SLENDER MAN [MATT 6/4]

Primeiramente, gostaria de dizer o quanto estou feliz por atingir as 15.000 leituras, Obrigado a todos.

Esse episódio foi inspirado na lenda do Slender, que todo mundo já deve conhecer. Desfrutem dele e deixe-me o seu comentário!

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MATT: O CAÇADOR DE LENDAS

6ª TEMPORADA

EPISÓDIO 04

DREW

Abri meus olhos, e só consegui enxergar uma névoa espessa na atmosfera, o sol estava se ponto ao longe lançando seu brilho alaranjado por trás de toda a branquidão, foi quando ouvi um barulho irritante, algo rolando, logo vi um soldado com um carro de mão, que era a fonte de todo aquele barulho, quando sua proximidade nos permitiu enxergar pude perceber do que se tratava, o corpo da pequena Lily estava ali exposto, na verdade, pedaços dela, os membros separados, a única coisa que ainda parecia sólida era seu tronco, mas ela já cheirava a putrefação.

Engoli em seco, mas ouvi o som de engasgo de alguém, olhei para os lados até onde pude e vi mais três estacas, cada uma continha um homem atado pelas mãos e pés, todos despidos, assim como eu.

O mais jovem estava vomitando, ele era magricelo e muito pálido, ainda assim possuía uma beleza única, mas estava definhando.

Olhei para trás e tudo que vi foi uma muralha de pedras, lágrimas quentes corriam por meu rosto, o soldado com uma máscara cobrindo boca e nariz seguiu seu rumo, sumindo na névoa, levou o corpo da pequena para ninguém sabe onde.

Foi quando outra silhueta se moveu e apareceu por entre a névoa. Era o general, seu uniforme possuía uma capa mais longa que o dos soldados. Ele manteve uma expressão série e quase sem demonstrar qualquer emoção, começou a falar de forma dura e no meu idioma perfeito.

— Logo anoitecerá. Algo os espera assim que escurecer, como já notaram, não dá para escapar, apenas um terá essa honra. Vocês devem se soltar e procurar as quatro páginas, pois Ele só deixará vivo aquele que as possuir. Esse sortudo deverá estar aqui ao amanhecer e será levado de volta, mas se não possuir as quatro páginas, será mantido para a morte no bosque.

O general foi bem claro e nos deu as costas, sumindo da mesma forma que apareceu. Fiquei absorto em pensamentos e sensações, suas palavras ainda que confusas despertaram um medo aterrador, se eles eram capazes de fazer tudo o que fizeram com Lily, seriam capazes de qualquer coisa...

E eu era a cobaia dessa vez.

Não sabia do que o General estava falando, mas sentia que era perigoso. Então percebi que dessa vez eu não tinha Matt para contar vantagem, teria que me virar. Estava de braços e pés atados, a única coisa que me mantinha em pé na estaca era uma pequena tábua que fora colocada ali propositalmente pronta para quebrar e nos fazer ficar pendurados pelos braços.

Mal conseguia me mover.

Senti o desespero dos outros três, os outros dois além do jovem que vomitou eram mais velhos, um deles tinha um aspecto selvagem, possuía mais presas que o normal, cabelo e barba de homem das cavernas e não falava, apenas urrava.

Percebi logo que ele seria problema, ele começou a se debater e conseguiu soltar os pés, causando ainda mais desespero nos outros. Se apenas um de nós poderia estar com as oito folhas ao amanhecer, teríamos que matar uns aos outros.

Uma chuva começou a cair levemente e a neblina já não era tanta, mas logo a escuridão cairia e a visão não seria muito boa no bosque. O garoto jovem conseguiu soltar os pés e me olhou assustado, nervoso e surpreso, eu o encorajei com o olhar e ele continuou a se debater, o homem selvagem agora mordia a corda que prendia seus pulsos, logo elas cessariam.

O outro homem soltou primeiro as mãos e por falta de apoio, acabou caindo para trás de mal jeito, desmaiou.

Mais uma queda brusca ao chão, o garoto do vômito se soltou completamente. Fechei os olhos e me preparei para morrer, mas ele veio na minha direção e começou a tentar soltar as cordas que prendiam ali como um espantalho, só que de mãos pro céu.

— Mas você tem que me matar! — Eu falei, me sentindo um total idiota no minuto seguinte.

— Ande logo. — Ele disse olhando para o lado com medo de que o selvagem se soltasse.

Quando finalmente as cordas que me prendiam cederam, ele me manteve de pé para que eu não caísse de mal jeito como o outro lá ou ele mesmo, vi uma tatuagem em seu ombro, Damien, esse era seu nome.

— Damien... — Logo percebi um ferimento em seu ombro, havia caído de mal jeito também. — Seu ombro parece deslocado. — Falo assustado.

— Não temos tempo, corra! — Ele grita e ao ver o selvagem soltando-se das mordaças entrei em desespero.

Apesar de magro, ele era forte. Sua mão firme se entrelaçou à minha e me puxou para dentro da floresta, onde já estava escuro. Corremos com toda pressa do mundo e paramos diante de uma árvore grande, seu tronco nos chamou atenção, numa altura de dois metros e meio estava raspado e continha a primeira página presa por um dardo.

— Vamos logo! — Ele gritou, já se abaixando para que eu subisse em suas costas, eu pisei em seus ombros e ele se ergueu, me levando à altura da página.

A alcancei, mas havia sido posta ali com muita força, o dardo não queria

soltar. Damien gritou novamente me apressando.

— Não consigo... — Reclamei, mas continuei forçando, até soltar-lhe bruscamente, despencando de costas e levando ele comigo na queda.

Senti uma vibração na atmosfera, uma presença maligna que emanava horror e confusão, estava se aproximando, fazendo meu corpo arrepiar-se como acontecia sempre que algum ruim estava prestes a se suceder.

A presença de algo que definitivamente não era uma pessoa.

Segurei a página como se fosse um tesouro enquanto me recompunha.

— Corre! — Damien gritou ao ver algo atrás de mim.

Olhei para trás e o vi ao longe, parecia um vulto negro e ao mesmo uma pessoa muito elegante, muito alto e esguio, seus braços arrastavam no chão, ele era pálido e não tinha rosto.

A mão de Damien mais uma vez puxou-me com força para fora do transe, e mesmo com as costas protestando de dor, já estava correndo sem parar, pulando raízes, pisando em pedras, desviando de galhos e árvores, tudo muito rápido.

— O que era aquilo? — Perguntei num murmúrio apressado.

— Corra, não se distraia. — Damien respondeu, ainda segurado em minha mão.

— O que era? — Insisti.

— Slender Man. — Respondeu finalmente.

Uma pedra atingiu minha perna e eu caí deitado no chão coberto de folhas secas, lama e musgo.

Damien se virou para olhar o que me derrubo e correu pulando por cima de mim, com uma agilidade sobrenatural, virei-me e o vi avançando em outro homem, era o que havia desmaiado. Ele possuía uma página, logo percebi que a minha ainda estava intacta e agradei ao quer que esteja lá em cima, por não tê-la sujado.

Perdê-la seria pior que estar pelado numa floresta escura.

— Pegue e corra. — Damien gritou, jogando a página dele para mim.

A peguei no ar e a lua brilhou mais forte nesse instante, foi quando vi o brilho refletido nas costas de Damien, ele possuía uma cicatriz imensa em forma de V.

— Corra seu idiota, o que está esperando? — Ele perguntou irritado e levou um soco no rosto por se distrair comigo.

— E você?

— Eu te encontro. — Respondeu seguro de si e voltou a bater no homem.

Obedeci. Agora com dor na panturrilha, corri disparado, sentia o sangue escorrendo onde a pedra bateu, mas não podia parar, virei à esquerda e direita várias vezes até meus joelhos queimarem e eu não aguentar.

Só havia árvores, arbustos, um riacho, qual eu não podia entrar para não danificar as páginas, e pedras grandes, algumas maiores que eu.

Optei por me esconder atrás de uma delas, a menos óbvia, corri para trás e me deitei no chão gelado úmido, ali ninguém me encontraria.

Segurei as duas páginas como se fossem o maior tesouro do mundo.

Como eu as manteria perfeitas sem ter ao menos um bolso para guardá-las?

Orei para que tudo estivesse legível ainda quando o sol nascesse, para que eu pudesse lê-las.

Um estalo em algum lugar ao redor fez meu coração descompassar, pensei que era o Slender, talvez até fosse, mas ao olhar para o lado vi que uma píton reticulada grossa como a minha coxa e enorme subia encostando seu corpo gélido no meu, mas senti que se eu ficasse quieto, teria uma chance de sobreviver.

Fechei os olhos com força e mordi o lábio enquanto sentia ela deslizar em mim, quando criei coragem para abri-los tive um susto maior ainda, o homem selvagem estava parado observando os movimentos da grande serpente, que se encolheu e pegou um impulso parar dar-lhe um bote, mas ele se jogou sobre ela antes disso, com uma pedra empunhada na mão, dando golpes nela, que se enrolava em seu corpo.

— As páginas! — Ele gritou com um tom gutural quase indecifrável, então abriu bem sua boca e fincou suas presas na aberração.

Naquele momento tive a certeza de que ele faria qualquer coisa para ter as páginas, era disso que se tratava: matar ou morrer.

Em minha cabeça, foi como se Damien gritasse para eu correr “Anda logo! O que está esperando seu idiota?”, e antes de me perguntar se ele havia mesmo gritado ou se era minha imaginação, já estava correndo novamente pela floresta, não ia esperar minha morte chegar, e se aquele selvagem escapasse do animal, certamente ela chegaria.

As ondas sonoras que vibravam voltaram enquanto eu corria, era o Slender, e estava bem atrás de mim, olhei para trás e nada vi, mas podia jurar que ele estava a um passo de me alcançar.

Quando olhei para frente, colidi bruscamente com um corpo e caí na lama, entrei em pânico, mas as páginas estavam intactas, ofeguei, não consegui encontrar minha respiração, era como se não tivesse pulmões, estava entrando em colapso, não conseguia pensar em nada, me debati na lama, sentindo um frio absurdo e mortal, uma presença muito forte invadiu o espaço.

Era a pessoa que colidiu comigo, abri os olhos e vi que se tratava de Damien, mas ainda assim não conseguia encontrar minha respiração. Estava chegando ao ápice, estava prestes a perder a consciência quando Damien se aproximou gradativamente, ele conteve minhas mãos e encostou seus lábios nos meus.

Damien me beijou.

Como uma luz no fim do túnel, consegui me concentrar e sentir meu oxigênio, sentir a atmosfera, consegui respirar. Ele me largou e eu resfoleguei exageradamente alto.

— Eu podia jurar que ele estava bem atrás de mim! — Justifiquei.

— É isso que ele faz, ele confunde a mente das pessoas. — Damien esclareceu.

Sentei-me, estava imundo e morrendo de frio.

— Temos duas páginas, aquele selvagem deve estar morto agora, havia uma cobra imensa...

— Nada disso importa. Precisamos estar focados no objetivo, só mais duas páginas, só isso. — Ele me interrompeu com um olhar obcecado.

Já devia ser meia-noite, pois o tempo voa quando não se tem tempo.

Não sabíamos se era seguro, mas subimos em uma árvore alta e nos apoiamos em galhos. Não sabia como ia ser depois que conseguíssemos as outras páginas, afinal o general havia sido bem claro. Apenas um sobreviverá. E nós nos afeiçoamos, como poderíamos matar um ao outro?

— Por que fez aquilo? — Perguntei envergonhado, estava curioso e se eu morresse ao amanhecer, pelo menos eu havia tirado a dúvida.

— Você precisava. — Justificou.

— De um beijo? — Perguntei confuso.

— De algo que fosse chocante o suficiente para te tirar do ataque de pânico. — Explicou com a voz firme, mas eu sentia que ele estava mentindo.

Abri a boca para fazer mais uma pergunta, mas ele interrompeu.

— Foco. — Disse seriamente e eu assenti em concordância.

O vento frio soprou fazendo os galhos balançarem, quase caí, mas Damien me segurou novamente com sua mão poderosa. Havia esquecido que estávamos sem roupa, mas o vento deixou isso bem claro, fazendo eu me arrepiar dos pés à cabeça.

Um barulho entre os arbustos ecoou e trouxe consigo um desespero, o Slender estava muito perto, se não estava pela terra, estava pelas árvores próximas, podia sentir em cada nervo do meu corpo sua presença.

— Vamos! — Gritei exageradamente alto e pulei da árvore sem pensar em nada mais, na queda acabei puxando Damien comigo.

— Você está louco? Que droga, acho que torci o pé. — Ele disse e arfou ao tentar ficar de pé.

Senti minhas costas protestarem quando levantei, mas não podia parar.

— Temos que ir. — Falei e mesmo sentindo dor, o agarrei pela cintura e comecei a correr arrastando-o comigo mato à dentro, mas Damien se desvencilhou de mim.

— Pare, está doendo! Ele só está manipulando você. — Protestou, enquanto massageava o pé.

— E como vou saber se...

Naquele momento eu senti aquela vibração inconfundível se alastrar por todos os lados, então eu o vi. Alto como um poste, pálido como neve, seus braços arrastavam no chão e de suas costas algo parecido com tentáculos se moviam, ele continuava sem face, inexpressivo, mas nem precisava, eu sentia o perigo.

— Corre! — Damien me cutucou e eu obedeci.

Arrastei-o floresta adentro, segurando as duas páginas, já um pouco sujas, com muita força, mal enxergava cinco metros à frente, mas minha vida dependia daquilo, eu tinha que sobreviver.

Enquanto rastejava com Damien sentia que estava cada vez mais próximo da morte, foi quando vi um brilho irregular ao longe, andamos em sua direção e percebi que havia um lago escuro, um manto negro sob a luz do luar, mas lá no centro estava uma vela, a luz que eu vi, uma vela sobre uma estaca, iluminando a terceira páginas que só podia ser pega por alguém corajoso o bastante para enfrentar a água.

— Eu não posso com meu tornozelo machucado. — Damien disse. Tive medo, mas enfrentei.

Deixei as duas páginas em suas mãos, ele ficou na margem. Talvez ele fosse um idiota que estava me usando para conseguir as páginas e me matar depois, mas mesmo assim, eu não tinha escolha. Sem ele eu já teria morrido.

Pisei na margem lamacenta, a água era gelada, me deixando ainda mais hesitante. A vibração havia sumido, mas podia reaparecer a qualquer momento, então mergulhei e peguei impulso para o centro do lago, que apesar de ser muito profundo, não era muito extenso.

Alcançar a estaca, apesar do frio de congelar, não foi tão difícil, mas o problema era justamente a volta. Não havia como retornar à margem com a página na mão. Não a menos que eu tivesse uma boia, mas não tinha. Se tentasse acabaria molhando e danificando, já devia estar úmida.

Lembrei então que eu já havia sido bom em fazer aviõezinhos de papel na infância e nem pensei duas vezes. Me agarrei à estaca com as pernas e dobrei a folha até que ela tomasse a forma de um avião.

— Damien, por favor, esse modelo de avião não aterrissa facilmente, não tem perigo dele cair na água, mas você pode perdê-lo de vista facilmente, então por favor pegue para que eu possa voltar.

— Vou tentar. — Respondeu aflito.

Com a mão trêmula, arremessei o aviãozinho, que fez como eu esperava, sobrevoou a água e caiu em algum lugar na margem. Então o silêncio reinou.

— Fuja Drew, fuja pelo lado oposto! Se não nos vermos, me ache no portão, haverá um sinal. Estarei lá à sua espera. — Damien gritou de algum lugar na escuridão e logo mais nada pôde ser ouvido.

Nunca senti tanto medo em toda minha vida!

Olhe para a fraca chama da vela que lançava reflexos na água, onde vi o que pareceu ser olhos observando atentamente meus passos e assim que me dei conta disto peguei impulso na estaca e nadei o mais depressa que pude, foi como se nunca chegasse ao lado oposto, quando alcancei a margem repleta de lama e folhas mortas senti algo segurar meu pé, como uma mão, só que mil vezes mais forte, o chutei e corri para fora.

Seja lá o que for, esse lugar não tem nada de normal. Corri por entre folhas ao chão, muito úmidas e escorregadias, não tinha mais uma página sequer, apenas o medo como companheiro.

E os passos me perseguindo.

Passei por algumas árvores e avistei um tronco velho ao chão perto de algumas pedras, não era exatamente limpo, mas podia funcionar como esconderijo, caso estivesse oco por dentro.

Olhei para trás e não vi nada além das árvores, gralhas no céu e a escuridão, me joguei dentro do tronco apertado, repleto de musgo e quem sabe lá mais o quê. Engoli em seco e esperei que o tempo passasse, pareceu uma eternidade, mas sem um relógio, não havia como saber. Senti o cansaço querendo tomar conta, estava quase dormindo quando ouvi passos ao redor.

Prendi a respiração e fiquei ainda mais imóvel, mas alguém segurou meus pés e eu comecei a chutar para me livrar, algo me mordeu na perna e eu urrei de dor, dando um chute com força no quer que fosse aquilo, comecei a fugir pela outra ponta do tronco quando seguraram meus braços e praticamente me puxaram para o lado de fora.

Percebi então que o dia já dava indícios que querer surgir, o céu estava começando levemente a clarear. O tempo estava acabando e eu provavelmente morreria.

Um golpe certeiro me tirou da distração, era o selvagem, ele havia mordido minha perna e me puxado para fora, tinha uma página dobrada em uma espécie de cordão que a prendia em seu braço esquerdo. Me debati e o chutei, mas ele era forte demais.

Mais um golpe e eu desmaiaria para depois morrer.

Então lembrei de Matt, ele sempre se safava. Chutei a virilha exposta e cabeluda do selvagem, que caiu para o lado. Se era matar ou morrer, eu definitivamente não queria morrer. Peguei uma pedra no chão, grande o bastante para servir de arma e a joguei em sua testa, deixando-o desacordado instantaneamente.

Se havia morrido eu não sei, mas eu precisava da página. A tirei com cuidado para não rasurar e corri na direção do lago novamente. Não havia sinal algum, e uma brisa matinal soprou em meu pescoço, trazendo vibrações, os Slender voltara novamente.

Pus-me a correr e enquanto tropeçava em raízes, com uma página na mão, vi a fumaça, algo estava queimando.

O sinal!

Corri o mais depressa que pude sem olhar para trás, sentia que seria pego a qualquer momento por aqueles tentáculos, mas comecei a reconhecer o lugar onde eu estava. Cada vez mais próximo da clareira e rapidamente avistei as estacas, o muro e o portão. Não havia Damien, ele teria me enganado? Tudo era possível, mas algo me dizia que ele não faria isso.

Logo vi as páginas enfincadas em uma estaca, três delas e uma pena negra que furava as três, segurando-as. Não sabia o que aquilo significava, mas quando olhei para o céu avistei uma ave muito grande ao longe, não parecia uma ave, parecia na verdade um anjo, um homem alado, mas logo se sumiu nas nuvens.

O portão foi aberto e lá estava eu com quatro páginas, fatigado e com uma mordida na panturrilha, que muito provavelmente infeccionaria.

— Sobrevivi. — Falei com um sorriso de psicopata e desabei no chão sem forças.

CONTINUA...

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 11/05/2015
Reeditado em 11/05/2015
Código do texto: T5237851
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