Apocalypse
Um trecho narrado em 3ª pessoa, baseado em uma rodada de RPG apocalíptico que joguei.
Sia avista o homem desconhecido. Ele está dormindo sobre o chão sujo da pequena loja de conveniência, totalmente desprotegido.
Ela aproxima-se com cautela e o observa. Nenhuma ferida ou armamento de guerra, apenas seu corpo robusto e suas roupas maltratadas.
Sem graça. Isso será como tirar doce de criança. Aliás, Sia nunca faria isso. Adora crianças...
Com seu mais novo brinquedo, um adorável taco de metal, ela golpeia a cabeça do dorminhoco. Sangue espirra sobre as paredes e prateleiras. A visão é perturbadora. Ninguém poderá dizer que, um dia, aquela massa desforme foi uma cabeça.
Sia gargalha baixinho enquanto admira seu trabalho bem feito. Estava ansiando por mais disso havia semanas.
O barulho dos passos das coisas agora é audível. Ela atravessa porta afora e vê dezenas deles, lentos e putrificados, aproximando-se.
Sem perder a calma, volta e arrasta o morto para fora, puxando pelos pés, levando-o consigo até o meio da única rua vazia disponível.
Assim que se aproxima do fim da rua sem saída, larga o corpo e o sacrifica pela segunda vez. Um banquete para seus ''queridos amigos'' mortos-vivos.
Entra na pequena casa ao seu lado e fecha a porta.
Dentro, mais deles.
Sia sente que algo grandioso está para acontecer. Seus pelos da nuca se arrepiam e, quando isso acontece, significa que ela tem que se preparar.
Acerta o primeiro zumbi na cabeça, estourando-a como uma melancia madura. O segundo cai quando é golpeado. O terceiro despenca com apenas uma tacada forte na lateral do rosto... Até agora, fácil.
Está calor. Gotas de suor escorrem por sua testa e costas.
O quarto e o quinto malditos chegam juntos.
Não há nada que ela possa fazer quando um deles agarra seu braço e crava os dentes em sua carne.
Com um movimento rápido e há muito tempo planejado, Sia tira a pistola da parte de trás da calça e, com um sorriso, descarrega sua ultima bala, guardada especialmente para alguém especial.
RPG - Apocalypse - 04/08/2013