capitulo 2 - Yekaterina Voronov

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17 de Agosto de 2007. interior de São Paulo, Sudeste do Brasil.

18h15min PM

Yekaterina Chernishev Voronov, uma garota de apenas 16 anos de idade, apesar de ter um nome russo, ela nasceu no Brasil e mora no Interior de São Paulo. Ultimamente ela vem sendo levada por seus sentimentos, apesar de ser uma garota que pode mandar neles, mas seus primos sumiram dois dias atrás e a policia local naum pôde achá-los. Algo estava errado, e ela sabia que não era algo simplesmente errado, mas sim fora do comum.

Na mesma noite que seus primos sumiram, seu tio alega ter avistado pessoas andando de um jeito estranho nas ruas à noite, um grupo de mais ou menos quatro ou cinco pessoas que aparentemente não estavam bem. No dia seguinte, alguns oficiais foram chamados para verificar o que estava acontecendo num cemitério perto da casa de Yekaterina, pois algumas covas estavam violadas, e os corpos tinham sumido de seus lugares. Eram mais ou menos cinco covas violadas - O que faz você pensar que zumbis podem ter saído de suas covas!? Se nem mesmo um homem normal tem força suficiente para isso! Hehehehe! – Yekaterina pensou com ela mesma enquanto treinava boxe em sua casa. – Só que essas mortes repentinas de pessoas em becos não estão cheirando coisa boa... Aliás, morte nunca cheirou bem.

Yekaterina é uma garota comum, que vai para a escola, tem amigos, namora, anda de skate e bicicleta. Às vezes pratica boxe, um esporte não muito comum para garotas. Seu jeito alegra a todos. Ela gosta de ver as pessoas bem. Com o q está começando a acontecer e com os rumores sobre mortes estranhas, teve que começar a tomar mais cuidados ao sair de casa, afinal, os piores rumores estão surgindo no interior, perto de onde ela mora.

A tarde estava começando a dar espaço para as estrelas de uma noite bonita, sem previsão de chuva, enquanto ela acabava de se despedir de alguns amigos que estavam com ela praticando novas manobras de skate até chegar, na grande praça onde todos estavam, o seu tio. Sua face estava pálida e triste, respiração forte e as mãos fechadas, parecia que ele estava esperando ela para poder dizer-lhe algo. Logo, o sorriso que ela tinha em seu rosto por estar se divertindo com os amigos se foi e por algum motivo seu corpo se movia sozinho, sem ela querer, em direção ao seu tio:

- Algum problema, tio? – Dizia Yekaterina ao se aproximar de seu tio Sulivan, mais ou menos 37 anos, barba para fazer e pouco cabelo.

-...! – Ele ainda exitou em dizer alguma coisa e Yekaterina insistiu tocando em seus ombros. – Lírian...

- O que tem ela?! Conseguiram achar Lírian e o Cláudio?! –perguntava com entusiasmo e ao mesmo tempo assustada. Mas ao olhar um pouco mais para o rosto de seu tio, percebeu que a noticia não era bem aquela, na verdade não era uma notícia muito boa.

- Ela foi encontrada Morta agora pouco! [...] – Ele abaixou a cabeça segurando as lágrimas. Naquele instante o mundo de Yekaterina foi por água abaixo, aquelas palavras fizeram tudo em sua volta parar.

- C... Como assim... Morta?

-Morta! Você não entende essa palavra? M-o-r-t-a! – Ao contrário do que Sulivan pensou que ela iria fazer, Yekaterina não derramou nenhuma lágrima, mas seus olhos não piscavam também. O Skate em suas mãos caiu. As pessoas que estavam a uma distância considerável puderam escutar e aos poucos comentavam.

A noite era bonita, porém fria e sem vida. As Pessoas começaram a ficar com medo das mortes que pareciam estar à espreita de qualquer beco escuro ou atrás de qualquer árvore a espera de uma vítima. Eram oito e meia da noite e já não havia mais pessoas nas ruas, os cachorros latiam e o vento fazia um som agudo. Como ordem do prefeito da cidade, as pessoas deveriam, para maiores cuidados, retornar para suas casas às 8 hrs. Yekaterina era uma exceção. Ela não quis voltar para casa com seu tio àquela hora e resolveu ficar sozinha naquela fria noite, sentada em um banco de uma praça perto de sua casa. Com a notícia ela ficou muito mal e esqueceu de perguntar sobre seu outro primo Cláudio, mas ela sabia que não ia adiantar ficar tentando ter esperanças falsas, pois Cláudio era um rapaz responsável e avisaria se estivesse bem:

– Se eu pegar o desgraçado q está fazendo isso com as pessoas, juro que eu não vou ter nenhuma piedade em acabar com a sua raça! – Dizia com os olhos com lágrimas. Logo sentiu o frio em seu corpo e começou a esfregar suas mãos em seus ombros. – É melhor eu ir... Nem liguei pra casa pra avisar que estou aqui, eles devem estar preocupados. - Então levanta de seu aposento e começa a andar devagar em direção a sua casa. Mas algo estava errado... Ela sentira que tinha alguma coisa de estranho, e pra ajudar, sentia um arrepio tremendo na espinha fazendo no reflexo olhar para trás bem rápido e ver que não havia nada, exceto o banco que ela deixou para trás e algumas árvores. Vendo que não era nada continuou a andar, mas com passos mais rápidos... “Shhhzz”... Seus olhos arregalaram e sua mão apertou o skate, o som vinha de perto das árvores. – Aparece! – Soltou um grito de medo e coragem ao mesmo tempo. Alguém respondeu ao seu pedido. Saindo de trás das árvores ela viu um garotinho, estava um pouco escuro e ela não pôde ver ao certo quem era, mas não parecia ser ameaça nenhuma. – Ei seu pivete, o que você faz aqui essas horas?! Sua mãe não... – O garoto começou a andar para perto dela, onde havia um pouco de luz, o que fez ela parar de falar e sua respiração aumentar. A luz de um poste fez um grande borrão vermelho aparecer em sua bochecha esquerda, era um buraco enorme que parecia ser uma mordida e nas costelas haviam vários arranhões e a camiseta estava totalmente rasgada, apenas pendurada em seu corpo. Um pedaço da camiseta escondia um machucado enorme que fazia seu braço balançar e ser lavado com sangue. – Que droga é essa?! – Espantada começou a andar para trás aos poucos.

-arrrrrzzzhh!!! – O garoto soltou um ruído estranho pela boca e foi em sua direção rapidamente, andando em passos bem rápidos, quase correndo. Yekaterina não tinha tempo de olhar para trás e correu como nunca correu na sua vida. Mas o garoto era rápido e conseguiu alcança-la e encostou sua mão que estava em boas condições nas costas dela.

-AAAAAAAHHHH!!! Sáii!!! – Com um grito de desespero e sem pensar muito, virou o skate no maxilar do garoto com uma força que ela mesma nem sabia que tinha. A cabeça dele deu um giro de 180° e logo ele caiu no asfalto. Um silêncio surgiu. Apenas podia se ouvir a respiração ofegante de Yekaterina que segurava o objeto de sua salvação com as duas mãos e não parava de olhar para o ser que acabara de atacá-la. Após alguns segundos ela se afastou do garoto e correu. Algumas pessoas surgiram nas janelas de suas casas para olhar o que estava acontecendo, mas viram um corpo no chão.

Alguns quarteirões de distância alguém estava se deliciando ao lado de um mercado com um corpo de um rapaz e mais a frente outro corpo, e outro...

Atendendo a uma ligação anônima, alguns policiais foram chamados para ver o que estava acontecendo nessas ruas. Ao chegarem não puderam acreditar no que viam, e os carros chamaram atenção com o barulho dos freio e das sirenes, e o banquete foi interrompido. Os policiais sacaram suas armas e ameaçaram atirar, pelo que parecia eram zumbis e logo eles se rebelaram contra os policiais e começaram a ataca-los. Eram três carros da policia e uma Blazer, todos bem armados, mas os zumbis eram muitos:

- Meu Deus... Como ninguém viu isso antes?! – Um policial sussurrou enquanto seus parceiros abriram fogo contra eles...

Por algum motivo, os policiais que estavam no comando já sabiam o que estava acontecendo e nem pensaram muito antes de começar a atirar.

Essa seria uma noite de sangue, como muitas outras estavam para vir...

Blind Guardian
Enviado por Blind Guardian em 20/07/2007
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