas. Era por volta das onze horas da noite, uma noite gélida que fez com que eu me abarrotasse de cobertas até o pescoço e que mais tarde eu vim a suar feito um suíno.

Na iminência de um despertar repentino, eu resolvi voltar minha atenção para o pequeno sonho que estava brotando na minha mente. Tudo começou com uma luz, uma luz ofuscante que incandescia lentamente. O espaço no qual eu estava era um breu total, ermo e soturno. Só havia eu ali naquele local. Não era rua, nem avenida, nem área verde, muito menos um outro planeta. Eu estava era noutra esfera da vida, num universo...paralelo, diferente deste que vivemos. Estava em transe, meu psicológico estava doido já faziam meses!

A luz começou a incomodar minha retina, logo cerrei os olhos e comecei a agarrar o nada, começou a me faltar ar neste momento.

Sem sucesso de inspirar, comecei a cair de joelhos naquele chão torpe e áspero, foi quando um homem gigantesco apareceu defronte a mim. Ele estava inerte, apenas defronte a mim. Era um homem de proporções infinitas, esbelto e carregava consigo uma melancolia tremenda. O homem denominou como sendo um "agente do mundo dos pecados". Começou a balbuciar alguns pecados que cometera em sua vida que eu nem dei atenção, pois só queria sair daquele espaço de uma vez só.

Logo eu recuperei meu ar e comecei a levantar e se despedir timidamente daquele ser intrigante. Ele parecia querer-me, porque não permitia de jeito maneira minha fuga dali.

Comecei a correr velozmente, e este mano me puxando pelas canelas, me arrastou até um abismo, negro e trépido. Fundo...escorreguei e caí num calabouço acre e pegajoso. Parecia muito que eu já estivera naquele poço há um tempo atrás.

Em resumo, eu não sei como, e leitor, por gentileza, nem pergunte-me, pois eu não saberei lhe informar com exatidão. Só sei que consegui chegar de volta a uma portinhola minúscula e me arrastando consegui chegar a um local arejado e iluminado, de calmaria e sossego, acho que era o paraíso, sei lá. Eu acordei suado, fedido e muito, mas muito confuso. Fui para a cozinha beber água e voltei a dormir, não sonhei com nada depois.

Nathus
Enviado por Nathus em 25/09/2013
Código do texto: T4498322
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