cartas de uma detenta - 01
Olá queridos! Quero que leiam atentamente essa primeira carta, porque ela nada mais é que um negro retrato de minha vida.
Sou Melissa, 45 anos, e estou em um presídio secreto de uma superpotência mundial.
Vocês devem estar sorrindo aí, mas não me importo, para falar a verdade, as opiniões de vocês são insignificantes. devem estar questionando, porque essa idiota está aqui escrevendo então?
Simples, vocês querendo ou não, vão começar a me idolatrar, como se eu fosse uma estrela de cinema.
Narrarei em partes, para que vocês compreendam bem.
Agora vamos ao ponto.
Eu tinha seis anos quando meu pai começou a me molestar. Sim, o desgraçado invadia meu quarto, arrancava minhas roupas e me usava como se eu fosse um objeto qualquer.
Minha querida mamãe sempre fez vista grossa para tudo e eu vi minha inocência de criança morrer como folhas secas de outono.
Passei a me isolar e me tornei bem antissocial, até que um dia ouvi uma voz que sinceramente não sei de onde veio.
mas o fato é que disse algo como:
Querida, você pode mudar tudo isso, desperte todo o mal que há em você. Não se sinta vítima, deixe sair todo o ódio que existe nesse mundo quando seu pai lhe tocar.
Não sei porque não tive medo da voz, que por sinal era bem bonita.
Fiquei pensativa e me tranquei no quarto e só saí para jantar.
Assim que fui me deitar, fiquei rememorando aquele conselho e caí em sono profundo.
Acordei com aquele cheiro insuportável de bebida barata, e as mãos asquerosas arrancando meu pijama.
Dessa vez juro que não tive medo, apenas uma raiva indescritível começou a tomar conta de mim, e não tentei reprimi-la.
foi nesse momento que empurrei meu adorável papai, e ele foi arremessado para longe.
Fiquei sem saber de onde vinha tanta força, afinal eu era praticamente desnutrida.
Corri como um raio para a cozinha e peguei o facão que ele mesmo exibia garboso quando ia para a rua, e voltei ao quarto. Ele já estava de pé e veio para cima de mim como um animal faminto.
Juro a vocês que não me apavorei, apenas desviei do soco que vinha em minha direção e passei correndo por baixo de suas pernas, cravando-lhe a faca nas costas com toda a força que tinha.
Ele berrou como um monstro, e eu dei aquela gargalhada gostosa que só as crianças conseguem dar. puxei a faca com habilidade e fiquei hipnotizada por
puxei a faca com habilidade e fiquei hipnotizada por aquele vermelho reluzente.
E como era lindo!
Ele se jogou no chão gritando, e eu pulei em cima de seu peito, e aí sim, coloquei a faca na garganta dele e a enterrei com a mesma piedade com que ele enterrava outra coisa em mim.
Lembro-me de ter perguntado se ele estava gostando, mas ele não quis responder.
Será por queê?
Então me levantei com aquela arma cheia de líquido vital, e minha mãe entrou no quarto assustada.
Eu a olhei e perguntei: O que foi querida mamãe!
Não conseguia entender de onde vinha tanta coragem, tanta força, tanta alegria!
Saltei o mais alto que pude e me pendurei em seu pescoço.
ela tentou me empurrar, claro, mas segurei firme e mordi seu nariz como um cachorro, e um pedaço foi arrancado.
Cuspi aquilo, peguei a faca e enfiei em seu estômago.
A vaca gritou bem alto, e aquilo irritou meus ouvidos e senti ainda mais ódio.
Comecei perfurá-la por toda parte, e a sorrir alucinadamente.
Era lindo ver como aquela retardada se desfigurava e morria dolorosamente.
Parei de atacá-la e fui me acalmando, e aquela voz então regressou:
"Estou orgulhoso de você pequena!"
Fiquei super contente com esse elogio, que jamais seria ouvido da boca de meus pais, e lambi meus dedos para tirar aquela coisa que eu tanto me afeiçoava. Estava bebendo sangue de meus pais, e isso era incrível!
Estava bebendo sangue de meus pais, e isso era incrível!
Foi aí que ouvi batidas na porta...