Sombra - Ato I - Capítulo 7

    Em um pequeno banco eu estava sentado, o vento sacudia as árvores perto da escola, era noite, não sabia o que fazia ali, não me movia ou dizia nada, só esperava para conseguir entender.
   Ouvi sussurros misturados com falas mal direcionadas enquanto uma energia em forma branca saia do meu corpo, no começo pensei estar ficando fraco, mas logo percebi que era um espírito pronto para me proteger, Lauren!
-O que está acontecendo? Estou sonhando?
-Sim e não, ainda temos de descobrir, eu achei que você precisasse de ajuda, afinal como lhe disse não quero mais que sinta dor na minha presença.
-Eu não sei por que minha cabeça criou essa situação, minha escola e esse clima de terror.
-Não foi sua cabeça, nem sua imaginação, se atente
Liam.
   Caminhamos em direção ao centro da cidade, nada parecia fora do comum, mas o frio na barriga me acompanhava e um certo medo crescia por dentro de mim. Quando chegamos perto da Igreja eu vi um homem encobrido pela sombra ao lado da entrada do cemitério.
-Corra Liam, eu não acredito nisso!
-Um clarão se alastrou e transformou tudo em um dia brilhante enquanto o homem tentava se aproximar.
-Para trás, você não pode nos tocar. Suma!
-Lauren, você está bem? Está parecendo exausta.
   Me aproximei de seu corpo brilhante que flutuava ali perto de mim, peguei em sua mão e a puxei em minha direção começando a correr carregando-a rumo ao centro, a escola e a minha casa.
   Tudo começou a se avermelhar o céu e o que havia atrás de nós, mãos tentando nos alcançar, eu correndo o mais rápido que podia. Decidi cortar caminho pela floresta, economizando fôlego até conseguir chegar em casa.
-Me deixe aqui, se salve Liam, vá embora!
-Não vou, fique comigo Lauren, vamos! Agora!

 
 
   Entrei depressa dentro de casa, sem fechar a porta direito subindo as escadas e adentrando em meu quarto, me encontro deitado. Então me aproximo e me puxo para que acordasse.
   Desperto aos puxões de minha mãe, depois de me contar que eu estava gritando por socorro a alguns minutos, ela se sente preocupada demais e eu não sei como mentir para ela, o jeito é tentar ficar em silêncio.
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 21/04/2015
Reeditado em 12/05/2016
Código do texto: T5215698
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