Selfie No Cemiterio Part 2

2 anos se passaram desde o desaparecimento dos garotos. Renata não parava um segundo siquer de procurar pelos garotos , ela estava empenhada em encontrar o seu filho Pedro e o seu amigo Jorge, todos naquela cidade diziam que a mulher estava louca que não se conformava com a morte de seu filho, até os propios pais de Jorge concordavam com aqueles boatos.

Renata não conseguia dormir a noite, os seus sonhos a assombravam, todas as noites era a mesma coisa, aquele sonho confuso onde Pedro gritava por socorro, ele estava preso em uma cabana, amarrado ao redor de uma mesa velha e suja, ao seu redor havia ossos de animais e alguns corpos em decomposição, ela também via uma pessoa sentada em uma cadeira velha, ela não conseguia ver o rosto dessa pessoa, mas podia ver as vestes que aquele pessoa vestia, eram botas velhas e surradas, as calças rasgadas e completamente sujas, a camisa chadreza batida era de cor amarela, aquela pessoa fazia com que Pedro sofresse e ria da dor do poble inocente.

Renata sempre acordava aos prantos, ja havia consultado a opinião de varios especialista, mas obtivera a mesma resposta de todos. " Você esta bem, só esta abalada, tente relaxar e aceitar a morte de seu filho. A policia já havia encerrado as investigações, provavelmente Pedro estava morto, mas provavelmente não era certeza, o que aumentava ainda mais o desespero e a agonia de Renata.

Renata não era uma pessoa muito ligada a religião, mas depois de tudo o que acontecera e daqueles sonhos estranhos ela decidiu visitar um especialista em assuntos sobrenaturais, seu nome era João Ferraz, conhecido em todo o pais por desvendar alguns mistérios sobrenaturais, ela não sabia se o cara era mesmo confiável ou se era só mais um charlatão querendo aproveitar da boa fé dos outros. Ela adentrou o escritório ainda desconfiada e se dirigiu a João se apresentando.

- Meu nome é...

Antes que ela terminasse a sua fala João disse.

- Renata, eu já sabia.

- Impressionante. - Falou Renata.

- Bem o que te trás aqui Renata ?

- Eu quero descobrir se o meu filho esta mesmo morto.

- Interessante.

- Eu já tenho a sua resposta.

- O que ?

- Mais já ?

- O seu filho não esta morto, quando uma pessoa próxima, como um filho é assinado, a sua alma leva um tempo para encontrar a luz, o que pode causar medo na pessoa, essa pessoa então busca refugio junto de um parente mais próximo, ou uma pessoa que ela tenha mais afinidade.

- Uau, mas como vou saber se você esta mesmo certo ?

- Você vai ter que confiar em mim se quiser achar seu filho.

Renata não acreditava totalmente naquele sujeito, mas ele era a única alternativa que ela tinha naquele momento.

- Esta certo, eu vou te contar tudo o que aconteceu.

Renata contou tudo para João, os sonhos, o desaparecimento e como Pedro havia agido estranho naquele dia, contou também sobre os boatos de um bruxo antigo da cidade, o que despertou muito o interesse de João.

- Eu não tenho certeza ainda, mas pelo que ouvi você falar chego a conclusão de que a historia desse bruxo pode ser verídica é que ele pode ser o sequestrador de seu filho.

- Se você não se importar podemos realizar uma terapia de infiltração mental ?

- O que é isso ? - Questionou Renata.

- Vou explicar de uma forma bem simples, eu irei entrar na sua mente e acessar as suas memorias e esse tal sonho que você diz ter todas as noites.

- Bom, por mim tudo bem.

- Ok, nos vemos a noite, para realizarmos a terapia.

Renata estava mais tranquila ela tinha esperança de que João pudesse ajuda-la a encontrar o seu filho Pedro e o amigo dele Jorge, voltou para a sua casa, tomou um banho e dormiu um pouco para relaxar.

Outra vez estava naquele cenário macabro, desta vez ela também via Jorge, o garoto estava abatido e pálido, sujo e descalço, seu rosto sangrava e seus olhos estavam roxeados, como se tivessem sido golpeados por diversas vezes. A pessoa misteriosa adentrou a casa gritando feito um louco.

- Se ele pensa que pode brincar comigo esta muito enganado, ele ao menos sabe quem eu sou.

Renata acordou assustada, ao abrir os olhos sentiu impressão de esta sendo observada, parado em frente a janela estava um velho alto e magricelo, Renata esfregou os olhos e os abriu novamente, dessa vez não havia mais ninguém ali.

Renata se arrumou rapidamente, pegou o seu carro e partiu para a seção de infiltração mental.

Chegando lá ela contou o que havia sonhado, contou também sobre a mal impressão que teve quando acordou.

- isso não é bom, ele sabe que estamos tentando descobrir o seu esconderijo, você vai ter que dormir aqui hoje.

- O que ?

- É isso mesmo, a sua casa não tem proteção, o que facilita a entrada dele, o meu escritório e selado contra demônios, bruxas e diversas outras criaturas.

Renata não se conteve e começou a rir de João.

- Porque você esta rindo, você não acredita nisso ?

- Me desculpe, é que estranho.

- Bom vamos deixar de conversa, vamos começar a terapia.

- Sim, vamos.

João ajeitou todos os equipamentos que seriam usados naquela terapia e pediu que Renata se deitasse em uma maca de hospital, Renata se deitou na maca e foi adormecendo escutando as palavras que João pronunciava. João também adormeceu, e adentrou na mente de Renata, os dois despertaram naquele mesmo cenário dos sonhos de Renata, dessa vez eles estavam do lado de fora da cabana.

- Esse filho da puta esta impedindo a nossa passagem ?

- O que ? Isso é só um sonho ?

- Não seja ingênua, você tem o dom de se transportar através dos seus sonhos, só que nunca treinou o bastante para aprimorar esse dom.

- Legal. - Disse Renata sem intender direito o que João havia falado.

- Venha vamos procurar alguma coisa que nós mostre uma pista de onde estamos. Os dois caminharam por aquela mata até que encontraram uma placa que informava . " BR'' 381. - Ótimo lugar para se esconder, na rodovia da morte.

- Vamos hora de acordar.

João e Renata então despertaram, Renata estava confusa, mas também estava feliz, havia descoberto o paradeiro de seu filho, ela não via a hora de encontra-lo e abraça-lo.

- Vamos encontrar meu filho.

- Não é tão simples assim, o bruxo sabe que descobrimos o seu paradeiro, se tentarmos aproximar do seu esconderijo, provavelmente ele irá fugir levando os seus filhos.

- O que iremos fazer então ? Esperar que ele mate os inocentes.

- Eu conheço alguém que pode nos ajudar, espere aqui, eu vou busca-lo e já volto.

- Esta bem.

- Não saia daqui, pode ser muito perigoso para você.

- Não vou sair.

Renata esperava ansiosa pela volta de João, já não podia mais aguentar a emoção e as lagrimas começaram a rolar pelo seu rosto, 2 anos de espera, de empenho, tudo aquilo começará valer a pena, as acusações as brigas com a vizinhança, tudo voltava a tona.

João retornou rápido trazendo junto dele o seu amigo Roberto, um sujeito mais velho e com cara de poucos amigos.

- Esse é o Roberto, é ele que vai nos ajudar a salvar seu filho.

- É muito bom lhe conhecer Roberto.

- Não se preocupe moça, esse desgraçado vai pagar pelo que fez.

Os 3 saíram no Mustang 78 de Roberto a toda velocidade rumo a rodovia da morte.

- Você não disse que era perigoso agente seguir o bruxo, porque ele poderia perceber a nossa presença e fugir ? - Perguntou Renata.

- Fica tranquilo docinho, esse carro e equipado com magia forte, aquele desgraçado do Vadrean nem vai notar a nossa existência.

- Vadrean ? Então esse é o nome dele ?

- Sim, somos velhos conhecidos. - Disse Roberto.

- Na verdade esse filho da puta é meu irmão.

- O que ? - Questionou Renata abismada.

- Os dois são irmãos. - Falou João.

Roberto dirigia a 100 por hora estava furioso, dava para notar em seu olhar, não via a hora de acertar as contas com o seu irmão, já Renata estava esperançosa e ansiosa para rever o seu filho e rever também Jorge, já João se concentrava e limpava um punhal que ele carregava nas mãos. Depois de 2 horas na estrada eles chegaram ao local, Roberto parou o carro e pediu que todos descessem.

- Coloque isso. - Disse Roberto entregando um colar a Renata.

- O que é isso ?

- é um amuleto que te protege contra bruxos, com esse amuleto ele não pudera notar a nossa presença aqui.

- A sim. - Disse Renata.

Os três caminharam pela mata em direção a velha cabana, as luzes estavam acesas e na chaminé saia fumaça.

- Krotoan.

- Ele esta preparando o ritual de invocação.

- Invocação de que ?

- Cimeries.

- Não pode ser. - Disse João tremulo.

- Quem é Cimeries.

- É um demônio, ele vai usar os garotos como sacrifício, nesse tempo todo os garotos estavam servindo de alimento a Cimeries.

- Eu não vou deixar que isso aconteça.

Renata correu em direção a casa, João e Roberto correram atrás dela, ela adentrou a porta e viu os dois garotos presos a estacas de madeira, ao lado estava Vadrean.

- Hora, hora, se não é o meu irmãozinho querido.

- Chegou tarde querido o ritual já foi finalizado.

- O que ? Você esta maluco ?

Renata se aproximou de seu filho que gargalhava sem parar.

- Pedro olha para mim, sou eu sua mãe.

- O Pedro se foi, mas não se preocupem vocês terão o mesmo destino que ele teve. Cimeries se soltou daquela estaca e com um movimento dos dedos estrangulou Renata, João tentou lhe impedir, mas com outro movimento de dedo Cimeries fez com que uma daquelas estacas de madeira perfurassem o coração de João, Roberto aproveitou aquele momento para puxar o seu irmão e fugir daquela cabana sem ser notado.

- Me solte, o que você esta fazendo, seu idiota ? - Disse Vadrean.

- Cale a boca seu merda, você viu o que você fez, ele iria matar todos nós, Cimeries não pode ser controlado por um reles bruxo igual a você.

- Vamos fugir daqui enquanto é tempo.

Os dois fugiram da Mata o mais rápido possível.

Continua................................................

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JH Ferreira
Enviado por JH Ferreira em 22/03/2015
Código do texto: T5179129
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