Um Assassinato no Recanto das Letras - DTRL35 - Fan Fiction

- Oi, você está aí? – Dizia a mensagem.

Ele sorriu. Sempre conversavam pelo Messenger, e mesmo detestando interromper seus escritos, pausou sua atividade.

- Sim, amigo, como vai?

- Estou em perigo!

- Pare de brincar, Sid. KKKKKKK... – Sabia como ele era. Cheio de brincadeiras. Pessoalmente ele seria tão cômico quanto pela net?

- É sério, Marcos.

Poucos no Recanto o chamavam pelo nome. O conheciam por Sargento. Eram amigos virtuais há 28 anos.

- Tem alguém me ameaçando. Estou assustado!

- Não deve ser nada, só alguém querendo passar um trote.

- Recebi uma carta, hoje cedo. Ele sabe onde eu moro, não posso confiar em mais ninguém – Marcos começava a achar que seu amigo falava sério.

- Impossível!

- Não, meu nome está lá, foi muito fácil me achar.

- E o que diz essa carta?

- Que eu morrerei amanhã. O que faço?

Marcos coçou o bigode, uma de suas manias. Os dedos deslizaram pelo teclado, respirou fundo.

- Saia da sua casa e vá para um lugar seguro.

- Tá louco! Não posso fugir, ele sabe tudo que faço.

- Tem que sair daí!!

- Não posso! Ele ameaçou matar cada pessoa próxima a mim. A lista não é grande após meu divórcio. Meus filhos já não vejo há tempos. Minha ex já se casou novamente e já é até viúva, e dona de um hotelzinho ridículo. Mas eu a amo.

- “Ele é um psicopata, amigo!”

- Ele me disse que se eu chamar a polícia, a primeira vítima iria aparecer degolada.

- Bem, você acha que ele pode ser alguém do recanto?

- Sim, acho! Tenho amigos por aí, mas também fiz alguns desafetos. Já não escrevo tanto depois das inúmeras críticas que recebi após aquele conto idiota.

- O que você vai fazer?

- Comprei uma arma!

- Está louco?

- Estou assustado.

- O que quer que faça por você? – Marcos queria poder fazer algo, mas de onde ele estava era inútil. A mensagem a seguir veio como uma granada.

- Tem alguém lá fora. Meu Deus!

- Que isso, amigo? – Sem resposta.

- Sidney... isto é uma brincadeira né? – Sem resposta.

- Oiiiiiiii... – Coração acelerado.

- Sidney??? – Ele tentou pela última vez e sentindo-se um completo inválido afundou na cadeira.

Sidney não voltou mais aquele dia.

“Será que a internet havia caído!?”, "Ele estava brincando comigo?” “Não! Alguma coisa aconteceu!”.

Passou a noite em claro. Esperou o dia amanhecer e se conectou novamente. Nada do amigo online. Se trocou e saiu em seu Cadillac azul de colecionador rumo à cidade que Sidney tanto mencionava.

Viajou por quilômetros, sempre conectando-se no Messenger pelo celular, mas nada de resposta. Depois de atravessar o estado, enfim chegou àquela pequena cidade, parou num posto de gasolina.

- Bom dia! – Cumprimentou.

A frentista era uma moça gorda de uns 22 anos, usava um batom ridículo e um chapéu para se proteger do sol, um horrível chapéu de palha.

-Bom dia – respondeu com uma voz que combinava com sua beleza, pobre coitada.

- Procuro por um homem, o nome dele é Sidney. Mora na cidade há muitos anos.

- Sidney? Conheço não – Respondeu com uma certeza que o desanimara.

- Ele tem 57 anos, cabelo crespo, 1,74 altura – Insistiu, entretanto ela apenas balançou negativamente a cabeça e perguntou se ele queria que completasse o tanque.

- Sim! Acho que vou ter que rodar muito mais do que imaginei

Procurou informação por toda parte, mas ninguém conhecia seu amigo.

- Senhor, boa noite. Poderia me informar onde há um hotel onde eu possa repousar. - Perguntou a um homem que vagueava pela rua, próximo à praça Três Poderes, de frente a prefeitura.

- Sim, meu filho, a Pensão da Dona Ana.

- É claro, obrigado.

Chegou ao local e ao entrar se deparou com uma mulher que aparentava ter por volta de 60 anos de idade

- Boa noite! Em que posso ajudá-lo?

- Procuro um quarto.

- Ah sim. Aqui sempre procuram quartos – disse deixando escapar um sorriso, entre as rugas que a cercavam. Era uma mulher bonita.

A construção da pousada era antiga, mas bem cuidada, as paredes eram de tijolos queimados, à vista. Havia um enorme corredor que dividia os quartos como uma rua.

- Belo lugar.

- Nem tanto. Aqui nesta cidade nada é belo.

- Você por acaso conhece algum Sidney Muniz?

A mulher deixou cair as chaves que carregava e voltou-se para ele.

- Quem é você?

- Eu sou um amigo dele. Meu chamo Marcos. E você deve ser Ana Lúcia, suponho. – Deduzira que era ela desde que o velho falara da pensão.

- Sim. Sou.

Marcos se perguntava o porquê de eles terem se separado. Sidney sempre disse que a amava.

Pelo que Sidney contara, Ana nunca aprovou a ideia dele escrever aqueles contos.

- Diga-me, por que ninguém o conhece?

- Há quinze anos ele se isolou de todos. Não sai daquela fazenda pra nada. Um motoqueiro leva pra ele tudo o que precisa.

- Olha, ele corre perigo.

- Não seja tolo.

- Pode me levar até lá amanhã?

- Está louco! Eu não vou lá há anos.

- Ele foi ameaçado de morte, Ana! E só não saiu de lá por você. Para proteger sua vida.

- Te ensino o caminho e você não me enche, certo?

- Ok! – Despediu-se dela e entrou no quarto. A noite passou lentamente. Passou boa parte da madrugada tentando escrever algo, mas não conseguiu. Leu alguns contos do amigo, por fim, dormiu.

Acordou às seis horas e lá estava ela, de pé.

- Pode, por favor, me mostrar onde é?

- Sim, mudei de ideia. Vou com você.

Ambos tomaram um rápido café, depois disso entraram no carro.

A curta viagem pela parte rural da cidade seguiu sem interrogatórios. Dava para sentir o aroma do mato, e também a poeira que os perseguia à medida que os pneus tropeçavam pela rua encascalhada e esburacada.

Ana estava tensa. Por que mudou de ideia? Marcos tentava entender, mas mesmo que fosse excelente nisso, ela era um verdadeiro enigma.

Depois de 40 minutos chegaram à entrada da fazenda. Entraram. Era um lugar praticamente deserto, a não ser pelos pássaros, cantarolando.

- Sidney! Você está aí? – o sargento chamou.

Tentaram por diversas vezes, até que o sargento resolveu entrar. Mas quando tocou na maçaneta, ouviu-se o ranger das dobradiças enferrujadas, e a porta se abriu.

À sua frente o que viu foi tamanha desordem, que até mesmo Ana se assustou. Dezenas de livros rasgados no chão, uma velha máquina de datilografia e um computador antigo, ambos quebrados por sobre a mesa.

Ele pegou a arma e a segurou olhando pela mira. Ana o viu e não teve certeza se estava segura. Andava à passos lentos, e se assustou quando avistou uma mancha de sangue sobre o teclado do computador.

- Meu Deus! – Indagou, assustado.

- Isso é sangue!?

- Sim, alguém o atacou – Concluiu.

- Mas, por quê? – Não estava satisfeita, olhava para todo o lugar e se sentia familiarizada.

- Ainda não sei.

- Devemos chamar a polícia.

O capitão lembrou-se da conversa. Ele o havia dito que se chamasse a polícia o psicopata mataria um de seus próximos. E se Sidney estivesse vivo? Ele precisava ter certeza.

- Não, ainda não.

- Eu preciso pegar a memória desse computador. Acho que o Sidney não está morto. Vou dar uma volta pelos arredores da fazenda. Você vem?

- Não vou ficar aqui sozinha!

Os dois saíram em busca de pistas ou de um corpo jogado, ou terra mexida em algum canto, mas não encontraram nada, sequer pegadas. Voltaram para o hotel.

- Coisa de amador, Ana. Se fosse um profissional não deixaria essa memória desse jeito... A menos... Ah... meu Deus!

- O que foi?

- Acho que pode ser uma mensagem. Num conto dele, ele faz isso, a vítima deixa uma mensagem no HD de um PC.

- Sério?

- Vou coletar os dados aqui. Você tem um computador em algum lugar na pensão? Esta memória não vai servir no meu.

- Sim, tenho no meu quarto! Vou buscar.

- Eu te ajudo.

- No meu quarto só entro eu. Trago pra você.

- Entendo. Pego no corredor, então?

- Ok.

Depois do computador instalado o Sargento conectou a memória no PC e após muito procurar, seus ombros baixaram.

- Que estranho.

- Que foi?

- Não há nada nessa memória. É como se nunca tivesse sido usada.

- Como assim?

- Estou deixando escapar algo.

Naquele instante aceitou a possibilidade de seu amigo estar morto.

Ana o deixou ali e foi cuidar dos afazeres. Marcos ficou parado em frente à porta do hotel, assistindo o tempo passar, recapitulando cada passo dado, mas não conseguia enxergar nada diferente. Voltou ao quarto e avaliou a memória novamente, precisava encontrar algo.

- Droga!!!

Coçou o bigode, levantou e dirigiu-se ao quarto de Ana. Bateu, mas ninguém atendeu. Notou que a porta estava entreaberta.

- Ana? – ela não respondeu. Chamou novamente. Por fim, pegou sua arma e entrou. Lá dentro viu um cenário completamente desorganizado. Papéis pelo chão, um computador sobre uma mesinha velha e uma cama de solteiro. Ana estava caída no chão e sangue escorria pelo piso.

- Ana! – ele se agachou e quando ia verificar o pulso...

- Socorro!!! – Ana acordou assustada, seu pescoço havia sido apenas arranhado. Também havia marcas de dedos pelo pescoço.

- Que aconteceu?

- Ele chegou e tentou me enforcar. Disse que não iria me matar ainda. Falou que vou morrer esta noite... Se...

- Se o quê, Ana?

- Se o Sidney não aparecer.

- Então ele está vivo. Você pode descrever o assassino, Ana?

- Não, ele usava uma máscara. Uma máscara branca, um rosto sem vida, olhos com lágrimas negras, escorrendo pela face.

- A sua altura? Idade? Cabelos brancos? Não conseguiu ver nada?

- Nada, foi rápido demais. Só lembro da máscara – Ana estava apavorada, porém havia algo mais. O sargento pensava em tudo o que sabia, nas possibilidades, era um maldito quebra cabeças.

- Espera aí. Máscara Branca? É claro!

- Do que está falando?

- O conto do Sidney. Ele fez um conto há um tempo atrás, um conto de terror de um padre que havia abdicado da batina por uma linda mulher, e que com o passar dos anos ficou louco e começou a matar as pessoas usando uma máscara como essa. Muitas pessoas o criticaram por este conto, a forma como ele escreveu. Eu nunca havia sentido meu amigo tão abatido como naquela época. Você nunca o leu? – Perguntou, Ana não respondeu – Alguns começaram a persegui-lo, deixaram comentários maldosos em sua escrivaninha, e, desde então ele não publicou mais contos.

- Você faz ideia de quem pode ser?

- Não, mas e o pescoço, como está? – disse levando as mãos até o queixo dela e levantando-o para ver os hematomas.

- Vai ficar bem. É apenas um arranhão – ela desvencilhou-se das mãos do policial, parecia ter ficado arisca de repente. Foi quando tudo se apagou. A energia foi cortada.

- Ele ainda está aqui! – Ana segurou-se ao antebraço do sargento.

- Vai ficar tudo bem, Ana.

- Não vai ficar não – Retrucou, amedrontada.

- Quem está aí? Diga ou eu atiro! – Ele disse quando ouviu passos em sua direção.

- Você atira? Essa foi boa! – Alguém respondeu.

- Falo sério! – Marcos empunhava a arma não enxergando sequer um palmo à frente.

- Esta arma de brinquedo não mata ninguém, Marcos – A voz tinha um tom sarcástico.

- Sidney? – Marcos perguntou.

- Não! O Sidney não existe mais.

- Quem é você?

- Pergunte para Ana! – A voz chegou num tom diferente. “Pergunte para Ana?’ O assassino ria o tempo todo, sadicamente.

- Deu tudo errado, amigo!

- Como ele sabe meu nome?

- Precisamos correr! – Ana o puxava, enquanto seguiam pelo corredor. Ela conhecia aquele lugar melhor que qualquer um.

- Explique o que está havendo! Quem é ele, Ana?

A porta dos fundos estava próxima. Ana queria apenas fugir. Marcos continuava, e quando chegou a porta parou.

- Você vai me dizer agora! Quem está nos perseguindo? Onde está o Sidney?

Enquanto falava, ambos ouviam o barulho de metal riscando a parede. Quem quer que seja que os estava perseguindo tinha algum tipo de arma.

- Este é Borges, meu ex-marido!

- Mas ele não estava morto?

- Não! Internado num manicômio. Ele fugiu há dois anos, virou um morador de rua e nunca mais o encontraram.

- Cuidado!!! – gritou o sargento, ao mesmo tempo em que puxou Ana, desviando-a da lâmina cortante de um enorme machado. Eles abriram a porta e saíram pelos fundos do hotel, correndo em direção ao Cadillac.

- Essa foi por pouco. Por que o Sidney não me contou nada disso?

Entraram no carro, Marcos deu partida, porém não funcionou.

- Droga!!! Ele... – O machado interrompeu sua conversa, e partiu o para brisa ao meio. Por sorte Borges acertou o objeto entre os dois. Pela primeira vez o sargento pode ver o psicopata frente a frente e ele se assustou ainda mais.

- O que é isto? – era uma máscara de inverno, mórbida, aterrorizante. Foi quando o grito de Ana interferiu seus pensamentos...

– Corraaaa!!!

Saíram pela porta do passageiro, o louco os perseguindo.

- Onde está o Sidney?

- Ele está na casa de uma amiga minha. Mas... – Já cansados, deram a volta e entraram novamente no hotel, trancafiando as portas e indo para cozinha, a luz da lua iluminada o cômodo pela janela.

- Mas o quê?

- Ele é meu filho.

- Como? Está louca! O que está havendo aqui? Vocês são loucos. Os dois. Onde está o Sidney? – O sargento apontou a arma na direção de Ana.

- Onde ele está? Vocês estão juntos nisso? O Sidney sempre me falou que você não o amava. Que o deixou. O que você fez com ele?

- Todos mentem, amigo, não é? –O louco entrou na cozinha, tirou a máscara e isto deixou Marcos perplexo.

- Mas você...

- Sei... eu sou o Sidney!

Foi quando o sargento largou Ana. Sua mente unia os fragmentos, o amigo do recanto, a cabana, os filhos, Ana, o padre louco, o assassino.

- Não, você não é ele. É a descrição dele. O conto! Meu Deus, você é o padre. E você... Ele agora olhava para Ana.

- Você enfim compreendeu! É isso mesmo. O Sidney não existia, até que esta vagabunda resolveu engravidar e colocar este nome ridículo no próprio filho.

- Você é o Sidney, Ana??

- Sim – os olhos dela marejaram – sou. eu entrei no recanto com um pseudônimo, como muitos. Era uma brincadeira, apenas, algo para servir de inspiração. Com o tempo, Borges ficou louco de ciúmes.

- Do recanto?

- Não. De você. Ele viu o quanto estava gostando de

você e ficou louco. Começou a me dar surras e me trancar no quarto. Até que um dia ele matou uma de nossas babás e foi preso. Alegou insanidade mental e foi transferido para um manicômio.

- E seu filho?

- É filho dele, mas ele não acredita em mim, ele é louco, diz que o filho é seu. Meu filho tem 15 anos, está escondido.

- Mas vou achá-lo – Borges carregava um olhar cheio de ódio – e depois vou cortar cada um de seus membros, isso depois de matar vocês, é claro. Mas vou começar com você, sargento, que não é policial coisa alguma.

- Do que está falando?

- Você como todos é um mentiroso. Não é da polícia. E esta sua farda barata, comprou onde, numa loja de fantasias?

- Então foi você quem me chamou aqui. Foi com você que eu conversei na última vez?

- Sim, sabia que iria vir proteger seu amiguinho. Você e seu coração mole. Seus contos tão amáveis, cheios de mensagens, você se julga especial, mas não é nada. E Ana, nem pra mudar sua senha, como é previsível. Foi tão fácil te trazer até aqui. Deixar aquele sangue no teclado, sangue de animal, fazer uma bagunça na cabana... a memória do computador foi só para te prender mais aqui... para que eu tentasse encontrar o Sidney.

- Desculpe-me! – disse Ana.

Foi quando Borges avançou.

- Vocês vão morrer.

- Não faça isso – Disse, Marcos, enquanto Ana fechou os olhos.

Borges ergueu o machado e partiu para cima dele, deu o golpe e o machado passou a dois centímetros de Marcos, bem ao lado de seu ombro.

- Ana, fuja daqui!!!

Borges ergueu o machado novamente. Marcos segurava a arma em punho, apontando-a na direção do louco.

- Vai me matar? – O assassino investiu contra Marcos. O sargento olhou para ele, teve certeza que Borges faria aquilo e...

- Nem todos mentem! – Puxou o gatilho.

Aquela era a primeira vez, em muito tempo que fora necessário atirar em alguém. A bala atravessou o olho esquerdo do padre, que caiu aos pés de Ana.

- Você é mesmo policial?

- É claro que sou – afirmou – Você está bem?

- Sim. Desculpe-me por todos esses anos te enganando. Não podia te envolver nisso. Nem mesmo tive a coragem de me declarar, ou de te dizer quem realmente sou. Eu – ela baixou os olhos – eu sinto muito.

- Ana – Marcos a encarou nos olhos– como é estranho te chamar assim. Fique calma. Precisamos chamar a polícia. Você e o Sidney estão seguros agora. Isso é o que importa.

Dois anos se passaram. O sargento nunca mais usou sua arma. Ela voltou a publicar seus contos e o pseudônimo ainda continua o mesmo, “Sidney Muniz”.

- Oiiii!!! – Nova mensagem.

- Oi, como vai? – Ele perguntou, feliz por poder ver a foto verdadeira dela no perfil.

- Bem, e você?

- Terminando meu conto para o DTRL36.

- Qual título?

Marcos sorriu, coçou seu bigode e respondeu:

- Segredo, nessa edição, autorias em sigilo.

- Aff, você é certinho demais!

- E você, já escreveu o seu?

Fim!

Tema: Um pouco de Figuras Populares "Morador de Rua"

Um pouco de Viagem de Carro

Fan Fiction - DTRL - Recanto das Letras - Assassinatos na Academia Brasileira de Letras do autor, poliglota, apresentador, diretor, músico e meu ídolo "Jô Soares".

Personagem Sargento inspirado no autor "Capitão Anilto"

Personagem Ana Lúcia inspirada na minha esposa "Luciana"

Personagem Sidney inspirado em mim "Sidney Muniz"

Assim sendo eu e Luciana somos um só!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 20/06/2019
Reeditado em 20/06/2019
Código do texto: T6677205
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