Sombra - Ato IX

Capítulo 6 – Um Novo Inimigo
 
   Dois meses se passaram e Liam nos dividiu em grupos. Charlie, Charlô e Bryan formavam o grupo A e foram destinados a irem para os Estados Unidos. Eu, Thomas, Kevin, Jacob e Catherine iríamos percorrer a Europa formando o grupo B.
-Você vai ficar aqui? – perguntei a Lauren.
-Sim, Liam não quer deixar a mansão e você sabe como ele não me deixa sair em missões.
-Que pena, seria de grande ajuda para todos nós. Enfim, já estou indo.
-Boa sorte Elliot.
   Nunca havia tido a experiência de viajar pela Europa, mas com toda certeza não imaginava ter de procurar por relíquias ultrapoderosas em meio a uma possível guerra apocalíptica.
-Você está com medo? – perguntou Thomas.
-Não. – respondi.
-Realmente não me convenceu.
-Ah, quem não está com medo afinal?
   Nossa primeira parada foi em um pequeno monastério no norte da Itália, algo parecia tornar aquele local sombrio.
-Creio que não seja sábio prosseguir. – uma forma brilhante nos alertou próxima a montanha.
-Mark? – perguntou Thomas. – O que está fazendo aqui? – completou.
-Vocês correm perigo, há coisas antigas que não devem ser incomodadas. Por favor, recuem.
-Não! Seguiremos em frente. – Catherine ordenava nossa investida.
-O que é isso? – perguntou Jacob ao avistar uma tempestade se aproximando.
-Vocês foram avisados. – Mark desapareceu.
   A montanha começava a tremer-se enquanto chuva e raios caíam sobre nossas cabeças. Corremos o mais rápido possível e entramos no monastério sem nem pensar aonde podíamos parar.
-O que é isso? – perguntei ao ver que não estávamos mais naquele minúsculo lugar e sim em uma constelação sobre uma galáxia.
-Fiquem juntos. – respondeu Catherine puxando-me pela mão direita.
   Haviam quatro pontes de pedras que surgiam do nada e seguiam até o centro onde estava uma enorme criatura. Thomas deu um passo a frente enquanto não conseguíamos distinguir o que nos esperava.
-Você é um mago? – perguntou ele.
-Não, pobre tolo garoto. – respondeu uma voz grave e imponente. – Sou aquele que todos ousam desafiar todos os dias, sou aquele para qual ninguém reza antes de dormir. – completou se transformando em um homem pálido de olhos cinzentos envolto em uma capa e um cajado da mesma cor.
-Tempo? – sussurrei perguntando a mim mesmo.
-Exatamente! – a descoberta fez com que seus olhos brilhassem e tudo começasse girar violentamente.
-Por que estamos aqui? – perguntou Catherine.
-Não pedi para que subissem a montanha. Vocês são jovens demais para entender este lado da realidade.
   De repente a espada surgiu em minha mão e se lançou até o homem que apenas a apreciou antes de transformá-la em pó.
-Que armas ridículas são estas? Acreditam mesmo poder nos vencer com isto? Aquele seu amiguinho intrometido está muito enganado. Espero ansiosamente pelo retorno dele a Terra.
-Precisamos sair daqui. – Catherine tentava voltar, mas as pedras continuavam a aparecer infinitamente.
-Esperem. – Thomas se pôs de joelhos e tocou o que deveria ser nosso solo.
-O que está fazendo? – perguntei.
-Não sei, mas sinto que devo continuar.
   A pedra se partiu e lá dentro Thomas encontrou um pequeno escudo, o encaixou em seu braço e virou para nos proteger.
-Como isto estava aqui? – o homem não acreditava no que havia acontecido.
-O que você quer conosco? – perguntei.
-Quero apenas reduzir esse pequeno planeta pó, vocês humanos são a raça mais incompetente que criamos e se Destino continua a pensar que vocês são úteis, preciso dele morto para vencer esta guerra.
-Vencer? – uma enorme esfera de luz azul. – Você perecerá na mão dos humanos, aqueles que tanto adora desprezar. – completou.
-Como me encontrou Destino? – O homem apontava seu cajado para todas as direções. – Você não pode defendê-los. – completou.
-Eles não precisam de Defesa. – A esfera se transformou em um rosto conhecido e caiu sobre a ponte que nos ligava aquele lugar.
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 14/06/2016
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