Minha "amiga" em meu quarto - Parte VI

Alguns segundos se passou. A invocação estava completa e um monstro de sete metros de altura aparecereu ao lado de Pilar.

- Hahahaha. Todos vocês deixarão de existir no plano espiritual. Já que não há nenhuma chance de escapatória, melhor será se não resistirem. Isso irá me poupar tempo e energia. Pilar estava em êxtase com a vitória iminente.

- Não cante vitória antes mesmo de consegui-la. Esbravejou Abner.

- Não se preocupe, Abner. Você será o primeiro da lista. Só tem um porém, você não irá passar pelo segundo plano. Mate-o, agora!

A grande fera obeceu Pilar e foi em direção a Abner, porém não conseguiu ataca-lo. Pilar se enfureceu de tal maneira que o círculo formado por corpos de animais entrou em combustão.

Ao perceberem que o monstro não podia atacar, as três bruxas que o invocaram em nome de Pilar, viraram as costas e foram embora ao notarem que Pilar não era tão forte quanto elas pensaram. Isso enfureceu ainda mais a Pilar.

- Hazar, onde você está? Esbravejou Pilar, ao perceber a falta do seu animal de estimação.

Hazar apareceu com uma das patas, a cabeça e o dorso ensanguentados perante Pilar. Ao ver o seu animal em tal situação, Pilar começou a ficar amendrontada.

- Eu te disse para não cantar vitória.

- Ainda não terminei. Vocês todos são uns fracotes! Disse Pilar, tentando esconder o medo que lhe assombrou repentinamente.

Pilar estava determinada em dar continuidade ao seu plano, porém como deveria prosseguir? O monstro invocado não podia atarcar ninguém, Hazar estava ferido e ela estava ficando sem forças, pois o monstro retirava a energia dela.

Após um momento de observação, Pilar notou que havia “alguém” que estava impedido o monstro de atacar. Ao olhar fixamente para a beleza daquela figura, ela percebeu que era o espírito do Livro dos Velhos Tempos, pois Abner era o possuidor de tal livro. Isso só piorou a situação de Pilar.

- Pilar! Gritou uma voz no meio da escuridão. Isso chamou a atenção da menina. Ela não reconheceu a voz de quem era. Hazar rosnou na direção de onde estava vindo a voz.

- Que tal acabarmos por aqui mesmo? Se arrependa dos erros cometidos, das vidas que você tirou e esqueça essa vingança medíocre. Há uma vida melhor no outro plano, caso deixe tudo isso para trás.

- Nunca! Vociferou em desespero.

Leandro Marçal
Enviado por Leandro Marçal em 26/09/2013
Reeditado em 27/09/2013
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