A QUEDA DA CASA USHER

A queda da casa Usher

“AQUELE QUE AQUI ENTROU, UM CONQUISTADOR TERÁ MOSTRADO; AQUELE QUE MATAR O DRAGÃO, O ESCUDO TERÁ CONQUISTADO’’

O velho carvalho lá parado, implacável, sóbrio parecia ditar o ritmo do tempo apenas a nevoa me acompanhava naquela manhã. passo a passo aquela marcha fúnebre parecia me guiar a um cemitério,meu enterro talvez mas não era somente minha caminhada matinal até o velho poço do povoado que era a razoavelmente perto da minha casa,não tão longe e nen tão perto ,o suficiente pra me afastar de casa e me mover ligeiramente dos fantasmas que lá viviam.as sombras da noite passada ainda não haviam recuado completamente construindo monstros imaginários em cada canto,o vento açoitava violentamente as arvores arrancando delas uivos de ódio embora algumas vezes eu podia ouvir suplicas e clemências me arrancando ligeiros sustos e alguns ’’ai meu deus’’ pelo caminho.

Na volta pra casa o clima mudou sem que eu tenha alterado um passo se quer, o tempo correu mais devagar e no intervalo de dois ou três passos me vi encarando fixamente a imponente casa Usher,era impossível evitar parecia que tudo se curvava diante a mansão vulgarmente chamada de casa Usher.a mansão Usher foi erguida um tanto afastada do povoado entrando ligeiramente na floresta ,havia mais que uma casa além do seus velhos portões enferrujados era utópico e fantasioso mas a casa Usher exercia tais devaneios ,mágica ou não por si só a casa empunha respeito e soberania sua estrutura plana e negra tinham janelas grandes e profundas como negros olhos sinceros que arrepiava o mais sórdido coração delator, aporta principal de madeira africana tinha uma tonalidade avermelhada e tinham rosas talhadas em toda sua extensão, no centro uma torre que parecia arranhar o véu noturno,arvores mortas e cinzentas pareciam guardar a casa logo frente da mansão o orgulho maior dos usher’s, o belo chafariz das sereia feito todo de bronze agrupava três belas sereias que erguiam conchas nas mãos para que todo muno pudesse ouvir seus traiçoeiros cantos.como descrever na sua mais profunda e verdadeira essência , olhar para casa Usher era como temer e apreciar uma obra gótica e surrealista esquecida no tempo.

Era como se do nada um faminto dragão aparecesse e tivesse vomitado toda sua fúria sobre nós, o massacre fora anunciado,quem podia fugia e quem não tinha estrutura para tal só restava ficar e rezar. A grande praga do arco-íris era uma doença que vinha devastando povoados inteiros e se espalhando rápido pelos reinos, “arco-íris’’ que bizarro tinha esse nome porque antes da morte o doente variava de cores antes da morte,a pele ficava esverdeada, violentos ataques de vômitos laranja e amarelo,a língua incha e fica violeta e por fim os olhos ardem em vermelho por eles brotam sangue puro.minha família já começara com os sintomas iniciais há semanas,minha mãe ,meu pai e meu irmão caçula e por uma doce crueldade do destino eu esbanjava uma certa imunidade a doença que me deixava culpada só por respirar.com minha família fraca e debilitada não dava pra fugir pois além da peste haviam outros perigos em volta,tropas do rei haviam sido enviadas para queimar toda a vila e claro todo mundo nela,por essa razão fugir não dava pois se não fossemos rápidos o suficientes seriamos caçados pelos guardas conter a doença parecia ser mais importante que vida do povo.

Mais uma manhã se erguia de ante de mim,já não fazia diferença,o frio pouco importava sussurros e incertezas eram minha companhia esperar o dia clarear pra mim era como sentar e esperar a morte me alcançar,bom esse parecia ser o único caminho e esse pensamento me aterrorizava e naquela manhã me permitir talvez meu ultimo ato de descontrole físico e mental, joguei meu corpo no chão mergulhei em um forte choro incontrolável,na inútil tentativa de afogar meu desespero cravava minhas unhas na terra e gritava a plenos pulmões ’’eu não quero morrer’’.

No meio do meu despretensioso ataque de fúria um susto toma minha atenção, difícil traduzir em palavras,era quase uma visão apocalíptica mas era bem real Edgar Usher estava parado e me observava e eu não fazia idéia de quanto tempo ele estivera lá ,naquele momento alguma coisa gritava na minha cabeça ‘’corra Nancy,corra’’, mas meus pés não me obedeciam talvez a curiosidade tenha falado mais alto,mais alto que a razão.

Edgar Usher tinha um semblante cansado cabelos ralos e grisalhos, o grande jogador como era conhecido apoiava se com ajuda de uma bengala negra com dragão dourado na sua base,sua s roupas estavam ocultas uma longa capa vermelha de camurça cobria todo seu corpo deixando apenas suas longas botas negras a mostra. Ele aproximou se de mim e se apresentou gentilmente,me cumprimentou e disse que o cheiro do meu medo era apreciado co bastante desejo por ele ,e que enclausurado na sua decadente morada ele tudo via e nada passava por ele, sabia exatamente o que me amedrontava e sem muitos detalhe disse que poderia ajudar,a sina daquela gente miserável seria arder em chamas e enquanto a isso nada podia ser feito, mas meu caso era diferente minha sorte poderia alterada e que somente ele tinha esse poder,me ofereceu o que podia ser considerado minha única alternativa para sobreviver ,desespero ou coragem não sei ao certo mas minha resposta foi um silencioso SIM.

Mais um sol nasceu e com ele o dia veio junto e com dia veio também o tempo que parecia passar mais devagar pra mim,talvez seja pelo fato de que meu destino e daminha família iriam depender somente de mim e mais ninguém .

A proposta feita por Edgar Usher foi simples e clara mesmo que feito num tom obscuro,eu deveria jogar com ele,parecia ser bem simples , eu deveria passar uma noite na casa Usher ,o jogo começaria as seis da tarde e terminaria as seis da manhã e no final do jogo eu ganharia remédios e um meio para tirar minha família da vila,admito que uma certa ingenuidade me inclinou pro lado do sim,mas qual a outra alternativa eu tinha rezar esperar pela morte, por mais ridícula que fossem minhas e minha fé eu precisava lutar de alguma forma e eu acho que nada mais de pior poderia acontecer.

No final dia pouco antes da hora marcada fui até meus pais e meu irmão e me despedir silenciosamente eu ainda não sabia mais esse era o nosso adeus.

No caminho até a casa Usher percebi que fazia o mesmo trajeto de sempre mais agora tudo era diferente cada casa,cada pessoa tudo ganhava um tom nostálgico e fantasmagórico era uma beleza efêmera logo tudo que eu conheci iria se reduzir em cinzas.quando já estava perto do meu destino final não sei o porque mas me perdi em pensamentos sobre o meu salvador e tudo ao seu redor,antes da casa ser esquecida pelo tempo a casa Usher foi um dia um símbolo de beleza e soberania mas sua fama e prestigio foi embora junto a riqueza da família e quando a casa foi envelhecendo um a um da família Usher também ia definhando e só restou ele Edgar Usher o ultimo descendente vivo da família que um dia fora soberana entre os sete reinos.ponto final estava diante a minha rápida morada,seria ela uma mãe que acolheria ou pai severo que me castigaria?

Muito alem da imaginação e até mesmo além dos mais sórdidos sonhos,eu não precisaria mais imaginar o que tinha além dos portões eu agora estava cruzando a fronteira do real e mergulhando direto na toca do coelho.e no mundo das maravilhas arruinadas a beleza ainda era uma amiga embora quase imperceptível (não pra mim) a casa dava sinais de exaustão e doenças,ao longo da casa uma fissura e outra se estendiam pela casa até o chafariz das sereias o tempo foi severo a cauda e parte das mãos das sereias haviam sido corroídos pela ferrugem,madeiras podres e soltas passava um certo temor do real estado físico da casa,de perto todo mundo é feio.

Ao entrar na casa pude perceber que a parte interna era um nítido reflexo da parte externa, quadros de pinturas abstratas e retratos de família se estendiam nas paredes figuras humanas e fantásticas talhadas em madeiras espalhadas por diferentes cantos da casa um lustre de cristal e marfim pairava sobre minha cabeça ameaçando a despencar a qualquer momento,mas assim como no lado de fora a parte de dentro também estava velho e empoeirado como se ninguém á anos tivesse abandonado a residência. Logo na sala fui recebida por Edgar que me levou até um quarto onde eu deveria ficar e passar a noite,perguntei se ele ficaria ele disse de que certo modo sim pois ele jamais deixaria a casa mesmo que ele não estivesse lá,eu basicamente ficaria a noite toda naquele mofado quarto até o dia clarear,as seis em ponto ele se despediu de mim saiu do quarto me desejou boa sorte e com um leve sorriso no rosto me disse que eu seria testada e que se minha vontade de viver fosse realmente forte eu venceria caso contrario meu caminho estaria novamente me levaria a morte,essas palavras fez a parte mais inóspita da minha alma tremer,já eram seis e um bom o jogo começou.

O noite começou timidamente e logo alguns castiçais foram acesos pela casa o tempo calmamente ditava as regras ele foi transcorrendo sem muitas alterações nas minhas carregava um livro sentia me segura com uma boa leitura ,estava lendo ligeia de Edgar Allan Poe quando de repente um som agudo me rouba a atenção da leitura e me obriga a sair do quarto cruzei o longo corredor que parecia se fechar e bloquear minha passagem ou era apenas o medo de estar no estomago da baleia , a casa que anos me exercera enorme encantamento agora me enchia de medo e enquanto mais eu me aproximava da escada mais o som aumentava eram golpes de machado se chocando contra madeira,podia reconhecer esse som em qualquer lugar meu Pai era lenhador cresci ouvindo essa melodia,desci lentamente as escadas cada passo pesava tanto quanto que parecia que iria atravessar e cair direto no chão e quando eu estava na metade das escadas uma silueta masculina estava parada no pé da escada eu por acreditar que fosse Edgar continuei a descer um pouco mais rápido e quando cheguei no final a figura saio das sombras meu espanto me deixou paralisada por alguns segundos um homem com rosto completamente desfigurado segurava um machado da mão,o monstro me encarou por alguns segundas e avançou pra cima de mim comecei a subir mas o monstro era rápido agarrou meu braço e me jogou escada abaixo quando senti o chão sob meu corpo uma dor tão profunda atravessou minha alma minha barriga estava quente não tive muito tempo de pensar a respeito o monstro rapidamente desceu e desferia golpes de machado contra mim correr por uma casa escura e desconhecida não é lá uma tarefa muito fácil e enquanto eu corria os moveis atrás de mim eram destruídos pelo monstro o machado parecia saber o que fazer e tirava tudo do seu caminho aparentemente queria o cominho livre pra me matar,tentei ir em direção a cozinha mas em meia a quase total escuridão não conseguia me mover com rapidez o suficiente para fugir então corri até a lareira que na parede havia um escudo e uma espada agarrei o escudo no exato momento em que o monstro me desferia um golpe com um machado que foi tão forte que fez o machado se espatifar em contato com escudo,o brusco golpe me jogou no chão onde farpas e partes do machado caíram também ao me chocar no chão uma dor física insuportável tomou meu corpo um pedaço de madeira havia sido cravada no meu abdômen,o monstro dessa vez sem machado se jogou em cima de mim e com as duas mãos tentava me estrangular sangrando e sem forças eu praticamente estava morta,minhas mãos não estavam em total acordo com isso tentei pegar pelo chão alguma coisa pra me livra dele e se pude pensar na dor que eu sentia então tirei o pedaço de madeira de dentro de mim e por deus não sei como tive essa fora mas cravei no pescoço do monstro,ele aos poucos foi perdendo as forças e caio ao meu lado,seus olhos tristes e melancólicos me fitavam e por fim ele disse “me desculpe Nancy eu não pude evitar” e morreu,aquilo tudo parecia demais pra mim se tiver mais monstros talvez eu não dure até amanhã,um suspiro antes de desmaiar.

Quando despertei novamente por uns instantes queria achar que tudo fosse um sonho mas ainda estava no mesmo lugar o corpo do monstro também,me pus de pé e percebi que havia perdido bastante sangue então fiz um compressa e só pensava em uma coisa sair da casa imediatamente,não sabia o quanto tempo eu estivera desacordada mas o jogo agora pouco importava eu só precisava sai.quando abri a porta e cheguei na varanda um sentimento de alivio e culpa fizeram eu para por um instante e pensar,eu não sabia o por quer mas sai parecia tão errado mas assim mesmo segui em frente até chegar no portão e perceber que as sereias da fonte haviam sumido e o pequeno lago que ficava ao fundo estava escuro e com uma fina nevoa sobre as águas,foi ai que um temor tomou conta de mim eu estava ouvindo o canto das sereias ..

”me entregue sua alma, e o seu coração um bom marinheiro não ama em vão ,tão frágil somos mas fortes seremos ,se te erguemos nós te derrubaremos”

A canção cortava como uma faca seu coração quando virou na direção do portão uma das sereias estava no chão seu rosto parcialmente enferrujado havia danificado um de seus olhos mas seus enormes dentes eram enormes e quando se deu conta as três estavam em sua volta rastejavam no chão e com suas garras tentavam arranhar suas pernas e sem perceber as sereias estavam empurrando cada vez mais pro lago e gritavam juntas sem parar “trapaceira volte,volte,trapaceira,volte,volte”,uma intensa ânsia tomava os gritos estavam distraindo do real mal, no fundo do lago alguma coisa se erguia das águas a principio parecia ser algas mas quando a nevoa ia se dissipando pode ver que era um enorme monstro de argila,o monstro do lago parecia se mover com uma certa lentidão isso me deu tempo de correr por entre as sereias onde uma delas me derrubou com a cauda mas rapidamente me recompus e corri até os fundos em busca de algum tipo de arma mas não tinha nada tentei voltar e me dei de cara com o mostro do lago fora da água sua velocidade era razoavelmente rápida ,a argila que ia saindo do seu pé fora engolindo toda a grama até chegar nos meus pés dificultando minha fuga ,a argila rapidamente se prendeu em minhas pernas me imobilizando enquanto o monstro se aproximava e cada passo dele minha morte ficava ainda mais evidenciada, e quando o monstro estava de ante de mim desferiu um golpe tão forte contra mim que meus pés se desprenderam da argila me jogando contra uma janela de volta pra dentro da casa ,meu corpo chocou se contra os escombros da luta anterior fazendo que eu me desorientasse rapidamente, me obriguei a ficar de pé e quando olhei pra fora o monstro preparava se para entrar na casa ,meu ferimento anterior começou a sangrar de novo e percebi um cheiro forte de óleo espalhado pelo chão mas de onde vinha então me dei conta que vinha das lamparinas que estavam quebradas ,então eu soube o que fazer ,por o monstro ser exageradamente grande estava com dificuldades de entrar e isso me deu uma boa vantagem,agarrei quantas lamparinas eu pode e despejei parte óleo no chão e uma boa parte no monstro,me afastei por um momento e quando estava em uma distancia segura joguei a ultima mas dessa vez acessa em cima do monstro que ardeu em chamas,ele gritava e se debatia em vão seu corpo foi se solidificando aos poucos e quando o monstro parou imóvel peguei a espada que estava na parede e cravei no coração do monstro que fez que se quebrasse em mil pedaços,bom eu não tinha escolha precisava terminar o jogo,se e fugisse seria casada do mesmo jeito,passei boa parte do tempo desacordada faltava pouco pro sol nascer eu só tinha que permanecer viva por mais algumas horas,eu simplesmente precisava ficar eu só não sabia ao certo porque.

Vesti uma capa de coragem e entrei novamente na casa presumi que voltar pro quarto onde eu estava seria o lugar mais seguro,ou pelo menos era o que me passava,cruzei a sala agora destruída ,era interessante com algumas horas era capaz de mudar as pessoas eu já subi as escadas me sentindo bem maus forte .ao chegar no quarto percebi que a porta estava trancada mas como isso era possível,tinha certeza que eu havia deixado aberta ,tentei abrir os demais quartos,todas trancadas,novamente pânico e desorientação estava no meio do corredor então a ultima estava aberta e havia uma luz acesa lá,quando entrei no quarto não havia ninguém apenas um monte de ursinhos de pelúcia espalhados pelo chão,aquela situação por si só era mais bizarra do que todo o resto e quando já havia decidido sair a porta se trancou e um choro começou a ecoar do armário,ao meu lado no criado mudo havia uma adaga,eu peguei a adaga e fui na direção do armário,bem eu já sabia o que fazer empunhei a adaga e de uma vez só abri o guarda roupa e quando me preparei para cravar a adaga eu vi que era apenas uma criança encolhida em um canto chorando sem parar meu corpo estremeceu , minha mão fraquejou e desceu não poderia fazer mal a uma criança e nesse intervalo de tempo me assustei com alguma coisa nas minhas costas me jogando no chão todos os ursinhos de uma vez pulavam em cima de mim e pareciam pesar toneladas cada eram muitos estavam me esmagando lentamente já não tinha mais tanto ar nos pulmões ,o garotinho lentamente se levantou do seu canto e veio na minha direção meu horror foi maio ao ver seu rosto suas pálpebras haviam sido removidas e sua boca estava costurada suas unhas eram grandes e afiadas com uma das mãos acariciou meu rosto enquanto a outra se afastava para me matar e no ato soltei um dos meus braços agarrei sua mão e o puxei ao meu encontro e quando ele caiu minha adaga estava bem no meio do seu pequeno coração .os ursinhos foram ficando leves,cada vez mais leves e eu por fim estava livre, me levantei e olhei pela janela parecia uma visão de surreal.

O sol se erguia além das árvores ,era dia eu havia vencido,estava viva!

A porta se abriu e do lado de fora um cartão “PAREBÉNS JOGADORA GANHASTES O DIREITO DE VIVER,VENHA ATÉ NA TORRE BUSCAR SEU PREMIO DEM ARMAS,SEM JOGOS APENAS A VERDADE SEJA FORTE”

Uma sensação de alivio me tomava,uma feroz vontade de viver me movia apenas isso mas eu ainda estava lá presa na maldita casa agora era uma mera formalidade eu havia ganhado estava viva e estava disposta a continuar assim.quando cheguei na torre Edgar Usher estava de pé me esperando me parabenizou e disse que eu estava livre viva e segura ,e que talvez eu não compreendesse mas estava plenamente livre,tomei um grande susto ao perceber que os corpos dos três monstros estavam deitados do chão,ao perceber meu medo Edgar me pediu calma que agora eles não me machucariam e que eu olhasse mais atentamente e quando olhei para seus rostos repulsivos percebi que eles usavam mascaras então Edgar se aproximou e puxou a mascar de cada um deles e nesse momento eu queria estar tão morta quanto eles os monstros na verdade eram meus pais e meu irmão,eu estremeci ao perceber o que eu fiz então cai junto ao seu corpo e chorei a morte da minha família , a família que eu havia acabado de matar.

Edgar me arrancou de cima dos corpos deles e tentava me tirar do quarto eu o empurrei implorei o porque disso, então ele me disse que por mais que eu chorasse e lutasse eu sabia melhor que ninguém o porque,a verdade e que eu estava esgotada cansada de toda aquela miséria e toda aquela morte,eu só queria que simplesmente acabasse logo,ele de certa forma mentiu pra mim não haviam remédios para a doença, não havia porque não havia cura ele só precisava me tirar de casa aquela noite porque foi naquela noite que a vila foi incendiada e o fato de eu mesma matar meus pais seria mais interessante era só a parte divertida do jogo,ele me pegou pelos braços e disse que eu podia fazer qualquer coisa,ir para qualquer lugar ser em fim livre como eu pedi pra ser mesmo secretamente.

Minha cabeça girava eu queria desesperadamente acabar com tudo e com todos que me faziam sofrer,fingi um falso controle esbocei um falso sorriso e deixei que ele me guiasse até a saída, tudo iria acabar e aquela casa maldita iria cair e Nancy já sabia como,e iria terminar onde tudo começou. na topo da escada onde o horror ganhou forma Nancy agarrou a gola da camisa de Edgar Usher e o jogou da escada e quando ele atingiu o chão tentou rastejar mas foi impedido pela espada que fora cravada em suas costas o prendendo no chão ,imóvel sangrando sem para logo morreria mas não ia ser pela lamina ia ser pelo fogo,Nancy despejou todo o óleo que encontrou na casa e o espalhou por todo o lugar Edgar ainda estava vivo sem dizer absolutamente nada ela tirou sua capa vermelha colocou uma mascara que estava na estante da sala e como se fosse a mascara da morte escarlate ateou fogo em toda casa do lado de fora fitou a cara rachar no meio e tombar e o fogo consumiu o que ainda estava de pé mas ainda não havia acabado do outro lado da muralha havia um rei vaidoso que dava luxuosas festas enquanto seu povo adoecia Nancy colocou sua mascara cobriu se com capa decidida a levar a morte em forma de doença direto para o rei.

A mascara da morte escarlate,.,

A queda da casa Usher é um prelúdio de um conto já postado que se chama “o pesadelo de Nancy”

JOSEFF GRIMM
Enviado por JOSEFF GRIMM em 24/04/2015
Código do texto: T5219034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.