PURA EMOÇÃO: O MISTÉRIO

Dulia estava voltando do seu novo trabalho, quando de repente ela escuta um ruído. Ela para e descobre que o pneu havia furado. Logo ali naquela estrada meio deserta e justo quando começava a escurecer. Faltava exatamente 15 minutos para as seis da tarde. Logo já era exatamente seis e meia da tarde. Ela começa a ficar preocupada, afinal ela não sabia trocar pneu de carro. E não era por desinteresse ou incompetência, é que além do tempo curto ela ainda não completara um mês que tinha adquirido o carro.

Dulia era professora e estava trabalhando numa cidade próxima a São Luís, onde morava, Ela era recém-formada em pedagogia havia passado num concurso municipal fazia exatamente 6 meses. Ela agora sonhava em passar em um concurso na capital mesmo, já que lá trabalhava em uma escola particular no turno matutino.

Depois de muito pensar ela pega o telefone e liga para o namorado e pede socorro.

Patrick disse que até poderia socorrê-la, mas iria demorar, visto que só saía do trabalho depois das 6 horas. Ele aconselha que ela entre no carro, trave as portas e o aguarde. Dulia segue o conselho do namorado e aguarda. Ela estava cansada, afinal dar aulas não era fácil e, além disso, estava com fome e sede. Ela liga o som do carro e começa a escutar uma música. O tempo vai passando. De repente ela olha para trás e percebe que um homem se aproxima, estava escurecendo e não dava para ver direito o rosto. Mil pensamentos invadem sua cabeça e ela resolve não sair e não pedir ajuda. O homem passa pelo carro no acostamento do outro lado da estrada. Ele caminha vagorosamente. Ela devia ter quase um metro e oitenta, não era gordo nem magro demais, parecia que era barbudo e usava um boné que impedia visualizar o rosto e os olhos com nitidez.

Quando o homem já está bem afastado, Dulia desliga o som e o ar e sai do carro e arrepende-se de não ter pedido socorro, já que Patrick poderia demorar. Então ela percebe que o rapaz sumira na estrada. Ela encosta-se no carro e começa a entrar em desespero quando de súbito sente uma mão em seu braço. Ela olha e ver que era o rapaz e percebe que ele a segurava com força pelo braço. Ela puxa o braço de uma vez e então ele a empurra e ela cai no chão. O rapaz pula em cima dela e começa a percorrer todo o seu corpo com as mãos, ela entra em desespero e na luta para empurrá-lo ela acaba puxando o boné de sua cabeça e ao encarar os seus olhos solta um grito desesperador. O homem então encosta seus lábios nos dela e a beija, nesse minuto algo acontece e o corpo de Dulia parece ficar completamente dormente e quando percebe está sendo violentada pelo desconhecido. Dulia se ver num estranho dilema: sua mente relutava mas seu corpo queria e diante disso ela nada podia fazer. Depois de consumado o ato o homem levanta-se, ergue a calça e sai correndo mato a dentro.

Então ela escuta um som como se alguém tivesse batendo no vidro do carro e então ela olha Patrick e percebe que não estava do lado de fora do carro e sim dentro. Ele percebe que deve ter tido um sonho ruim, que devido a exaustão ela deve ter adormecido por alguns minutos e sonhado já que ao olhar o relógio vê que são exatamente 7 horas.

Após trocar o pneu, Patrick entra no seu carro e sai, ele vai atrás no dela. A partir daquele fatídico dia Dulia passa a sonhar com o homem da estrada e sempre ela acabava se entregando para o mesmo.

Mais de um mês depois ela descobre após sentir-se mal que está grávida, porém aí vem a grande questão. Ela nunca quis ter filhos e mais Patrick seu namorado não podia ter filhos, já que fizera vasectomia. Patrick era mais velho que ela 15 anos e tinha 3 filhos.. Depois do divórcio se submetera a esterilização, pois não desejava mais filhos. Diante disso tudo, Dulia se pergunta: de quem era aquele filho? Pelo tempo de gravidez coincidia com aquele dia que sonhara está sendo violentada? Então aquilo não fora sonho? Desesperada ela corre para o banheiro de seu apartamento e dá um grito que ecoa por todo o prédio.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 10/01/2014
Reeditado em 06/02/2015
Código do texto: T4644475
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