o cantarolar das borboletas

noite

Pouco antes da meia noite

Não existe vitória sem renuncia

Maria mudava se pela milésima vez de casa e mais uma vida ficava para traz, talvez a casa nova fosse melhor que a anterior e talvez os sons ficassem para traz.

“os sons” era assim que maria costumava chamar as vozes que só ela costumava ouvir mas daquela primavera as vozes ficaram um pouco mais assustadoras, agora elas datavam a hora e o dia da morte de maria e se elas realmente estivessem certas seria messe domingo isso mesmo na primeira noite na casa nova isso estava além do controle de maria e as vozes mão costumavam errar.

Teve a vez do ocorrido na escola onde as vozes sussurraram que ela não deveria voltar de ônibus e maria teve uma dor de barriga que obrigou sua mãe a vir busca-la antes do horário de sempre, mais tarde os veio a fatídica noticia que que a velha ponte de madeira ruiu e o ônibus escolar passava na hora caio dentro do rio matando sete crianças .

Teve também o passeio no zoológico as vozes disseram a maria que os aquários eram mais seguros para estar naquele dia então seus pais levaram para o aquário que era todo trancado para manter a temperatura estável e enquanto ela aproveitava os peixes um falha no sistema abriu as jaulas dos felinos e eles soltos no parque fizeram sete vitimas todas crianças.

Maria não costumava duvidar do que ouvia porque elas sempre diziam a verdade então saber de sua morte pelas mesmas vozes que salvaram sua vida por tantas e tantas vezes era um forte motivo para se preocupar e por experiência própria sabia que a noticia deveria ser levada a serio mas convencer os seus país de não ir pra nova casa estava fora de cogitação porque nenhum deles jamais acreditaram em uma palavra se quer a respeito das vozes, maria se viu obrigada a dizer a eles e a sí mesma que tais eram frutos de sua imaginação um mero amigo imaginário então ele sabia que sua morte era um fardo que ele deveria guardar e suportar sozinha.

Durante o dia uma angustia era palpável em seu olhar um ar pesado a arrastava a pobre maria para o interior de sua ultima nova morada era uma casa ou uma tumba disfarçada ?

A tarde transcorreu suave e amistosa mais aquele sabor agridoce esteve ao seu lado o dia inteiro foi uma tortura agradável suportar e deslizar pelas horas e quando a noite chegou o tempo caprichoso como só ele decidiu diminuir sua passagem talvez fosse sua sutil forma de se despedir de maria e o clima da noite lhe cortejava como uma dama ela não sabia a hora exata de sua morte isso até as vozes sussurrarem ao pé do ouvido

“ sete minutos antes da meia noite’’

A cama parecia tragar maria para seu interior o travesseiro deveria estar pesando uma tonelada, o medo da garota fazia um simples barulho se transformar no mais absurdo pesadelo, o vento se chocava contra as arvores fazendo seus galhos chicotearem o ar, as tabuas rangiam seu nome ao longe um cantar de uma coruja, nesse momento não há mal pensamento que lhe fuja, a casa grita em euforia era a mais perfeita sinfonia da madrugada Maria levanta e caminha até o corredor como as vozes pediram o frio percorre todo o seu corpo suas pernas frágeis se arrasta corajosamente até o fim dele e a escada escura parecia que iria engolir seu corpo a qualquer momento e era esse seu fim, maria podia sentir era aquela escada que íris por fim a sua vida mas como essa era a pergunta?

Foi suave e sonolenta sua queda não ouve dor maria apenas sentiu duas mãos empurrarem seu corpo escada a baixo e pouco antes da meia noite em seus últimos suspiros de vida sua mãe esta lá parada no topo da escada com um olhar vazio escondido por seus opacos olhos sombrios e naquela noite de agonia maria pode sentir em fim estava livre só mais uma vez antes do fim....

ENOCH

JOSEFF GRIMM
Enviado por JOSEFF GRIMM em 30/03/2017
Código do texto: T5956706
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