Sombra – Ato VIII
 
Capítulo 15 – Tártaro
 
   Charlie demonstrou todo o poder das Luvas, mas nem tudo eram boas notícias. Depois do jantar ele nos contou sobre o próximo instrumento, a Armadura, que está no tártaro.
-Como assim? – questionou Jacob.
-O lugar para onde todas as almas sem destino vão. – Sam o encarou até que entendesse.
-Desculpe, mas eu ainda não entendi.
-Qualquer alma que tenha sido tão cruel a ponto de não merecer um lugar no inferno. – respondeu Thomas.
   Liam decidiu quem deveria ir, fiquei feliz e surpreso por ele me escolher junto de Charlie, Thomas e Jacob. Charlô parecia preocupada e assim que ficamos a sós ela demonstrou isso.
-O que ele está querendo?
-Ajuda?
-Me poupe idiota, ele se acha o mais forte aqui, ele quer te testar.
-Por que acha isso?
-Bom, tenho meus instintos.
-Tudo bem, vou ficar de olho.
-Elliot! – ouvi Liam me chamar. – Preciso de um favor seu. – completou.
-Do que precisa?
-De minha lança de volta.
-Mas. Eu não sei como extraí-la da espada.
-Bom, felizmente eu sei. – respondeu em certo sarcasmo.
   O acompanhei até a biblioteca onde logo descobri que havia uma porta secreta, descemos as escadas até a entrada de um cofre.
-É aqui que guardamos algumas coisas especiais.
-Como? – perguntei.
-Espere um pouco, não quero estragar a surpresa.
   A primeira coisa que chamou minha atenção foi uma foice, com algumas marcas estranhas entalhadas em seu cabo, Liam então explicou que se tratava da foice da própria morte.
-Está brincando não é?
-Não, a Lança que você destruiu era de Destino, um dos cinco seres antigos, temos a Foice da morte, o Relógio do tempo, a razão e este livro.
-O que ele faz?
-Cria tudo que eu escrever nele real.
-Só o que você escrever?
-Bom. Quem o possuir na verdade.
   Liam pegou uma pena que estava próxima do livro e começou a desenhar um pequeno bastão nele, só consegui entender alguns segundos depois. Ele estava desenhando detalhadamente a Lança de Destino.
-Tem certeza que vai funcionar?
-Vamos ver.
   De repente a espada apareceu em minha mão e começou a brilhar, igual aquela tarde onde lutei com Liam.
-O que está acontecendo?
-Acho que está funcionando. – respondeu ele.
   O brilho fez com que eu fechasse os olhos e logo em seguida Liam estava ali, de pé segurando a Lança novamente. A espada desapareceu.
-Pronto, agora podemos ir para o tártaro. – disse ele.
-Por que precisava tanto dela de volta? – perguntei.
-Não sei, gosto dela, assim como você deve gostar dessa sua espada.
-Se você diz. – respondi.
   Nos reunimos com Charlie e Thomas na sala de estar, todos pareciam com certo receito de ir ao tártaro. O que me fazia pensar se precisávamos mesmo ir até lá, afinal era o lugar mais seguro e mais perigoso que poderia existir.
Ato VIII

Fim

  

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 06/04/2016
Reeditado em 05/05/2016
Código do texto: T5597242
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