COMA PACIENTE ZERO

*Esse é meu texto número 6 6 6.*

karen abriu os olhos,despertando do coma induzido e observou ao redor outros pacientes adormecidos. Ela se encontrava numa u.t.i. dum hospital silencioso. Ainda fraca levantou-se da cama e saíu pelo corredor vazio. Sua memória estava escura,não sabia como tinha ido parar alí.

No posto de enfermagem abandonado o telefone não funcionava. Continuou andando pelos corredores desnorteada,abrindo as portas dos quartos todos vazios. Ela procurava a saída sem encontrar. Uma mulher escabelada vestida com um avental sujo de sangue surgiu no corredor empurrando uma cadeira de rodas com uma jovem sentada lambendo um pirulito.O rugido das rodas ecoava no lugar.

-A senhora sabe me dizer onde é a saída?

A enfermeira respondeu:- Volte para seu quarto,estou ocupada. Ela seguiu cantando uma música´Parabéns a voce´e se afastou.

Karen entrou num dos quartos vazios,ali havia um armário com calçados e roupas.Ela escolheu um jeans e um pulover e vestiu,pois ainda usava o avental de pacientes. Ela escutou barulho dum sino batendo e olhou pela porta. Uma mulher,uma cozinheira ia pelo corredor distribuindo num carrinho comida imaginária com pratos vazios pelos quartos. Ela deixava os pratos frente as portas e seguia tilintando o sino.

Karen andou por outro corredor em outra direção ,nas paredes haviam desenhos e frases escritas como : Malditos demonios,abortos do diabo,filhos de satanás, morram e apodreçam bastardos etc.

Ela escutou vozes e se virou. Um homem,um médico tentava persuadir um paciente a voltar para seu quarto. Como ele se negava,ele aplicou nele uma injeção no pescoço e o arrastou para um quarto trancando a porta.De longe se ouviam os gritos dele e barulho de objetos sendo quebrados nas paredes.

O médico olhou para ela sorrindo:-Sou dr. Karl Brow,neuro psiquiatra.Volte para seu lugar,está tudo bem. Estou fazendo as visitas aos meus pacientes.

Ela percebeu que seu avental estava sujo,suas unhas escuras e compridas e tinha olheiras profundas como um drogado.

-Sim doutor Brow, ela respondeu e se afastou. Aquele lugar era uma clínica de psiquiatria para loucos. Por isso se comportavam daquela maneira. Ela abriu uma porta duma grande sala cheia de armários com remédios com a data vencida.Noutra sala havia um fantoche costurado com braços e pernas humanos e cabeça duma mulher. Num freeser havia órgãos humanos congelados. Aquele era o dr. Frankstein laboratório.

Dr. Brow não era médico nenhum,apenas mais um dos loucos varridos que viviam alí. Ela precisava achar uma maneira de fugir daquele lugar macabro,mas haviam grades nas janelas e não conseguia achar a saída naquele labirinto de malucos. Se ao menos ela se lembrasse de sua vida,parentes ou alguma coisa,mas tudo era vago na sua mente.

Devia ser um pesadelo,logo ela iria acordar. Pensando nisso subiu as escadas para o andar de cima.Numa sala de espera um indio,vestido de cacique atirou uma flecha de brinquedo contra ela.

-Por Manitu,quem é voce estranha? Tupã nos protege contra o doutor carniça.

-Voce pode me dizer como fugir desse lugar?

Ele não respondeu e começou a dançar.

Karen percebeu que teria que se virar sózinha,ela tinha que conseguir saír daquele manicomio de débeis mentais,antes que ficasse louca também...

* Segue no prox. cap.

NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 03/03/2020
Reeditado em 03/03/2020
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