O velho misterioso:

Jonacy Lopes:

O velho misterioso:

Muito estranho esta historia, mais aconteceu comigo, portanto se fosse outro a me dizer confesso que não acreditaria.

Era dia de finados e alguns quarteirões de onde eu morava situava o cemitério, me lembro que neste dia fui a casa da minha namorada que fica alem do dito cemitério, eu nunca gostei de entrar em cemitérios e neste dia meus pais iriam levar flores e velas no tumulo de seus pais, e neste intuito insistiram para que eu fosse junto com eles, afinal era o tumulo de meus avós, eu recusei, claro eu era um jovem medroso e a noite iria ficar com medo de ficar a sós em meu quarto.

O fato é que meus pais foram sem minha companhia, eu fui para a casa da minha namorada, fiquei lá ate o cair da tarde, melhor do que visitar cemitérios.

E quando eu vinha pra casa teria que passar defronte ao tal cemitério, mas tranquilo eu iria pela rua e alem de tudo tinha neste dia um grande movimento por ali: Vendedores de flores e velas, barracas de salgados e pivetes olhando os carros pra ganharem umas gorjetas.

O fato foi que quando eu passava no ultimo portão do cemitério um velho estranho me pediu dinheiro, e dizia insistentemente que era para comprar velas pra própria alma.

Eu nem quis dar atenção um velho pedinte e ainda louco: Vela pra própria alma, eu hein? eu segui o caminho de casa e o velho veio me seguindo e repetindo a mesma coisa queria dinheiro pra comprar velas para própria alma, o velho me seguiu ate um bom trecho da minha rua, mas parou eu olhava de rabo de olho, estranho parecia que o velho sumiu do nada, desapareceu simplesmente.

Eu imaginei era coisa da minha cabeça, talvez não observei direito? e segui entrei no portão cumprimentei o porteiro e chegando em casa meus pais já haviam retornado também.

Eu estava suado e resolvi tomar um banho, quando estava de boa recebendo a chuva de água do chuveiro, eis que alguém bate na janela do banheiro e falou: _Ei!, eu esbocei de ir ver quem era, mais caiu a ficha eu morava no sexto andar do meu prédio ninguém vivo conseguiria ter acesso naquela janela, um susto vi a silhueta do velho na janela,eu sai correndo nu pra sala afora, minha mãe gritava: _Que isto menino? seu doido!

Demorei um monte de dia pra ter coragem de tomar banho no meu banheiro.....