Sombra – Ato IX
Capítulo 3 – A Fraqueza da Morte
Capítulo 3 – A Fraqueza da Morte
Muito se falou sobre o tártaro nos dias que se seguiram, mas era óbvio que perguntas e mais perguntas sobrecarregavam Catherine. Jacob e Charlô estavam se enturmando e Kevin havia viajado para a Irlanda com Bryan.
Restou para mim tentar descobrir o máximo que podia sobre cada amigo de Liam.
-Por que você não me dá um pouco de atenção? – Charlô sussurrou perto da porta do quarto.
-Desculpe, ando muito preocupado ultimamente. – respondi.
-Com o quê? Você não faz nada a três dias, mal nos vimos desde que você voltou e agora quer me dizer que está preocupado? Me poupe.
Ela se aproximou e me abraçou forte, parecia que sua raiva diminuía a cada segundo. Me sentei na cama e ficamos nos olhando.
-O que foi? – perguntou ela.
-Você é linda.
-Sério? Nossa, muito obrigada! – ela fazia questão de ironizar cada palavra.
-Desculpe. Só queria tentar te agradar.
-Não vai ser assim que vai conseguir.
Thomas deu dois toques na porta e me chamou.
-Vai, eu vou dormir um pouco. – Charlô se deitou na cama.
-Está bem, volto logo para não agradá-la.
-Definitivamente você é um péssimo piadista.
Acompanhei Thomas até a biblioteca, lá já estavam Liam, Charlie, Sam e Catherine. Me sentei ao lado de Sam e Liam começou a falar.
-Boa tarde. Creio que estamos aqui para discutir o que podemos fazer agora, fico muito feliz que Catherine retornou a nós, mas sabemos que o mal ainda está por ai e pronto para nos atacar.
-Sabemos onde estão quatro ferramentas, possuímos três. De certa forma ainda estamos na frente. – respondeu Charlie.
-Em teoria sim, mas a armadura é muito perigosa e junta da Morte o torna indestrutível. – Thomas argumentou.
-Se a Morte estava preso no Tártaro como ela conseguiu escapar tão facilmente? – perguntei.
-Não sei exatamente, mas creio que a armadura tenha lhe dado a força necessária para fugir de lá. – respondeu Catherine.
-Bom, precisamos saber o que fazer agora. – Charlie se levantou. – Encontrar o restante seria muito bom, pelo que percebemos cada uma das ferramentas escolhe seu "dono". – completou.
-Então a armadura ela escolheu a Morte para ser sua dona? – perguntei.
-Não. – Catherine respondeu. – Ela escolheu a mim. – todos os olhares se voltaram a ela.