Rabbit Hole Bar

Contos de Terror

The Rabbit Hole Bar

Uma pequena homenagem ao rock.

Numa estrada de uma região desconhecida, vinha a vários km/h um motoqueiro que não estava preocupado com o que viesse na sua frente. Ele só via as luzes dos carros e caminhões passando ao seu lado. Uma música percorria seus ouvidos acompanhados pelo som do vento em seu capacete. Era um blues de extrema qualidade, que se acelerava com a velocidade da moto. Ideias e imaginações passavam em sua mente, o que há na escuridão? Nessa hora não se via mais as luzes que vinham contra sua moto. Mas mesmo assim não se deixou assustar por aquilo. Alguns KM depois viu uma luz que brilhava ao longe ao lado esquerdo da estrada, continuou acelerando em direção àquela luz que não se aproximava como os carros e caminhões. Quando chegou perto, parou a moto em frente e viu seu letreiro que dizia: The Rabbit Hole Bar. O que há em um bar com esse nome? Questionou-se com relação a isso por alguns minutos, mas aventureiro seguiu em direção à entrada. O que viu o deixou espantado, não era um bar comum de estrada cheio de motoqueiros barbudos, mas vários artistas conhecidos do rock, como Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Keith Moon, John Bonham, Joey Ramone, Johnny Ramone, Dees Ramone, vários cantores de blues, Jim Morrison com a cara do Charles Manson, John Lennon, George Harrison, entre outros mais. Eles estavam festejando o rock, cantando e tocando os clássicos e tomando muita cerveja. Tudo era maravilha nesse bar, esse era de verdade a toca do coelho. Havia mesas de pessoas desconhecidas jogando e apostando o que havia de melhor nesse mundo, a alma delas. Não havia dinheiro nesse bar, você tinha que dar algo que fosse importante pra você. Ao som de Rider on the Storm, as luzes diminuíram a intensidade e podiam-se ver coisas no ar se movendo pra lá e pra cá. De repente uma mão puxa o braço desse motoqueiro que ainda não tinha caído à ficha do quanto esse bar era um debulho. Essa mão pertencia ao grande ainda considerado o Rei do Rock, Elvis Presley. Ele chamou o motoqueiro pra conversar e explicar o que era o lugar que estava. Ele sentou-se e lhe contou uma história bem rápida, sobre uma pessoa que fez um pacto com o demônio numa encruzilhada. Ele ouviu a história, mas sem entender nada, olhou para os artistas que estava lá e perguntou como eles vieram parar aqui? Elvis com seu jeito calmo lhe disse que eles estavam viajando nessa mesma estrada e durante a noite tiveram um momento de apagão e quando deram por si, viram as luzes desse bar acesas e resolveram parar aqui, um por um foram chegando. O último a chegar foi Johnny Ramone, com seu jeito punk e agressivo de tocar. Mas agora você está aqui conosco, e já deve imaginar como chegou. E o pacto, você não conseguiu cumprir. O motoqueiro ficou pasmo com o que Elvis dizia. Mas de repente se lembrou de horas atrás ter parado a moto em uma encruzilhada e falado algumas coisas e uma imagem apareceu pra ele, que depois deu a entender que era a de Robert Johnson, o famoso cantor de blues que supostamente havia vendido a alma para o diabo. O motoqueiro tinha pedido que um dia pudesse conhecer os grandes músicos do rock que já haviam falecidos, e é claro que o pacto tinha acabado durante a viagem de moto, e ele finalmente poderia conhecer os músicos. O rosto de Elvis havia aparecido na sua frente e o motoqueiro podia compreender o que havia acontecido, sua alma havia sido levada, mas ele estava diante de todos os grandes artistas do rock e do blues para toda eternidade. Essa é a pequena história sobre um motoqueiro que com sua moto conseguiu o que a maioria das pessoas nunca puderam. Conhecer todos os músicos que já morreram e deixaram seu legado para nós. Para o Dia Mundial do Rock, dedico essa história de aventura, suspense e terror. VIVA O ROCK!

Alfredo José Durante
Enviado por Alfredo José Durante em 19/08/2014
Código do texto: T4928885
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.