O Anjo da Morte - O Início do Apocalipse (parte 7): A Justiça da Morte

O Anjo da Morte olhou em todas as direções e viu algo que o surpreendeu: sua visão lhe permitia ver toda a cidade, toda ela mesmo, cada pessoa e cada lugar, como em um conjunto de câmeras numa sala de controle, sendo possível monitorar tudo ao mesmo tempo.

“Como isso é possível? Eu consigo avistar tudo nessa cidade e ela é enorme!” O Anjo da Morte pensou espantado. “Posso ver cada rosto de cada pessoa daqui, como se minha visão fosse fragmentada. Isso é um poder imenso que eu nunca imaginei existir”

E olhando com atenção as ruas da cidade e as pessoas que nelas estavam, o Anjo avistou numa viela algo estranho: um homem armado com uma faca e outro se encolhendo contra a parede, com medo.

Não havia duvidas do que acontecia ali: um assalto.

- Por favor, eu sou pobre. Não tenho condições de comprar outro celular. Mesmo um mais barato.

- Não estou nem ai! Eu quero seu celular! Se não passar agora, vou furar todas as suas tripas com essa faca e deixar você apodrecendo ai!

De repente um enorme par de asas angelicais negras surgiu diante do assaltante, impedindo que ele visse o seu alvo encolhido contra a parede.

- Que palhaçada é essa! Fantasiada de anjinha é? Vou arrancar suas tripas também se não sair do meio e pode passando essa fantasia e seu celular também!

- Eu acho que não! Isso não é uma fantasia! E se estamos falando de furar as tripas de alguém, estou de acordo. - O Anjo da Morte falou e lentamente se virou para olhar o bandido que estava atrás de si. - FACAS DA ESQUARTERIZAÇÃO!

Assim que o Anjo da Morte falou, um par de facas de caça surgiu em suas mãos e ele mal esperou o criminoso se surpreender, quando começou a golpeá-lo nas entranhas. Um golpe de cada lado até formar um total de dez.

O sangue escorria dos ferimentos, mas o homem permanecia vivo, sofrendo e seus olhos tinham tanto medo que superava o do pobre assaltado.

O Anjo da Morte apontou a mão direita para ele e falou:

- Eu disse que não era uma fantasia! Eu sou o Anjo da Morte e vim para buscar você por todos os seus crimes, mas não se preocupe, você não vai morrer agora. Primeiro quero que todos vejam a justiça que você recebeu por merecer, só então as dores aumentarão e você morrerá! ― Depois apontou para o pobre que estava sendo assaltado e continuava parado ali. ― Você! Leve este coitado até a rua e deixe que todos o vejam. Chame uma equipe de reportagem também, porque eu quero que todos nesta cidade conheçam a minha justiça!

O homem assaltado simplesmente acenou positivamente com a cabeça e partiu dali, levando o bandido agonizante até a rua. Enquanto o Anjo apontou o indicador para o céu e desapareceu voando.

Assim que o quase-morto e o assaltado chegaram à rua, foram recebidos por pessoas que se preocuparam com o estado do ferido, o qual mesmo explicou sua situação:

- E... Eu... fui... assaltar... ele... e... a-aquele... anjo... apareceu... e... fez... isso... comigo... dói... muito... chamem... repórter... quero... morrer... logo....

As pessoas obedeceram e uns dez minutos depois, um carro de reportagem do jornal Luz do Sol Notícias chegou ao local, fez os preparativos para a reportagem e Alice Oliveira começou a noticiar o ocorrido para o jornal da manhã.

- Bom dia cidadãos de Luz do Sol! Eu sou Alice Oliveira, diretamente da Avenida Arthur Astronis, com mais uma notícia para o telejornal Luz do Sol notícias. Estamos aqui com um caso real de justiça com as próprias mãos, um assaltante que está gravemente ferido e diz que fora atacado por alguém que se nomeava como “O Anjo da Morte”.

Alice mal acabara de proferir estas palavras, quando o Anjo da Morte pousou suavemente no topo da van de reportagem e falou:

- Para começar, eu não sou “alguém que diz ser o Anjo da Morte”. Eu sou o Anjo da Morte. E agora para você assassino e assaltante: você se arrepende de todos os seus crimes?

O assaltante olhou para o Anjo da Morte com um olhar suplicante, antes de responder com dificuldade.

- Sim... Me... Arrependo....

- Então você não morrerá hoje! Eu te darei uma segunda chance! Você será preso e pagará por seus crimes, deve entender isso.

- Eu... Pagarei... Com... Orgulho....

- Ninguém poderá te ferir, pois até mesmo um arranhão será curado imediatamente, até que você saia da prisão. E aquele que te ferir me conhecerá pessoalmente. Mas se você tentar ferir alguém, eu estarei lá quando menos esperar e essa dor voltará ainda pior. Você morrerá e irá, você sabe para onde. - Após falar o Anjo da Morte deu um sorrisinho maligno.

O Anjo apontou a mão direita para o assaltante e uma luz verde cobriu o corpo do ferido por alguns segundos. Quando a luz desapareceu, as feridas do homem também haviam sumido e o Anjo estava de joelhos sobre a van, aparentemente se sentindo fraco, mas logo se recuperou e falou:

- Eu sou O Anjo da Morte e estou aqui para proteger os fracos daqueles cujo coração é repleto de escuridão! Maléficos estejam prontos para conhecer a morte diante do meu poder!

Após falar, ele apontou o indicador para os céus e levantou voo, voltando ao telhado do edifício onde surgira.

Edu Marchezini
Enviado por Edu Marchezini em 02/03/2015
Reeditado em 03/03/2015
Código do texto: T5155547
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