Os cães ladravam alvoraçados. A busca no pequeno bosque continuava intensa. Moitas e copas de árvores eram examinadas com muita atenção. Mais duas crianças, foram mortas de forma brutal. Uma delas teve todos os órgãos internos retirados á faca. Oito assassinatos haviam sido cometidos em um pequeno espaço de tempo. A cidade estava em polvorosa.                                              O aleijado-era assim que o chamavam- fora visto saindo ressabiado da casa da sua última vítima. A policia foi avisada e as buscas começaram. Primeiro foram à casa da viúva, mas ficaram sabendo por essa, que o rapaz não aparecia em casa há quase uma semana. Notaram que a mulher tinha marcas de agressão por todo o corpo, e ao ser questionada, ela negou que tivesse sido agredida. Disse que se machucara em uma queda, mas assim que ficou a sós com uma vizinha, contou que era constantemente violentada e agredida pelo seu único filho. Contou também que ele não a deixava dormir na cama. A pobre mulher passava as noites enrodilhadas em velhos tapetes, em um canto do quarto, e sempre que adormecia o filho derramava água sobre ela para que despertasse. O rapaz acusava a mãe por sua moléstia.                                                                                            A madrugada fria atrapalhava a procura. Os homens estavam cansados, famintos e enregelados. Só o ódio e o desejo de vingança mantia-os em pé. De repente um grito ecoou, seguido de um forte lamento. Os policiais descobriram que vinha do fundo de uma caverna, e ao iluminarem a entrada encontraram o assassino. Esse tinha nas mãos uma enorme faca afiada. O sangue jorrava abundantemente de um profundo corte no pescoço. Estava morto.                                                                       Arrastando o corpo do odiado rapaz, os policiais deixaram a mata. Não viram a viúva escondida por trás de uma árvore e nem suas roupas encharcadas de sangue. Desse monstro ela se livrara, agora era esperar que a semente maldita que crescia em sua barriga viesse ao mundo para também exterminá-la.                                      
 
vânia lopes
Enviado por vânia lopes em 07/11/2013
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