A Fabrica.

Depois de um longo período em uma clinica psiquiatria eu estava de volta as ruas. aquele acontecimento ficou marcado em minha vida eu nunca vou me esquecer o que aconteceu naquela noite, ate hoje eu ainda posso ouvir os gritos da minha namorada Ellen.

Era um final de semana comum eu convidei a Ellen para sair comigo como a gente sempre fazia nos finais de semana, só que eu queria inovar fazer alguma coisa diferente, já estava chato fazer a mesma coisa em todos os finais de semana, eu queria fazer algo fora do normal.

Naquela fase da minha vida eu tinha uma grande paixão que era filmes de terror e tudo relacionado ao gênero, eu sabia que na nossa cidade existia uma fabrica abandonada, eu queria muito fazer a brincadeira do jogo do copo mais só eu e a Ellen ia ficar sem graça então convidei o meu amigo Junior e sua namorada a Rafaela, eles também curtiam muito esse lance de brincar com coisas sobrenaturais.

Bom fomos todos no meu carro, eu tinha comprado cerveja e um tabuleiro ouija para fazer a brincadeira, ninguém ali acreditava mesmo que existia espíritos de verdade só estávamos querendo zoar um pouco,

sair da rotina.

Chegamos a antiga fabrica abandonada, o local causava arrepios, antes de adentramos o local levamos um grande susto, um morador de rua se aproximou e apertou com forca o meu braço me dizendo.

- Não entre nessa fabrica, eles estão esperando por vocês, eles vão matar todos vocês.

Eu o empurrei com bastante forca jogando seu corpo sujo no chão.

- Não de ouvidos a ele e só um velho bêbado e fedorento.

Ignoramos o aviso do velho bêbado e adentramos a antiga fabrica.

O local era mais sinistro do que eu imaginava, confesso que tive um certo receio ao entrar, mas isso passou logo, a fabrica era divida em dois andares, o andar de baixo era o local onde estavam as antigas maquinas, o local onde os trabalhadores ficavam, o andar de cima era o lugar onde trabalha o pessoal da administração, ali também ficava o escritório do presidente da empresa.

Boatos diziam que o presidente daquela fabrica foi possuído por um espírito maligno que o fez colocar fogo naquela fabrica, mas eram somente boatos, nunca foi provado nada, a policia da cidade afirmava que o incêndio havia sido acidental.

Como queria aventura decidi que o local do jogo deveria ser no antigo escritório do presidente.

- Você esta maluco ?

- Sabe muito bem o que o povo fala desse escritório.

Disse Junior.

- esta com medinho é ?

Disse Ellen, com intenção de provoca-lo.

- Não estou com medo, vamos logo com isso.

- É assim que se fala.

Falei tentando mudar um pouco o clima que estava começando a me irritar.

Depois de muita conversa o jogo começou.

- Bom vocês sabem das regras não vale mexer o copo, cada um faz uma pergun...

Foi interrompido por Ellen que disse :

- Não precisa explicar todo mundo já sabe.

Começamos a jogar a primeira pergunta foi da Rafaela.

- Há alguma presença maligna nessa sala.

Não me contive, comecei a rir daquela pergunta.

O copo se moveu para o sim.

- Para de empurrar Rafaela eu sei que é você.

Disse Ellen.

- Não foi eu, juro que não foi eu.

A discussão começou, até que do nada o copo outra vez se movimentou, dessa vez sem ninguém ter empurrado.

- O que é isso ?

Disse Junior.

O copo estava se movendo em direção as letras do tabuleiro e dizia a seguinte frase.

- Todos vocês iram morrer essa noite.

Meu coração automaticamente disparou ao terminar de ler o que as letras diziam.

O copo que estava sendo usado no jogo voou em direção a cabeça de Junior e o acertou em cheio ferindo a sua cabeça.

- Vamos sair daqui.

Disse Ellen.

Corremos o mais rápido que podíamos, as portas e janelas daquela fabrica começaram a fechar, o desespero tomava conta de todos naquela fabrica.

Junior ainda estava desacordado no andar de cima, estávamos todos apavorados, não sabíamos o que iriamos fazer.

- Temos que buscar o Junior, não podemos deixar ele sozinho la em cima.

Disse Ellen desesperada.

- Eu vou la, vocês duas ficam aqui.

Tomei coragem e subi as escadas daquela velha fabrica, estava muito escuro, eu tinha uma pequena lanterna em meu bolso, aproveitei para utiliza-la naquele momento.

- Junior, você esta bem ?

Gritei bem alto para que ele pudesse ouvir.

Ele estava de pé sobre a janela.

- Junior o que esta fazendo cara ?

- O Junior não esta mais aqui, todos vocês terão o mesmo fim que ele terá agora.

Antes que eu pudesse me aproximar ele saltou da janela.

- Não Junior....

Eu estava desesperado não sabia como iria contar isso para as garotas, o que elas iriam dizer, a culpa toda era minha, foi eu que tive a ideia de ir naquela maldita fabrica.

Desci as escadas cabisbaixo, não sabia nem como começar a contar, para a minha surpresa as garotas não estavam mas ali.

- Ellen, Renata aonde vocês estão ?

- Socorro.

Ouvi um grito a voz era da Ellen.

Corri em direção a voz ela estava, em um comodo daquela enorme fabrica, estava chorando.

- O que foi meu amor ?

Ela se virou seus pulsos estavam cortados e bem na sua frente estava Rafaela já sem vida, estirada pelo chão, seu pescoço sangrava.

- O que você fez ?

- Eu não fiz nada, a culpa foi dela.

Disse Ellen chorando.

O choro se foi e deu lugar a uma voz macabra que gargalhava e dizia.

- Você é o culpado, foi você que nos trouxe aqui.

Eu corri o máximo que consegui, mas desmaie com uma forte pancada em minha cabeça.

Quando eu acordei já era de manha, eu estava deitado em um sofá velho mofado, com terrível mal cheiro.

- Acordou, pensei que eu tinha lhe matado.

Era o velho que havia me alertado a não entrar naquela fabrica.

- O que ?

- Como eu vim parar aqui ?

- Aonde esta a Ellen ?

- Vai com calma bonitão, eles estão mortos, eu lhe avisei para ficar longe daquela fabrica mas você não me ouviu, teve sorte de ainda esta vivo, se não fosse por mim uma hora dessas você já estaria junto com seus amiguinhos.

- Não pode ser, não.

JH Ferreira
Enviado por JH Ferreira em 30/12/2014
Código do texto: T5085988
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