O Diario De John Wayne Gacy

No corredor da morte eu esperava a minha sentença, pelas ruas se ouviam os insultos e barbaridades ditos sobre mim.

O que se passa na cabeça de um psicopata ? Essa é uma das perguntas que mais escuto por aqui, mas será mesmo que eu sou um psicopata ?

A minha infância foi bem traumática, eu sofria muito com o alcoolismo do meu pai, ele descontava em mim todas as suas frustrações e seus problemas, eu cresci naquele ambiente de ódio e violência, convivi com aquele ódio fraternal por um longo tempo de minha vida.

Já na minha vida adulta consegui dar a volta por cima, me tornei um homem respeitado e bem sucedido, empresário de sucesso e cidadão modelo, constituir a minha reputação quase perfeita, depois de 2 casamentos e 4 filhos, resolvi que deveria viver sozinho, comprei uma casa em Chicago e lá comecei o meu negocio de pintura e decoração.

Eu tinha uma vida dos sonhos, era um cara respeitado, bem sucedido, mas isso não era o suficiente para mim, faltava algo para me preencher, o meu vicio era a dor alheia, não conseguia controlar a minha vontade de matar e fazer os outros sofrerem, aquele era o meu ponto fraco, o que me levava ao abismo profundo.

1972, foi quando tudo começou, conheci um jovem chamado Timothy Jack em um terminal rodoviário, garoto apessoado e inteligente, ofereci para ele uma carona o mesmo aceitou, levei o jovem para a minha residência e lhe mostrei as minhas pinturas, Timothy era novo em Chicago, convidei o garoto para dormir em minha casa naquele dia, o mesmo aceitou a minha proposta sem desconfiar, no meio da noite acordei e vesti a minha fantasia de palhaço, estava excitado, caminhei ate o quarto onde estava Timothy, tampei a sua boca com um pano encharcado de Clorofórmio, ele tentou lutar, mas a sua resistência durou pouco, após alguns segundos o garoto estava desmaiado.

Ver aquele garoto inconsciente me excitava, amarrei-o em um cadeira e tapei a sua boca com algodão para que não pudesse gritar, esperava ansiosamente pelo seu despertar, alguns minutos de espera e o garoto abria os olhos, assustado ele não compreendia o que estava acontecendo, na sua frente estava eu, vestido de palhaço, com um sorriso medonho, o observava atentamente, ele tentava se soltar de qualquer maneira, agonizava implorando para que lhe soltasse, a tortura iria começar, o garoto era o meu brinquedo eu poderia fazer o que bem entendesse com ele, cortar a sua carne com uma faca era divertido, ver o sangue escorrer e o moribundo se agonizar aumentava o meu prazer, eram horas de tortura, ele tentava a todo instante se soltar, mas era tudo em vão, o meu prazer era ver aquele garoto implorar pela sua vida a todo instante, depois de muita tortura era dada o golpe final, eu enforcava o garoto e me masturbava em cima do seu cadáver, o corpo eu enterrava no meu porão.

O vicio era grande eu não conseguia parar, vários garotos eram atraídos por mim e todos tinham o mesmo fim, era tudo perfeito, ninguém desconfiava de mim, eu usava do meu negocio para atrair novas vitimas, o meu perfil era sempre o mesmo garotos jovens e bonitos, eu tinha uma tara por esse tipo, tudo estava saindo como eu havia planejado, mas um garoto estragará tudo.

Robert Piest, não fugia das características, Jovem alto e forte, eu o conheci em uma farmácia, onde o mesmo trabalhava, me senti atraído pelas suas características e seu jeito de ser, vigiei o garoto por algumas semanas e resolvi me aproximar do jovem, me disfarcei de policial e numa noite de Quinta feira logo após o termino do expediente de Robert eu o abordei alegando que o mesmo estava sendo preso, desconfiado o garoto me questionou.

- Preso, o que eu fiz de errado ?

- Você esta preso por porte ilegal de armas.

Exigir que o jovem entrasse em meu carro logo após ter algemado o mesmo, o conduzi até a minha casa e o levei ate o porão, preocupado e estranhando tudo aquilo o jovem começou a gritar, tapei a sua boca com clorofórmio e o sufoquei com uma corda de couro, o mesmo perdia a vida em minhas mãos, o porão estava cheio demais para que enterrasse o seu corpo, então levei o seu corpo até um rio que ficava próximo a minha casa, sem que ninguém percebesse joguei o corpo de Robert naquele rio.

Os pais do garotos deram queixa na policia, naquela noite eu não havia tomado as devidas precauções, o dono da farmácia havia me visto conversando com o garoto, os policiais então me interrogaram, tentei despistar mais o cheiro de morte que pairava em minha casa me denunciava, era questão de tempo, mais cedo ou mais tarde eles iriam descobrir, eu não queria admitir, mas esse era o final da linha.

3 semanas se passaram e a policia ainda continuava na minha cola , eles esperavam o momento certo para me prender, com certeza já estavam com o mandato nas mãos, o nervosismo me fazia perder o controle, naquela segunda feira, fui apreendido por posse ilegal de drogas, o meu muro desmoronava, era questão de tempo, era inevitável, os corpos seriam descobertos.

Dentro daquela prisão pedi para que chamasse o delegado, não havia mais jeito, confessei os meus crimes, contei detalhe por detalhe de tudo o que havia feito, o delegado ficou chocado com a minha confissão, rapidamente pediu para que vasculhassem a minha casa e todos aqueles corpos foram descobertos.

Não me orgulho do que fiz, mas também não sinto remoço algum, hoje no ultimo dia de minha vida, venho aqui lhes contar através desse diário, meu nome é John Wayne Gacy, pode me chamar de assassino do século ou como quiser, me matando ou não eu ainda continuarei vivo por toda a eternidade nas suas lembranças.

JH Ferreira
Enviado por JH Ferreira em 08/04/2015
Código do texto: T5199579
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