O Amigo Virtual

Era uma tarde chuvosa como esta, eu ainda me lembro como se tivesse sido hoje. Mas para você entenderem o que realmente houve de fato terei de contar esta história desde o começo.

Tudo começou em uma noite do feriado de sete de setembro, eu estava lá mexendo em meu ''Orkut'' quando um rapaz me enviou um convite para ser amigo dele. Realmente pensei uns vinte minutos se eu aceitava ou não, e eu aceitei afinal ele me parecia muito bonito. A partir dai começamos a conversar foram dias e dias de conversas, nós nos falávamos todos os dias e a toda hora, parecia que nós éramos amigos de infância, ele conhecia praticamente todos os meus segredos de garota, e eu sabia todos os segredos dele, éramos muito confidentes.

Numa certa noite ele me perguntou em que lugar de São Paulo eu morava, pois depois de um mês de amizade ele finalmente queria que eu o conhecesse.

Eu disse à ele que eu morava perto do Morumbi, dito isso ele teve a ideia de encontrar ele pois ele morava perto de mim, na verdade ele morava na Vila Sônia, então marcamos um dia para eu ir na casa dele.

Depois de uma semana chegou o dia do nosso encontro, eu tenho que admitir eu estava um pouco ansiosa, pois eu não o conhecia pessoalmente, mas parecia que nós nos conhecíamos desde crianças e isso era incrível.

Dado o endereço para mim, eu fui rapidamente até o ponto de ônibus para ir para a casa dele, o ônibus demorou muito se não me engano demorou uns vinte minutos. Então o ônibus mais esperado por mim em meus dezessete anos de vida chegou, e lá estava eu a caminho da casa dele. Eu estava com um frio na barriga inexplicável e nem sabia o por quê dessa ansiedade.

Finalmente eu havia chegado perto da casa dele, eu desci do ônibus foi neste exato momento que começou a chover, e uma sensação esquisita me passou, eu nem me preocupei com esta sensação e continuei meu caminho lá estava na rua dele, era uma rua bem diferente das demais daquela região, não havia cães ou até mesmo crianças, era tudo calmo, tranquilo com uma serenidade sem explicação, a casa que eu estava indo era a casa mil quatrocentos e vinte uma casa um pouco antiga e com muitas folhas secas em frente o quintal, era lá no final da rua, uma rua extensa por sinal, nenhum som, nenhum sinal de vida era tudo estranho me sentia em um filme de terror, e não estava de noite ainda...

E logo avistei a casa, abri o portão e bati na porta. Ninguém parecia me responder, então resolvi bater novamente, e nenhuma resposta. Depois de vinte minutos uma senhora abriu a porta me perguntando o que eu queria. Então eu disse à ela que fui até lá para conhecer o Pedro, que eu e ele estávamos nos falando pelo computador há um mês, ela sem explicação começou a rir de mim, e eu não entendia.

Então perguntei o porquê de todo o riso. Ela me disse que eu era a vigésima pessoa que caíra neste chamado. Sem entender eu pedi para que ela me explicasse toda esta história.

Então ela partiu do principio, ela disse que Pedro estava falecido há mais ou menos cinco anos, ele havia morrido aos vinte anos, ele havia sido assassinado brutalmente pela a namorada.

Dai pedi para que ela me explicasse da história da vigésima, ela disse que antes de mim outras dezenove garotas da mesma idade vieram atrás dele, e era sempre a mesma história.

Depois disso, a senhora que havia me atendido tinha fechado a porta e eu fui para minha casa completamente assustada e chorando muito, eu não conseguia acreditar no que eu ouvira daquela senhora.

Depois deste dia resolvi nunca mais aceitar desconhecidos.

Nando Soares
Enviado por Nando Soares em 23/10/2014
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