A Face da Morte

Jade era uma mulher que morava sozinha e nunca foi muito de se enturmar.

Trabalhava como vendedora em uma loja de roupas um pouco distante de sua casa.

Todo dia quando vinha de seu Serviço a noite para pegar o ônibus pra casa, ela passava em frente a um Cemitério abandonado, embora tinha receio, porém era o único caminho que havia naquela rua deserta e sinistra.

Certo dia, Jade ficou curiosa quando viu uma placa no muro do Cemitério que nela estava escrito: Perigo. Não entre!

- O que será que tem de tão perigoso, já que o lugar é abandonado? - Se perguntou achando estranho.

Mesmo assim não conteve a curiosidade e resolveu entrar.

Ao chegar lá dentro, notou que tinha muitos pássaros mortos com sangue por toda a parte, como se uma crueldade acabara de acontecer ali.

Jade ficou perplexa ao ver aquilo, e nesse momento decidira correr, mas quando se virou, deu de cara com um homem de aspécto alto, vestido com uma capa preta, todo ensanguentado e carregando um machado na mão.

Rapidamente o sujeito lhe dá um golpe, mas antes que a acertasse, Jade se abaixa desviando e correndo em seguida.

Quando olhou para trás, não viu mais ninguém. Então ela chegou até o ponto de ônibus e não demorou muito até que o ônibus passasse, mas antes de entrar, olhou para o lado do Cemitério e ali estava aquele homem encarando-a e logo em seguida deu meia volta desaparecendo em meio aquela escuridão.

No outro dia, Jade pensando no ocorrido e com medo, resolveu ligar para sua colega de trabalho Cícera, afim de que ela pudesse ir de carona para o trabalho, já que sua colega ia sempre de carro.

Ao cair da noite, Jade estava na cozinha fazendo algo para comer, quando ouviu um barulho no porão, como se algo estivesse caído.

Seu medo aumentou mas ela decidiu ver o que era.

Quando chegou no local, foi vasculhar à procura de alguma pista e não encontrou nada.

Jade estava deixando o local, e quando ia fechar a porta do porão, ouviu outro barulho dessa vez mais alto e de algo dando uma pancada.

Assustada, fechou a porta rapidamente e foi tomar um banho, pois decidira passar aquela noite na casa de Cícera.

Enquanto estava distraída no banho, o homem que Jade viu no Cemitério, se aproxima cada vez mais do banheiro andando lentamente.

Quando Jade percebe a sombra, já é tarde demais, e apenas deu tempo de gritar uma única vez antes de ter sua cabeça decepada pelo machado do assassino.

Diante daquela cena de Terror, o assassino se olhou no espelho do banheiro satisfeito. Ele estava usando uma blusa com toca, e diante do reflexo do espelho, notava-se que o assassino não tinha face. No lugar de seu rosto, era apenas um espaço vazio e escuro, sobrando apenas a toca de sua blusa. Assim, ele saiu da casa levando junto com ele a cabeça de Jade.