NÃO LEIA!

NÃO LEIA

Se você está lendo este bilhete, quer dizer que você não obedeceu ao aviso, e sua vida corre grande perigo, pois ele agora passou para você. Suas únicas chances, são passa-lo adiante ou morrer e deixar que ele escolha seu próximo hospedeiro. Não tente pedir socorro, ele não o deixará conseguir ajuda... Ao ler está mensagem você renunciou a toda sua esperança e seu livre-arbítrio, suas escolhas e seu destino agora jazem nas mãos dele.

Daniel...

O bilhete estava jogado sobre minha carteira, a mesma que eu sento todos os dias na escola, fiquei desconfiado já que não era um garoto popular e alguns colegas gostavam de me pregar peças...

Contudo, ao aproximar-se mais notei algo bem peculiar, o papel estava parcialmente rasgado e nas bordas haviam sinais de sangue, pequenas manchinhas. Não sei bem como descrever isso, mas quando cheguei perto daquilo, senti um arrepio tão forte, mais tão forte que me congelou a espinha, era como se algo ruim fosse acontecer.

Coloquei minha mochila no chão, longe da carteira...

Eram seis e cinquenta da manhã, faltavam em torno de dez minutos para que o pessoal começasse a chegar...

Estranhamente uma das janelas da sala estavam fechadas, o que era incomum pois eu era o primeiro a chegar na sala e abrir as janelas todos os dias, nem mesmos os empregados abriam.

Enfim, tomei coragem e peguei o papel, no mesmo segundo que o examinei, encontrei um aviso enorme fechando-o, – Não Abra!...

Pensei:

– Mais que merda é essa?

O papel não era qualquer um, parecia mais um tipo de pano fino e bem resistente, por um momento pensei ser feito de carne humana, mas...

– Não, impossível!!!

Após examina-lo por inteiro, fui tomado por uma curiosidade fulminante, queria saber de qualquer jeito o que havia lá dentro...

Então abri o lacre...

– Puta merda, é melhor não! – Pensei, fazendo completamente o contrário.

Quando estava prestes a abrir...

– E ai Daniel, o que isso ai?

Jake chegou na mesma hora.

– Nada cara... Sabe, é só bobagens.

Aquela curiosidade me comeu vivo durante toda a aula, só imaginando o que poderia haver ali dentro...

Quando cheguei em casa fui ligeiro procurar o papel em minha bolsa. Mas...

– O que! Eu tinha deixado ele bem aqui!

Foi quando lembrei, Jake se interessou muito por aquilo...

Corri na casa de Jake, mas sua mãe não sabia onde ele estava, pelo contrário já faziam três horas que era para ele ter chegado... Cristina estava aflita quase ligando para a polícia.

Em uma paranoia devaneadora, voltei a escola...

E então eu ouvi:

– Socorro! Por favor alguém me ajude... Não...

– Jake...

– É você Jake, onde está...

Lembro-me que ao virar o corredor da quarta sala ao lado da minha, vi uma sombra enorme evadir-se sobre a parede, e então um jato de sangue espirrou por quase todo o chão...

O sangue chegou até o meu pé, fiquei paralisado de medo... dois olhos vermelhos brilhantes voltaram-se ao meu lado, então eu fechei os olhos...

Contei...

– 1.

– 2.

– 3.

Abri os olhos e misteriosamente não havia mais sangue em lugar algum...

Meu pé esbarrou em algo...

– O que é isso?

Olhei atentamente e reparei... ERA O BILHETE...

Novamente, mesmo morrendo de medo, não consegui evitar... peguei aquele pedaço de não sei o que, e fugi o mais rápido que pude...

No outro dia, achando que aquilo era apenas um sonho, fui para a escola, mas infelizmente Jake faltou, ou pelo menos não vi ele em lugar nenhum. Depois de um mês sem velo, procurei na lista de chamada e seu nome não estava lá, então fui até a casa de seus pais e descobri que ninguém morava mais naquela residência.

Por apenas um momento, um fleche veio na minha mente, a alguns dias quando eu achei novamente o bilhete, no verso dele estava escrito um nome, no início eu não entendi, mas agora... [– ekaj.]

Vinícius N Neto
Enviado por Vinícius N Neto em 17/06/2015
Código do texto: T5280787
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