A Ilha Mortal

2010. São Paulo.

- Essa tempestade não fazia parte dos meus planos!

- Miguel, você deveria ter visto a previsão do tempo!

- Renata meu amor, se acalme essa chuva logo vai parar e nós vamos voltar para o litoral.

- Este barco é muito pequeno, ele não vai aguentar a força do mar!

- Tem razão, estou vendo uma ilha e é para lá que nós vamos.

- O que? Você conhece aquela ilha?

- Não conheço, mas, se continuarmos assim o barco vai virar e vamos morrer afogados.

- Leve o barco até aquela ilha.

- Vai dar tudo certo amor. Nós vamos ficar bem!

- Cuidado!!

- Meu Deus!!

- Essa onda só fez jogar o barco mais próximo à ilha!

- Isso pode ter sido um bom sinal.

- Ou não! Estou com um mau pressentimento.

- Nós já chegamos, vamos procurar um lugar para ficarmos e de manhã voltamos para casa.

- Miguel, você não amarrou o barco e ele está indo embora!

- Droga! Agora já era não tem como recuperar.

- O que vamos fazer?

- Estou com o meu celular, só que aqui o sinal não está pegando.

- É eu também estou com o meu.

- Vamos para o topo e lá veremos se conseguimos sinal para pedirmos socorro.

Miguel e Renata são uns casais de namorados que adoram se aventurar, neste momento se encontram ilhados em plena a noite depois que uma forte chuva os levou para uma ilha desconhecida. Perderam o barco que era a única forma de se salvarem, mas ambos lembraram-se de seus celulares e a questão é será que vão obter sinal para fazer uma ligação de emergência? O que será que os espera no caminho que leva ao topo da ilha?

- Miguel?

- Vem amor, está é a trilha.

- Miguel, você não está ouvindo este barulho?

- Não estou ouvindo nada, a não serem os nossos passos.

- Ai Miguel, será que neste lugar de cobras?

- Podem ter cobras, insetos, papagaios... Estamos na mata.

- Ouço muito barulhos, temos que andar mais depressa!

- Vamos apertar o passo.

- A chuva voltou.

- Eu pensei que chegaríamos rápido lá em cima, estamos dando muitas voltas e parece que não saímos do lugar.

- Mais está muito alto, acho que daqui já podemos obter sinal nos nossos telefones.

- Ainda não tá pegando, as árvores atrapalham um pouco.

- Eu tenho que sentar um pouco, estou cansada de caminhar.

- Vamos respirar um pouco.

- Aiiiii, alguma coisa passou na minha mão!!

- Mais o que foi?!

- Alguma coisa passou na minha mão, se rastejou.

- Vamos continuar, temos que chegar ao topo.

Miguel e Renata estão tendo dificuldade de chegar a parte mais alta da ilha, não é fácil e a trilha é bem estreita, galhos de árvores também atrapalham fazendo com que abaixem para prosseguir. Durante o caminho, Renata anda olhando para cima a cada minuto e segurando a mão de Miguel para que não se percam um do outro.

- Miguel, estamos chegando?

- Parece que estamos na metade do caminho, esses galhos estão atrapalhando.

Renata escuta um barulho.

- Miguel você ouviu isso?!

- Não! O que foi?

- Um barulho estranho era algum bicho.

- Pode ser, mas não ouvi nada... Ei agora eu ouvi!

- Agora você ouviu.

- O barulho está bem próximo, vamos!

Os dois seguem caminho até que...

- Miguel, a passagem está fechada!

- Estou vendo, mas são alguns galhos que não vão atrapalhar em nada.

- São muitos, não tem como passar.

- Tem sim, olhando bem de perto há uma árvore caída mais ela é pequena e os galhos.

- O que você vai fazer?

- Vou tirar do nosso caminho.

- Você ficou louco? Pode ter algum bicho nesses galhos ai no chão!

- Não tem nada aqui, Renata. São apenas galhos de árvores que caíram por causa de uma ventania ou que não aguentaram o peso de alguma ave.

- Miguel, me escuta... Olha escuta isso!

- É o som novamente, vou tirar isso daqui para seguirmos em frente.

- Miguel não faça isso!!

- Hahahahaha olha não tem nada aqui, pra que ficar tão assustada.

- Estou com um mau pressentimento.

- Relaxa um pouco amor, já tirei os galhos agora vou tirar este tronco do caminho.

Logo que pós as mãos no tronco da árvore e levantou, Miguel é logo mordido por uma cobra.

- Aaaaaaaaah!!!

- Migueeeel!!!

- Aquela cobra me mordeu!

- Eu vi, ela saiu de baixo deste tronco!

- Desgraçada! Cobra desgraçada!

- Fique calmo, nós já vamos pedir ajuda!

- O lado bom é que o caminho está livre!

Miguel agora está correndo perigo, ele foi mordido na perna por uma cobra, ele e Renata não imaginam que era uma cobra peçonhenta.

- Estamos quase lá, Miguel.

- A minha perna dói muito e estou ficando sem força!

- Você não pode desistir agora, amor!

- Não vamos, mas não estou bem e se eu não conseguir chegar, você vai.

- Estamos indo bem, você é forte vai conseguir.

Quinze minutos depois, os dois refugiados enfim chegaram ao topo. Renata logo comemora o feito só que ela não percebe que Miguel está com a respiração fraca e que agora não consegue mais dar nem mais um passo.

- Miguel, nós conseguimos amor! Conseguimos!

- Conseguimos, não perca tempo vá pedir ajuda. – Diz Miguel com a voz fraca.

Renata ajudou o seu namorado a se deitar, e logo correu para um ponto que não tinha muita vegetação e em seguida, pegou o seu celular e o de Miguel e ligou só que nenhuns dos dois aparelhos davam sinal para o seu desespero. Ela coçou a cabeça, sentou no chão e com as primeiras lágrimas saindo dos seus olhos, virou-se para Miguel.

- Meu amor, os celulares não dão sinal; vamos ficar presos nesta maldita ilha! Miguel, como é que vamos pedir resgate? Fala pra mim meu amor! Miguel? Por que você não me responde? Está dormindo?! Isso não é hora pra dormir, Miguel! Miguel, eu to falando com você. Me responde?!

Renata se aproxima e mexe Miguel que simplesmente não se encontra desacordado.

- Miguel!!!

Miguel está morto.

- Miguel? Você não está respirando! Miguel por favor, fala comigo?!

Renata vai se afastando, vai chegando para trás até que quando encosta-se a uma árvore, ela é surpreendida por um bote certeiro de uma cobra.

- Aiiiiiiiiii!!

A namorada de Miguel que se encontra morto se desespera ao ver que foi mordida por uma cobra, ela começa a andar para trás só que não percebe que está chegando perto de mais da beira e com isso ela escorrega e cai de uma altura de trinta metros.

- Aaaaahhhhh!!

A moça que viu seu namorado morrer, também perdeu a sua vida. Bateu forte a cabeça numa grande pedra que a fez morrer na hora; muito sangue foi derramado e desde então Miguel e Renata estão na lista de desaparecidos.

Seis anos depois.

- Ai, falta muito para chegarmos? – Disse Gabriel

- Daqui a alguns minutinhos vamos chegar. – Disse César

- Ah César! Você sempre diz isso, vamos chegar a alguns minutinhos. – Disse Gabriel

- Gabriel, não sei por que você está com tanta pressa. – Disse Mari.

- Por que eu quero mergulhar logo naquela água, me refrescar um pouco, este carro está um forno! – Disse Gabriel

- Não fala mal do meu carro não, manow. – Disse César

- Tá um forno aqui César. – Disse Gabriel

- Abre a janela irmão, vai solucionar o seu problema! – Disse César

- O problema é que neste carro não tem um ar-condicionado! – Disse Gabriel

- Ei gente, vamos parar porque a brincadeira de vocês dois já está ficando séria! – Disse Mari

- É isso ai Mari, coloca moral no seu namorado! – Disse Gabriel

- Namoral, vou parar o carro e pedir para o Gabriel se retirar. – Disse César

- Você não tem moral pra me tirar do carro, além do mais é melhor parar ai que vou lá para o carro do Eduardo. – Disse Gabriel

- Há vai lá para o carro daquele playboy, lá tem ar-condicionado é carro pra gente fresca que igual a você. – Disse César

- A Mari disse para vocês pararem! – Diz Thaíssa.

- Já paramos, era só uma brincadeirinha. – Diz César.

E no outro carro.

- Ai, porque diminui a velocidade? A gasolina está acabando? – Perguntou Eduardo.

- Não, estávamos apenas conversando. – Disse César.

- Então vamos nessa, já estamos bem perto. – Disse Eduardo.

Eduardo passou à frente do carro de César.

- Ele pensou que a gasolina estava acabando? – Perguntou Gabriel.

- Queria é se intrometer! – Respondeu César.

- Quando é que a sua rivalidade com o Eduardo vai terminar? – Perguntou Mari.

- Depois que ele parar de jogar na minha cara que é melhor do que eu. O cara fica esfregando na minha cara tudo que ele tem, mas, é tudo presentinho do papai dele! – Disse César.

- O Eduardo agora trabalha César. – Disse Thaíssa.

- É mais é com o pai dele, esse cara nunca saiu de casa para entregar currículo e além do mais a Helena merecia alguém melhor ao lado dela. – Disse César.

- Falou o irmão mais velho querendo proteger a irmãzinha mais nova. – Disse Gabriel.

- É isso mesmo. Sou o irmão mais velho da Helena e quero o melhor para a minha irmã!

- Calma cara, eu só estava brincando. – Disse Gabriel.

- É amor, relaxa um pouco estamos indo se divertir mesmo que seja na casa do Eduardo. – Disse Mari

- Você tem razão, desculpa ai manow. – Disse César.

- Tranquilo irmão! – Respondeu Gabriel.

- Galera, vamos curtir aquele paraíso! – Disse César.

- É assim que se fala. – Disse Mari.

- Uhuull – Disse Thaíssa.

Chegando a cidade onde vão passar o final de semana.

- Chegamos, até que enfim. – Disse Eduardo.

- É chegamos. – Disse Helena.

- O que houve? – Perguntou Eduardo.

- Você só falou com o meu irmão pra provocar ele não foi? – Perguntou Helena.

- Está bem, foi só uma brincadeira pra deixar o ambiente mais tranquilo. – Respondeu Eduardo.

- Mais tranquilo? – Disse Helena.

- Helena, eu sei que o seu irmão e eu temos as nossas diferenças, mas ele também me provoca. – Disse Eduardo.

- Mais foi você que começou isso tudo, Eduardo! – Disse Helena.

- Prometo que... Vou me comportar. – Disse Eduardo.

- Muito bom casal, é assim que se resolve – Disse Fernando.

- Cala a boca Fernando, senão quando chegar lá vou te jogar no mar com roupa e tudo. – Disse Eduardo.

- Nando veio por causa da Thaíssa – Disse Helena.

- Ela estava muito bonita naquela festa. – Diz Fernando.

- Só quero ver no que vai dá entre você e ela. – Diz Eduardo.

- Relaxa aquela garota não me escapa. – Diz Fernando.

- Chegamos! – Diz Eduardo.

No outro.

- Até que enfim chegamos. – Diz Mari.

- Vamos galera, vamos direto para a praia. – Diz Gabriel.

- Vamos sim, mas primeiro vamos tirar as coisas do carro. – Diz César.

- Não dá pra fazer isso depois? – Pergunta Gabriel.

- Não, deixa de ser preguiçoso. – Diz Thaíssa.

- Vamos lá então. – Diz Gabriel.

- Vocês podem colocar as malas nos quartos, agora não sei o caso de Thaíssa, Fernando e Gabriel se vão querer ficar no quartos. – Diz Eduardo.

- Por quê? O que vai rolar nos quartos que nós não podemos ficar neles? – Pergunta Gabriel.

- Você é inocente demais, demais! – Disse Fernando.

- Você é idiota demais, demais! – Disse Gabriel.

Gabriel e Fernando se encaram.

- Vamos abaixar a bola ai gente, vamos resolver isso depois. – Disse César.

- Galera, não vamos desperdiçar o dia brigando, viemos aqui para se divertir e eu estou indo para a praia! – Disse Mari.

- Eu também vou. – Disse Helena.

- Ei, amor me espera. – Disse César.

- César! – Disse Eduardo.

- O que é? – Perguntou César.

- É que eu tenho eu tenho um barco, ou melhor, dizendo um iate. – Diz Eduardo.

- Porque está me dizendo? – Diz César.

- Estamos na praia, achei que gostaria de conhecer e dar uma voltinha. – Diz Eduardo.

- Não, prefiro ficar na praia com a Mari. – Diz César.

- César, vamos! – Disse Mari.

- Mari, estou dizendo para o seu namorado que tenho um iate e que ele está convidado para dar uma voltinha. – Diz Eduardo.

- Nossa, seria muito legal não acha amor? – Pergunta Mari.

- Oi? – Pergunta César.

- Perguntei se isso não seria legal, passear de barco. – Disse Mari.

- Ah, sim isso seria legal. – Disse César.

- Até porque está pode ser a única oportunidade que você teria em andar num barco como este. – Diz Eduardo.

- O que foi que disse? – Perguntou César.

- Eu disse que está pode ser a única oportunidade de subir em um barco ou você tem um? – Disse Eduardo.

- Vamos César, anda logo! – Disse Mari.

- Tá, vamos. – Disse César.

Mari e César foram para a praia, mas César foi caminhando ao lado de sua namorada, mas olhando para Eduardo com uma cara de poucos amigos.

Chegando à praia, o casal não teve tempo de ficarem a sós e logo os amigos foram chegando e os chamando para o passeio no barco do Eduardo.

- Ei geeeeeente! – Grita Gabriel.

- Vamos, o barco está esperando – Diz Thaíssa.

- Legal, vamos amor? – Pergunta Mari.

- Vamos. – Responde César.

E já dentro do barco e em alto mar.

- Então galeras estão gostando do barco? – Pergunta Eduardo.

- Muito legal cara, o barco grande e rápido, nunca tinha entrado em um barco como este. – Diz Gabriel.

- E você Thaíssa? – Pergunta Fernando.

- O que tem eu? – Responde Thaíssa.

- Esta gostando do barco? – Pergunta Fernando.

- Estou gostando sim, achei bem legal o Eduardo nos convidar. – Diz Thaíssa.

- É ele mandou muito bem, gostei do que fez. – Diz Fernando.

- Gostou do que ele fez? – Pergunta Thaíssa.

- É por que vamos poder terminar aquela nossa conversa. – Diz Fernando.

- Qual conversa? – Pergunta Thaíssa.

- Aquela que tivemos no bar... – Diz Fernando

- Huum. – Diz Thaíssa.

- Naquele dia. – Diz Fernando.

- É eu me lembro de que estávamos no bar. – Diz Thaíssa.

- E se lembra da conversa? – Pergunta Fernando.

- Para a sua felicidade, eu me lembro sim, e até tive que ir embora correndo não de você mas tinha uma emergência. – Responde Thaíssa.

- Depois que você foi embora, eu queria te perguntar uma coisa. – Diz Fernando.

- Aproveita e faça a sua pergunta. – Diz Thaíssa.

- Quer sair comigo? – Pergunta Fernando.

- Sair pra onde? – pergunta Thaíssa.

- Pra jantar, ir ao cinema, teatro. – Responde Fernando.

- Nossa! Ouvi isso mesmo, teatro? – Pergunta Thaíssa.

- Sim, mas se você não gosta, podemos... – Diz Fernando.

- Não, que isso. Eu nunca fui há um teatro... Quer dizer só quando eu era pequena, ia com os colegas de escola hahahaha. – Diz Thaíssa.

- Hahahaha me lembro também que fui assistir uma ou duas peças quando era pequeno, tudo devido ao passeios que a escola organizava. – Diz Fernando.

- O lance é que geralmente os homens não convidam as mulheres para ir ao teatro e sim ir a um bar, cinema às vezes rola, pra jantar... Não, no bar mesmo se come alguns tira gostos. – Diz Thaíssa.

- É digamos que você deu sorte, sou um dos últimos românticos, um cara a moda antiga. – Diz Fernando.

- Últimos românticos Hahahaha Daqueles que presenteiam a amada com flores e caixas de bombons? Não precisa ser tão antiga assim, misturar os estilos seria bom. – Diz Thaíssa.

- Misturar Hahaha – Diz Fernando.

- Iai galera, como vocês estão? – Pergunta Gabriel

- Oi Gabriel. – Responde Thaíssa.

- Estamos bem, mas você chegou... – Diz Fernando.

- Daí eu cheguei e acabei com o bom papo que vocês estavam tendo. – Diz Gabriel.

- Exatamente, você acertou. – Diz Fernando.

- Acho que fiz um favor para a Thaíssa. – Diz Gabriel.

- Não pedi nenhum favor a você Gabriel! – Diz Thaíssa.

- Essa doeu! – Diz Fernando.

- Mais mesmo assim, a minha chegada acaba com esse “teatro” todo que ele faz. – Diz Gabriel.

- É bem provável que você estava ouvindo a nossa conversa. – Diz Fernando.

- É eu ouvi sim, vi você convidando a Thaíssa pra sair, ir ao teatro, jantarzinho. – Diz Gabriel.

- E você se sentiu incomodado com isso? – Pergunta Fernando.

- Fiquei preocupado. – Responde Gabriel.

- Ficou preocupado comigo, Gabriel? – Pergunta Thaíssa.

- Fiquei. – Responde Gabriel.

- Não se preocupe cara, tenho boas intenções. – Diz Fernando.

- Ai é que está. Este seu estilo sabe... Eu não sei. – Diz Gabriel.

- O que tem o meu estilo? – Pergunta Fernando.

- Esse estilo Don Juan, galã de novela das oito... Isso não combina com você, tem que ser você mesmo, quer levar a garota no teatro mais você está sendo um grande pregando uma peça pra cima dela. – Diz Gabriel.

- Já estou até vendo no que isso vai dar, por isso vou pra outro canto. – Diz Thaíssa.

- Thaíssa não vai, espera um pouco! – Diz Fernando.

- Deixa, é melhor ela ir do que ficar aqui conversando com você. – Diz Gabriel.

- Você é um idiota!! – Diz Fernando.

Fernando parte para cima de Gabriel, só que César logo impede uma confusão ainda maior.

- Ei ei ei ei galera! O que é isso?! Estamos aqui passeando e vocês dois já estão brigando!! – Diz César.

- Foi ele que começou! – Diz Fernando.

- Comecei uma conversa, mas você ficou todo bravinho. – Diz Gabriel.

- Chega! Acabou! – Diz César.

- É isso ai, acabou. Aliás, vamos algo diferente. – Diz César.

- O que vai fazer Eduardo? – Pergunta Helena.

- Também quero saber. – Diz Mari.

- Estou curioso pra saber o que tem naquela ilha. – Responde Eduardo.

- É uma ilha qualquer. – Diz Fernando.

- Não é só uma ilha qualquer, deve ter uma vista muito bonita. Por isso vamos pra lá, quem tá comigo? – Pergunta Eduardo.

- Eu vou. – Diz Fernando.

- Tem certeza, Eduardo? – Pergunta Helena.

- Tenho, vai ser legal fazer algo diferente. – Diz Eduardo.

- Eu também vou, vamos César? Thaíssa, Mari vocês vão também? – Pergunta Gabriel.

- Eu só vou se o César também for. – Responde Mari.

- Eu vou. – Responde César.

- Também vou. – Diz Thaíssa.

- Beleza! Então vamos nessa.

Os amigos foram para a tal ilha que Eduardo sugerir ir pelo o fato de a sua curiosidade falar mais alto, mas o que eles não sabem é que os moradores desta ilha são seres perigosos que não gostam visitantes.

- Eduardo, você não acha que o mar fica mais agitado cada vez que chegamos perto desta ilha misteriosa? – Pergunta Helena.

- Fique tranquila amor, isso é normal. – Responde Eduardo.

- Parece um sinal para não nos aproximarmos deste lugar. – Diz Mari.

- É muito estranho, mais acho que não vai acontecer nada. – Diz César.

- Não sei estou com um mau pressentimento. – Diz Thaíssa.

- Agora falta pouco para chegarmos à ilha. – Diz Fernando.

- Ei Eduardo como vai fazer para prendermos o barco? – Pergunta César.

- Eu ainda não sei se tiver alguma ideia será bem vinda. – Responde Eduardo.

- Vem cá, você sabia que perto desta ilha as ondas eram agitadas assim? – Pergunta César.

- Não! – Responde Eduardo.

- O que vai fazer Eduardo? – Pergunta Gabriel.

- Fiquem calmos, vai ficar tudo bem! – Responde Eduardo.

- Eduardo, é melhor voltarmos para casa! – Disse Helena.

- Eu também acho que o melhor a se fazer é voltar! – Disse Mari.

- Essas ondas vão virar o barco, Eduardo você tem que fazer o retorno agora! – Disse César.

- Não podemos voltar, temos que seguir em frente ir para aquela ilha e esperar o mar ficar mais calmo. – Disse Eduardo.

- Você não está vendo que o mar não vai ficar calmo! – Disse César.

- Fique quieto e deixa que eu resolvo! – Disse Eduardo.

- Já está resolvido, volta agora! – Disse César.

- Solta este volante, César! – Disse Eduardo.

- O grupo todo quer voltar! – Disse César.

- Eu mandei soltar!! – Disse Eduardo.

- Cuidado! – Disse Thaíssa.

Por causa da confusão, o barco de Eduardo bate forte em uma pedra e logo em seguida o motor desliga e não volta a funcionar.

- Olha o que você fez seu imbecil! – Disse Eduardo.

- Eu que fiz? Você deveria ter voltado! – Disse César.

- Eu deveria quebrar a sua cara! – Disse Eduardo.

- Então vem! – Disse César.

- Oooooh Calma aew! – Diz Fernando.

- Ei César?! Calma cara! – Diz Gabriel.

- Eduardo, o que é isso? Vai brigar com o meu irmão?! É isso que você quer?! – Pergunta Helena.

- Helena, não se mete nisso! – Disse Eduardo.

- Ei, olha lá como você fala com ela! – Disse César.

- Vai fazer o que? Já sei pode pagar o concerto do barco! – Disse Eduardo.

- Gente, temos que nos preocupar em sair daqui e pedir socorro. – Disse Mari.

- Olha eu vi uma corda quando estava entrando no barco. – Disse Gabriel.

- Não precisamos de corda, as pedras estão bem próximas e as ondas não estão vindo aqui é só tomar cuidado para não escorregar. – Disse Eduardo.

- Vamos Mari. – Disse César.

- Eu estou com muito medo. – Disse mari.

- Nós vamos conseguir, é só pensar positivo, amor. – Disse César.

- Ai meu Deus, olha aonde nós paramos! – Disse Mari.

- Espero que a ajuda chegue o mais rápido possível. – Disse Thaíssa.

- Acho que isso vai demorar um pouco ou até dias. – Disse Fernando.

- Deste jeito você só desanima ela. – Diz Gabriel.

- E quem te perguntou?! – Disse Fernando.

- Vocês querem parar! Mais que saco! – Disse Thaíssa.

- Vamos gente, mais atenção para não cair! – Diz César.

- Helena, quer ajuda? – Pergunta Eduardo.

- O que você acha? – Disse Helena.

- Amor, não fique brava comigo, eu tinha uma boa intenção. – Diz Eduardo.

- Boa intenção?! Eduardo, eu sei que você tem um espírito aventureiro, mas nós poderíamos ter morrido com essas ondas batendo forte no barco! – Diz Helena.

- Tá legal! Talvez eu tenha me precipitado nessa escolha de vir para a ilha, os meus outros amigos é que gostariam de vir. – Diz Eduardo.

- Mais não vieram e estes aqui também são seus amigos! – Disse Helena.

- Helena o que houve? – Pergunta Mari.

- Só estava falando com o Eduardo. – Diz Helena.

O grupo de amigos consegue chegar à ilha misteriosa.

- Terra firme galera! – Disse Eduardo.

- É conseguimos chegar à ilha, e agora qual vai ser o plano? – Pergunta Gabriel.

- Não tem plano nenhum. – Responde Eduardo.

- Você queria vir pra cá. – Diz Gabriel.

- É mais o plano era passear e agora precisamos de um plano pra sair daqui. – Diz Eduardo.

- Eu estou com fome. – Diz Mari.

- Nós vamos procurar comida amor. – Diz César.

- É Mari, aqui deve ter alguma fruta, pelo menos tem bastante árvore. – Diz Helena.

- Olha, tem uma trilha podemos procurar algo pra comer. – Diz Eduardo.

- É melhor sairmos daqui logo! – Diz Thaíssa.

- Vamos, é por aqui. – Diz Eduardo.

- Você sabe para onde está indo Eduardo? – Pergunta Fernando.

- É só seguirmos em frente, Fernando. – Responde Eduardo.

- Eu acho melhor irmos para o topo ou um local mais alto para conseguirmos fazer uma ligação. – Disse César.

- Eu também acho uma boa ideia, quanto mais alto formos à possibilidade de fazer uma ligação também é grande. – Disse Mari.

- O que estamos esperando, vamos nessa! – Disse César.

Logo que a caminhada começa, um membro do grupo escuta um barulho.

- Ouviram isso? – Pergunta Thaíssa.

- O que? – Pergunta Mari.

- Não foi nada, vamos seguir. – Disse Thaíssa.

Mas ela ouve o barulho novamente.

- Agora tenho certeza de que escutei um barulho. – Diz Thaíssa.

- Mais que barulho, Thaíssa? – Pergunta Helena.

- Eu não sei o que é, mas parece que está bem perto de nós. – Responde Thaíssa.

- Os bichos estão é com medo de nós! – Diz Eduardo.

- Nenhum bicho vai nos atacar! – Diz César.

- Não vai acontecer nada Thaíssa, eu vou ficar do seu lado para se sentir segura. – Diz Fernando.

- Insegura é isso que você queria dizer. – Diz Gabriel.

- Fico me perguntando por que você veio? – Diz Fernando.

- Sabe que me faço está mesma pergunta a respeito de você. – Diz Gabriel.

- Eu vim me divertir, já você veio para tirar uma com a minha cara! – Diz Fernando.

- Não eu vim me divertir igual a você, mas também tirar uma com a sua cara. – Diz Gabriel.

- Chega, eu não aguento mais este cara! – Diz Gabriel.

- Vai fazer um escândalo no meio da mata? – Pergunta Gabriel.

- Vocês dois, já chega! – Diz Eduardo.

- Parece que vocês dois estão disputando algo. – Diz Helena.

- E o que mais pode ser, eles estão disputando a Thaíssa. – Diz Mari.

- Ah não diga besteiras! – Diz Fernando.

- Ei, olha lá como fala. – Diz César.

- É verdade, Fernando. – Diz Mari.

- Então você acha que eu sou uma besteira? – Pergunta Thaíssa.

- Não foi isso que eu quis dizer, Thaíssa. – Responde Fernando.

- Foi sim Thaíssa, foi isso que ele quis dizer. – Diz Gabriel.

Agora todos ouvem o mesmo barulho que Thaíssa tinha escutado anteriormente.

- O que foi isso? – Pergunta Fernando.

- Agora eu também ouvi. – Diz César.

- César, vamos embora daqui?! – Diz Mari.

- Só há um jeito de sairmos daqui que é ligar e pedir socorro. – Diz César.

- Não adianta aqui não pega sinal. – Diz Eduardo.

- Como você sabe? – Pergunta César.

- É porque já testei. – Responde Eduardo.

- E o que vamos fazer? – Pergunta Gabriel.

- Vamos para o lugar mais alto desta ilha, onde não tem árvores ou algo do tipo que não deem interferência na comunicação. – Responde Eduardo.

- Odeio admitir isto, mas, você tem razão. Vamos seguir nesta trilha. – Diz César.

- Como pode ter tanta certeza que este é o caminho certo? – Pergunta Fernando.

- Eu não tenho, mas, você conhece outro caminho? Certo ou não temos que sair deste lugar antes de anoitecer. – Responde César.

- tem algo se rastejando bem perto de mim. – Diz Helena.

- É estou vendo, calma que vou ver. – Diz Gabriel.

- Gabriel, você não sabe o que tem ai neste mato. – Diz Helena.

- Eu estou tomo cuidado. – Diz Gabriel.

- Gabrieeeeellll!! – Diz Thaíssa.

- Gabriel, não coloca a mão ai cara! – Diz César.

- Olhem só, eu um lagarto... Um pequeno lagarto que agora saiu correndo. – Diz Gabriel.

- Esse desespero todo por causa de um lagarto? – Pergunta Fernando.

- Podem ter outros bichos nesta ilha. – Responde Mari.

- Agora é hora de nos acalmarmos e seguir em frente. – Diz César.

- Exato, vamos galera! – Diz Helena.

Não demorou muito para que o grupo desse de cara com os inimigos mas, Eduardo e Fernando estavam mais a frente dos demais e encontram algo que poderia evitar uma ou mais tragédias.

- Aqui nesta placa diz: Não ultrapasse! – Diz Eduardo.

- O que isso quer dizer? – Pergunta Fernando.

- Quer dizer que não é para passarmos. – Responde Eduardo.

- Há fala sério! Essa placa é velha demais, isso deve estar ai há séculos. – Diz Eduardo.

- O pessoal vai ver está placa e vai querer voltar. – Diz Fernando.

- Sobre está placa, eles não vão ver porque vou esconder nestes galhos. – Diz Eduardo.

- Acho que é uma boa ideia, não vão achar. – Diz Fernando.

- Não vão não... Agora disfarça que eles estão vindo! – Diz Eduardo.

- Há vocês estão ai. – Diz Helena.

- Oi amor, estávamos esperando vocês. – Diz Eduardo.

- Vocês acharam alguma coisa por aqui? – Pergunta César.

- Não achamos nada, vai ser difícil algo nesta ilha. – Diz Fernando.

- Vem amor, se vamos andar temos que ficar juntos. – Diz Helena.

Helena então segura a mão de Eduardo mas logo percebe algo estranho.

- Eduardo, a sua mão está tão suja! – Diz Helena.

Eduardo então olha para a sua mão e rapidamente à limpa em sua bermuda.

- É que estava revirando alguns galhos junto com o Fernando à procura de algo mais não tivemos sucesso. – Diz Eduardo.

- É até as minhas mãos estão sujas. – Diz Fernando.

- Vocês dois não deveriam colocar as mãos nesses matos. – Diz Mari.

- Nós sabemos nos cuidar. – Diz Eduardo.

- É eu sei, mas... – Diz Mari.

- Mari, eles sabem se cuidar. – Diz César.

- Tá legal galera, vamos seguir agora todos juntos. – Diz Gabriel.

- Também acho que seria melhor para todos nós se ficarmos juntos. – Diz Thaíssa.

- Eu acho que estamos falando muito e agindo pouco, vamos! – Diz César.

Quando o grupo se prepara para continuar a caminhada, Fernando deixa algo cair no meio de alguns matos e logo a surpresa aparece.

- Droga! – Diz Fernando.

- O que foi? – Pergunta Eduardo.

- E agora ele ficou para trás. – Diz Gabriel.

- Deixei a minha carteira cair. – Responde Fernando.

- Onde? – Eduardo.

- Eu não sei, vou procurar. – Responde Fernando.

- Não quer ajuda? – Pergunta César.

- Não! Eu já encontro vocês, podem seguir. – Responde Fernando.

- Tem certeza? – Pergunta Eduardo.

- Tenho! – Responde Fernando.

Fernando consegue encontrar a sua carteira, mas...

- Achei! Está de baixo deste mato. Aaaaaaaaaahhh!! – Diz Fernando.

- Ouviram isso?! – Diz César.

- Só pode ser o Fernando! – Diz Thaíssa.

- Fernandooo?! – Diz Eduardo.

- Cuidado! Esses galhos estão cheios de cobras! – Diz Gabriel.

- Cobras? – Pergunta Thaíssa.

- Essas cobras não estavam aqui! – Diz Mari.

- O Fernando Está caído, Eduardo. – Diz Helena.

- Eu vou buscá-lo! – Diz Eduardo.

- Eu vou te ajudar! – Diz César.

- Eduardo, uma cobra me mordeu bem na perna! – Diz Fernando.

- Uma cobra? Onde? – Pergunta Eduardo.

- No meio deste mato, achei a minha carteira e quando fui pegar uma cobra estava escondida e me mordeu! – Responde Fernando.

- Calma! Nós vamos te ajudar. – Diz César.

- César, como ele está? – Pergunta Mari.

- Ele foi mordido por uma cobra. – Responde César.

- Olha aqui tem uma garrafa de água. – Diz Gabriel.

- O que uma garrafa de água vai adiantar? – Pergunta Thaíssa.

- Ajuda com a sede que estou me dê logo está garrafa! – Responde Fernando.

- Eduardo, temos que levar o Fernando para um lugar mais seguro. – Diz César.

- Ok, vamos levantá-lo. – Diz Eduardo.

- Para onde vamos? – Pergunta Mari.

- Tem cobra por toda parte! – Diz Gabriel.

- Temos que andar logo, abram o caminho! – Diz Eduardo.

Então César e Eduardo começaram a carregar Fernando e com o grupo logo atrás.

- Você vai ficar bem, Fernando. – Diz Eduardo.

- A minha perna está queimando! – Diz Fernando.

- Ei ei ei ei cuidado! Uma cobra no meio do caminho! – Diz César.

- Por que paramos? – Pergunta Gabriel.

- Tem uma cobra no nosso caminho. – Responde César.

- Não só uma mais tem várias cobras no nosso caminho. – Diz Mari.

- Temos que passar por está que está na nossa frente. – Diz Eduardo.

- Segure o Fernando! – Diz César.

- O que vai fazer? – Pergunta Eduardo.

- Vou tirar está cobra do caminho. – Responde César.

- Você é louco?! Está cobra pode ser venenosa! – Diz Eduardo.

- Não tem outra alternativa a não ser chamar a atenção dela para outro local. – Diz César.

César pegou um galho de uma árvore e bem devagar começou a suspender colocando a cobra em cima do galho.

- César, toma cuidado! – Diz Mari.

- Está sobcontrole. – Diz César.

- Ele está conseguindo. – Diz Helena.

- O que vai fazer com ela? – Pergunta Gabriel.

- Vou coloca-lá em um lugar onde não possa entrar no caminho demais ninguém. – Responde César.

- Vamos galera! Essas cobras podem ser venenosas. – Diz Eduardo.

- Venenosas? É isso mesmo que ouvi? É melhor correr! – Diz Mari.

- Não é uma boa ideia¹ – Diz Eduardo.

Mari saiu correndo e olhando para trás mesmo com Eduardo dizendo que não seria uma boa ideia fazer isso mas ela mostra estar em pânico quando ver que está em um lugar cercado por cobras.

- Mari, não faz isso é arriscado! – Diz Helena.

- De todo jeito nós já arriscamos nossas vidas vindo aqui e eu não fico mais aqui nenhum minuto a mais! – Diz Mari.

- Mari, espera! – Grita César.

A moça continua correndo, mas acaba caindo e para piorar cai com um dos braços em cima de uma cobra que imediatamente a morde. Mari grita desesperada enquanto César corre para socorrer a namorada.

- Mari?! – Diz César.

- Aaaaaaaaahhh!! Aqui César! – Diz Mari.

- Ai meu Deus, O que houve?! – Pergunta César.

- Eu cai e uma cobra me mordeu! – Responde Mari.

- Me deixa ver... Não, não, não! – Diz César.

- Amor, você tem que ser forte e ajudar o pessoal. Eu estou bem por enquanto, temos que dar um jeito de sair daqui. – Diz Mari.

- Você ai ficar bem, eu vou te tirar desta ilha nem que eu me jogue no mar e te leve para a cidade. – Diz César.

- Ainda posso andar, temos que ir. – Diz Mari.

- Mari? César? Onde estão vocês? – Grita Thaíssa.

- Aqui Thaíssa, estamos aqui! – Responde César.

- Que bom que achei vocês... O que aconteceu? – Pergunta Thaíssa.

- Fui mordida por uma cobra. – Responde Mari.

- Eu vim avisar que o estado do Fernando está piorando e agora você me diz que também foi mordida. – Diz Thaíssa.

- Onde eles estão? – Pergunta César.

- Aqui atrás. – responde Thaíssa.

- Fique com a Mari que vou buscar o pessoal para cá. – Diz César.

- Está bem. – Diz Thaíssa.

- Vem me ajude a levantar. – Diz Mari.

- Como está se sentido? – Pergunta Thaíssa.

- Estou bem, vamos temos que ir. – Diz Mari.

- Não, não, não! O César disse que iria buscar o pessoal, vamos esperar. – Diz Thaíssa.

César então encontra os seus amigos e logo ver que o estado de Fernando é crítico.

- Achei vocês! – Diz César.

- Cadê a Thaíssa? – Pergunta Gabriel.

- Ficou cuidando da Mari, ela também foi mordida por uma dessas cobras. – Responde César.

- Temos que procurar um abrigo! – Diz Helena.

- Temos que ir buscar as meninas e ai sim procurar um abrigo. – Diz Eduardo.

- Também gostei desta ideia vamos buscá-las. – Diz Gabriel.

César se solidariza em ajudar Fernando.

- Te ajudo a levá-lo. – Diz César.

- Valeu! – Diz Eduardo.

O grupo vai ao encontro de Mari e Thaíssa que estão esperando. Rapidamente eles chegam ao local.

- Iai como ela está? – Pergunta César.

- Disse que está sentindo certa fraqueza no corpo. – Responde Thaíssa.

- Mari, consegue andar amor? – Pergunta César.

- Consigo, para onde vamos? – Pergunta Mari.

- Vamos procurar um abrigo para cuidarmos de você e do Fernando.

- Tarde demais! Fernando? Fique acordado! Olhe para mim, Fernando! – Diz Eduardo.

- Não há mais dúvidas de que foi uma cobra venenosa que mordeu ele! – Diz Helena.

- E agora o que vamos fazer?! – Pergunta Thaíssa.

- Fernando?! Fernando?! – Diz Eduardo.

- Não tem pulso, ele morreu. – Diz César.

- Não diz isso cara! Ele não morreu! – Diz Eduardo.

- O cara irritante morreu. – Diz Gabriel.

- Irritante é você e senão sair daqui... – Diz Eduardo.

- E se ele não sair? Olha o Fernando morreu e você tem que entender, aliás, todos nós temos que entender que nesta ilha só habitam cobras e mais cobras venenosas! – Diz César.

- Todas as cobras que vimos era da mesma espécie, tem razão são todas venenosas. – Diz Thaíssa.

- E o veneno está agindo rápido demais, olha o estado da Mari. – Diz Gabriel.

- Mari, fique de olhos abertos. – Diz César.

- Estou cada vez mais fraca, com a boca seca, acho que não vou demorar muito. – Diz Mari.

- Nós vamos te levar para um lugar seguro onde você vai poder descansar um pouco. – Diz Thaíssa.

- César, a sua namorada vai morrer também. – Diz Eduardo.

- Vai morrer por sua causa! – Diz César.

- Minha causa? – Pergunta Eduardo.

- Você nos trouxe para está ilha mortal, nada disso teria acontecido se você não bancasse o aventureiro e quisesse vir explorar um lugar que ninguém tinha falado! – Diz César.

- Vocês concordaram em vir, não tenho culpa de nada! – Diz Eduardo.

- Você nos jogou na jaula dos leões! – Diz Gabriel.

- Das cobras melhor dizendo! – Diz Thaíssa.

- Eu sei que me empolguei, mas teve uma votação, o que devemos fazer é procurar um abrigo. – Diz Eduardo.

- Estou louco para quebrar a sua cara! – Diz César.

- Você quer brigar? Pode vir então! – Diz Eduardo.

- Ninguém vai brigar aqui! Deste jeito só vamos causar uma separação do grupo. – Diz Helena.

- Tem razão amor, separação. Eu me separo deste grupo, agora vocês que se virem para sair daqui. – Diz Eduardo.

- Você não teria a coragem de nos deixar aqui! – Diz Thaíssa.

- Thaíssa, deixa que eu falo com ele... Eduardo, pense no que está falando. Isso não está certo! – Diz Helena.

- Não está certo ficar perto de certas pessoas que ficam me culpando por estarmos aqui! – Diz Eduardo.

- Eu não estou te reconhecendo, o Eduardo que conheci adorava ajudar as pessoas e agora pelo o que eu vejo, me enganei. – Diz Helena.

- Eu gosto de ajudar as pessoas. – Diz Eduardo.

- Só que neste caso você está sendo egoísta. – Diz Helena.

- Fale o que quiser você vem comigo ou não? – Pergunta Eduardo.

- Helena você vai com ele? – Pergunta César.

Helena não demora muito para tomar uma decisão.

- Eu vou com ele. – Responde Helena.

- Pense bem, esse cara não vale nada. – Diz César.

- Vamos Helena! Não podemos perder muito tempo. – Diz Eduardo.

- Qualquer coisa, é só dá um grito. – Diz César.

- Pode deixar, eu vou ficar bem. – Diz Helena.

Helena e Eduardo agora formam uma dupla, seguiram o seu caminho diferente de César, Mari, Thaíssa e Gabriel que ficaram observando os dois irem embora. Cinco minutos depois o grupo também seguiu a caminhada deixando ali o corpo de Fernando no chão. Enquanto isso mais a frente, Helena e Eduardo têm uma discussão.

- O que você vai fazer? – Pergunta Helena.

- Eu sei lá! Vamos procurar um lugar para descansar e depois andamos mais. – Responde Eduardo.

- Eduardo, você não tem ideia para onde está indo! – Diz Helena.

- E você está?! Você tem uma bússola escondida ai não contou? – Diz Eduardo.

- Podemos estar andando em círculos e nem estamos percebendo isso. – Diz Helena.

- Já chega Helena! Você está colocando defeito em tudo! – Diz Eduardo.

- Está ilha toda é cheia de defeitos! – Diz Helena.

- É por isso que temos que sair daqui o mais rápido possível! – Diz Eduardo.

- Olha, foi erro ter se separado do meu irmão e dos outros, juntos somos mais fortes. – Diz Helena.

- Nós estamos juntos Helena! Nós dois somos uma equipe agora! – Diz Eduardo.

- Prefiro continuar andando do que ficar aqui discutindo com você, isso não vai mudar mesmo.- Diz Helena.

No outro grupo.

- Acho que tem um lugar onde podemos ficar César. – Diz Gabriel.

- Verdade, aquele lugar é ótimo. – Diz Thaíssa.

- O que você acha César? – Pergunta Gabriel.

César anda com Mari em seus braços, mas parece que está com a cabeça em outro lugar.

- César, eu estou falando com você! – Diz Gabriel.

- Oi, foi mau cara. – Diz César.

- O que estava pensando? – Perguntou Gabriel.

- Em nada... Este é o lugar? – Pergunta César.

- É sim, acho que é bom, não vi nenhuma cobra por perto. – Diz Thaíssa.

- Você que pensa, olha uma ali em cima daquele galho. – Diz Gabriel.

- Aquela cobra está no lugar dela, senão irmos lá nada de grave vai nos acontecer e como se cada um no quadrado e assim vai ser. – Diz César.

- César, promete ficar ao meu lado até o fim? – Pergunta Mari.

- Eu prometo, vou ficar do seu lado. – Responde César.

O grupo passou a tarde e a noite no abrigo. Enquanto Gabriel e Thaíssa encontraram um canto para deitar e descansar, César ficou sentado com Mari deitada em seu colo no qual ele disse ter prometido ficar ao seu lado e assim foi até o dia seguinte.

- César, você não conseguiu dormir? – Pergunta Thaíssa.

- Não, eu fiquei acordado a noite toda. – Responde César.

- Até que conseguimos dormir, acho que fomos os únicos a conseguir está façanha. – Diz Gabriel.

- O que vai fazer com a Mari? – Pergunta Thaíssa.

- Vou deixá-la aqui. – Responde César.

- Eu sinto muito irmão. – Diz Gabriel.

- Valeu, agora temos que ir. – Diz César.

- Pra onde? – Pergunta Thaíssa.

- Procurar a Helena! – Responde César.

Enquanto isso com a dupla, Helena e Eduardo acharam que poderiam estar salvos descansando em baixo de uma árvore que na noite anterior foi inspecionada por Eduardo que não viu nada de perigoso ao redor. Mas de manhã o que tinha de perigoso deus as caras, Helena acorda com uma cobra que está em cima de Eduardo e logo leva um susto com a serpente.

- Eduardo, acorda. – Diz Helena.

- O que foi? – Pergunta Eduardo.

- Tem uma cobra em cima de você. – Responde Helena.

- Uma cobra? – Pergunta Eduardo.

- Não se mova, por favor. – Diz Helena.

- Tenho que tirar ela daqui. – Diz Eduardo.

- Se você se mexer, ela vai te morder. – Diz Helena.

- Vou esperar a boa vontade dela pra sair de cima de mim. – Diz Eduardo.

- Olha, ela já está saindo! – Diz Helena.

- Vai dona cobra, já me conheceu agora vai terminar de dar a sua voltinha em outro lugar. – Diz Eduardo.

- Ufa! Ela saiu muita sorte. – Diz Helena.

- Vamos embora daqui! – Diz Eduardo.

- Eduardo, tenha consciência de que o melhor a se fazer é voltarmos a ficar com os nossos amigos. – Diz Helena.

- Seus amigos! Eles não são meus amigos! – Diz Eduardo.

- O que importa agora é a questão da sobrevivência e união. Pode vir comigo se quiser, mas agora eu vou voltar para os meus amigos. – Diz Helena.

Helena então dá as costas para Eduardo e sai andando só que é impedida por ele que segura o seu braço com muita força.

- Você não pode me deixar e ir atrás deles! – Diz Eduardo.

- Eduardo, você está me machucando! – Diz Helena.

- helena, escuta! Temos que ficar juntos! – Diz Eduardo.

Eduardo então solta o braço de Helena que está chorando.

- Acabou! Estou terminando com você! – Diz Helena.

- O que? – Pergunta Eduardo.

No grupo de César, algo trágico está para acontecer.

- Eu vou dar uma olhada naquela vista que tem daqui para o mar. – Diz Thaíssa.

- Eu vou com você! – Diz Gabriel.

- Não demore... Enquanto isso vou ver que bicho é aquele que está se mexendo ali. – Diz César.

Na verdade, César vê uma nova espécie de cobra no qual ele e nenhum de seus amigos tinham visto na ilha.

- Interessante este tipo de cobra, parece que ela não tem olhos. – Diz César.

O que ele vê é uma cobra cega, as poucas que existem na ilha.

- Pessoal, venham ver está cobra! Ela é bem diferente das outras, interessante à cor dela. – Diz César.

Gabriel e Thaíssa falaram que iriam ver a vista para o mar só que quanto mais eles andavam, mais a vista ficava melhor. Gabriel então resolveu aproveitar o momento.

- A vista é bonita não acha? – Pergunta Thaíssa.

- É sim, mas, acho você mais bonita. – Responde Gabriel.

- Que história é essa, seu maluco? –Pergunta Thaíssa.

- História? Não tem história nenhuma. Aliás, não fico cheio de historinhas quando falo com uma mulher. – Responde Gabriel.

- Eu sei, é melhor pararmos! – Diz Thaíssa.

- Por que está chegando para trás? – Pergunta Gabriel.

- Por que você está muito estranho. – Responde Thaíssa.

Ao dar mais um passo para trás, Thaíssa não percebe mais já era tarde demais por que uma cobra peçonhenta acaba de cravar as suas mandíbulas em sua perna.

- Aaaaaaaaaaaaaaaahhh!! – Grita Thaíssa.

- Thaíssaaaaa!! – Grita Gabriel.

Com o grito as aves que são os alimentos das cobras daquela ilha, se assustam e voam para outro local. Thaíssa fica desesperada e chega cada vez mais para trás só que isso ocasionou numa queda feia a fazendo bater a cabeça bem forte em uma pedra. O impacto foi tão forte que ela morreu na hora, o seu corpo escorregou entre as pedras e caiu no mar deixando uma mancha vermelha de sangue na água isso posteriormente em sua volta.

Gabriel ficou desesperado tentando ver onde Thaíssa tinha caído, mas só que o rapaz de tanto se aproximar da beira, acabou escorregando e caiu da mesma maneira que Thaíssa. Bateu fortemente a cabeça e não resistiu vindo a falecer. O seu corpo ficou nas pedras, saindo muito sangue.

César ouviu os gritos e correu rapidamente para o local onde não acreditou em ver seus amigos mortos.

- Essa não! – Se desespera César.

César também ouviu passos, uma pessoa correndo e logo pergunta.

- Quem está ai? – Pergunta César.

- Sou eu César! – Responde Helena.

- Helena, graças a Deus! – Diz César.

- Graças a Deus eu te achei César! – Diz Helena.

- Está tudo bem... Quer dizer, não está tudo bem. – Diz César.

- Onde estão Thaíssa e Gabriel? – Pergunta Helena.

- Estão mortos! – Responde César.

- O que?! – Diz Helena.

- Escutei um grito, vim o mais rápido possível e quando vi os dois já estavam lá embaixo e é uma queda daquelas. – Diz César.

- Não acredito nisso! – Diz Helena.

- Fique calma... Onde o Eduardo está? – Pergunta César.

- Estou aqui! – Responde Eduardo.

- César vamos embora, não quero ficar perto dele! – Diz Helena.

- Bobagem Helena, você quer ficar perto de mim sim eu sinto isso! – Diz Eduardo.

- Se a minha irmã disse que não quer ficar perto de você, eu acredito nela! – Diz César.

- Cala a boca oh infeliz e me deixa resolver isso com a Helena! – Diz Eduardo.

- Já resolvemos tudo Eduardo! Terminei o nosso namoro. – Diz Helena.

- Você não pode fazer isso comigo! – Diz Eduardo.

- Eduardo, você está pagando pelo o grave erro que cometeu ao nos trazer para está ilha cheia de cobras venenosas. Vai carregar para sempre esta culpa pela a morte dos nossos amigos! – Diz César.

- Não fale bobagens César. E agora trás a helena para cá que vou tira-lá desta ilha! – Diz Eduardo.

- helena, fique atrás de mim! – Diz César.

- Tudo bem. – Diz Helena.

Eduardo fica bastante nervoso.

- Vocês estão só piorando as coisas! – Diz Eduardo.

Eduardo dá um soco em uma árvore só que ele não contava que nesta árvore tinha mais de vinte cobras juntas que caíram em cima dele e uma por uma começou a mordê-lo.

- Aaaaaaaaaaaaaaaahhh tira esses bichos de cima de mim!! – Diz Eduardo.

- Vamos Helena, não tem como ajudá-lo! – Diz César.

Helena e César então continuaram a sua caminhada para fugir da ilha das cobras. Deixaram Eduardo ser morto pela as cobras; em cada caminho tinha uma cobra, mas ambos conseguiam passar por elas até que ao chegar próximo a mar eles viram um pescador que também os viram e os ajudaram a sair da ilha.

- Senhor, muito obrigado por nos ajudar a sair daquela ilha. – Diz César.

- Mais que diabos vocês estavam fazendo naquela ilha? É suicídio. – Diz o pescador.

- Se falarmos o senhor não vai nem acreditar o que tem naquela ilha. – Diz Helena.

- Eu sei, tem muitas cobras naquele lugar por isso ninguém vai lá – Diz o pescador.

- O senhor sabia também que elas são venenosas? Nossos amigos morreram lá. – Diz César.

- Aquela ilha se chama queimada grande e as cobras que ali estão são jararacas uma das espécies mais venenosas que existem no planeta. – Diz o pescador.

- Jararacas! – Diz Helena.

- Exatamente. A marinha proibiu o desembarque naquela ilha vocês deram muita sorte.

O pescador que estava pescando nas proximidades da ilha da queimada grande resgatou os irmãos Helena e César, os dois foram os únicos que conseguiram sobreviver do grupo em que estavam.

Um texto de Victor Nascimento.

Victor Nunes Souza
Enviado por Victor Nunes Souza em 13/07/2016
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