Sombra – Ato IX
 
Capítulo 4 – O Arco
 
   Estava caminhando pela floresta logo ao lado da casa, queria aproveitar a tranquilidade daquele lugar. Mas depois de alguns minutos avistei Lauren um pouco mais ao fundo daquele lugar.
   Ela não parecia se preocupar em ser observada e continuava caminhando, tentei ser discreto mas logo a chamei.
-Olá. – anunciei.
   Lauren não me ouviu ou simplesmente estava focada demais para isso. Continuei seguindo-a até que parou perto de uma enorme árvore. Permaneci escondido espiando como podia.
-Eu sei que você está ai Elliot. Por quê me seguiu?
-Bom, eu estava aqui e vi você sozinha, queria saber onde estava indo.
-Nem eu mesma sei, estou procurando alguma coisa. – ela se inclinou e colocou as mãos na árvore. – algo está me chamando. – completou.
   Senti uma vibração em minha cintura era a espada se manifestado, então percebi que se tratava de mais uma arma que se revelava. Lauren retirou um Arco dourado de dentro do tronco da árvore.
-O que é isso? – ela perguntou.
-O Arco do Infinito. – respondi mesmo sem ter absoluta certeza.
   Ouvimos alguns gritos vindos da mansão e voltamos correndo pela floresta, no campo Liam, Charlie e Thomas estavam de frente a Morte.
-Considera mesmo a hipótese de ter alguma chance contra mim? – Morte tentava intimidá-los.
-Sempre teremos, juntos. – respondeu Liam.
-Não, eu me certifiquei de tudo, seu amigo preso no Tártaro e Derek no céu, que ajuda você poderia ter. Tenho a armadura, nenhuma de suas armas pode me ferir.
-Ela não é sua, você sabe disso, nem mesmo esta Foice lhe pertence mais. – Charlie argumentou.
-Cale-se garoto!
   Lauren se posicionou perto de uma árvore, começou a revirar os dedos até que uma flecha surgisse entre eles, de joelhos no chão ela se inclinou e mirou para a Foice e sem qualquer dificuldade a acertou.
-Uau. Incrível! – argumentei.
-Obrigada. Vamos ver o que ele pode fazer sem ela. – respondeu.
   Realmente a Foice havia desaparecido assim que a flecha a acertou. Mas nem mesmo Lauren sabia onde ela foi parar.
-Quem disse que estou preso no Tártaro? – Johan apareceu um pouco atrás da Morte. – Nunca ouviu o termo “férias”? – completou.
   Antes mesmo que a Morte pudesse responder Johan abriu o livro de Fúria e começou a sussurrar palavras de algum idioma antigo.
-Fique de joelhos. – ele se aproximou enquanto a Morte era forçada a se ajoelhar. – Penso que você esteja trapaceando não é mesmo? – ele tocou na armadura que se despedaçou e caiu ao chão.
-Como consegue fazer isso? – Morte tentava falar, mas com dificuldade.
-Meus amigos merecem paz e você não é um inimigo digno. Elliot e Lauren, saíam da floresta! – ele gritou para nós. – Charlô e Charlie venham até aqui também. Ah e não posso esquecer de você Catherine. Acho que algo aqui a pertence. – completou.
   Todos nos aproximamos e Johan mandou que eu decapitasse a morte, recusei.
-Certo. Eu mesmo faço isso. – ele estalou os dedos e a Foice surgiu em sua mão direita. – Quais são suas últimas palavras Senhor das almas penadas?
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 10/05/2016
Código do texto: T5631076
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